«Um homem grande com um coração do
tamanho do homem», assim descreve João Manuel Lopes Polido Mourato um dos seus
muitos amigos, o Pe.Américo.
E quem conhecia o Engº. Mourato
sabe que ele era assim, um homem muito grande e muito bom.
Nos últimos anos a diabetes foi-lhe
destruindo a vida, mas permanentemente acompanhado, tratado e acarinhado pela
esposa, a professora enfermeira Lurdes Fonseca Agostinho.
João Manuel Mourato faleceu na quinta-feira,
dia 6, em Portalegre, aos 70 anos, e o corpo seguiu para a sua terra natal, Nisa,
onde esteve em câmara ardente e o enterro se realizou na sexta com acompanhamento
de grande número de amigos que lhe quiseram prestar uma última homenagem.
Polido Mourato, que ficou órfão de
pai em criança, foi forcado, fez o curso da Escola Agrícola, especializou-se em
engenharia florestal, trabalhou em Montalegre e em Viseu e veio depois para Portalegre,
tendo entre outras missões a gestão do Fundo de Fomento Florestal e ascendendo
mais tarde a director dos Serviços Florestais.
Entre os muitos alegretenses (e
não só) que trabalhavam no perímetro Florestal quando o Estado fazia a gestão
do seu/nosso património, só contava com amigos, porque os trabalhadores
gostavam mesmo dele.
Foi colaborador da FAO e do Banco Mundial,
e já depois de reformado esteve ligado ao ensino profissional nas Escolas de
Alter, Nisa e de Montargil, e à gestão de projectos agro-florestais, mas a
doença obrigou-o a parar.
Durante 15 anos pertenceu ao
Escuteiros e durante 10 anos foi Chefe do Agrupamento
142 do Corpo Nacional de Escutas (Portalegre)
onde muito contribuiu para a formação de muitas crianças e jovens.
À esposa, aos seus três filhos e a
toda a família, AA apresenta sentidas condolências de um bom homem e de um bom
amigo.•
“Alto Alentejo” – 12/11/2014