6.1.12

OPINIÃO: Trabalhadores, Salários...

(o trabalho é uma lei da natureza, Jesus ensina a pagar salário igual ao que trabalha e àquele que se oferece para trabalhar e não tem trabalho ...e disse: por que estais vós aqui todo dia, ociosos? Responderam-lhes eles: Porque ninguém nos assalariou.... E chegando também os que tinham ido primeiro, julgaram que haviam de receber mais dinheiro cada um. (Mateus, XX: 1-16).
Hoje porque me levantei mais cedo, e antes de retocar um trabalho profissional que julgo extenso, precisamente uma acção emergente de contrato de trabalho (impugnação de despedimento), e pensando em tanta gente a oferecer-se para trabalhar, mas sem trabalho, penso na nossa sociedade actual e queria partilhar com os meus amigos uma outra visão do trabalho, do salário, destas inquietantes políticas asociais.
Numa lógica redutora de análise o Estado deita contas aos fundos existentes, nunca tendo sabido gerir na óptica do futuro, como outros sistemas previdenciais lá fora fizeram há muito.
E se os descontos provinham do trabalho porque não desde há muito uma participação desde há muito numa perspectiva de gestão mais ampla e com melhores e diferentes horizontes.
Mas eu queria falar do propósito ínsito na palavra de Jesus que parece ser o convite a trabalhar na vinha, e o salário pago que muitos acharam desproporcionado.
Jesus chamou os trabalhadores da vinha pata lhes pagar, tendo pago o mesmo salário àqueles que encontrara mais tarde sem trabalho, mas que queriam trabalhar.
Jesus faz um convite à unidade, ao princípio da progressão social e espiritual.
Deu o mesmo valor aos que trabalharam e àqueles que se ofereceram para trabalhar mas não tinham trabalho.
É um ensino que não contém palavras perdidas (consolação, fraternidade, paz e ajuda aos desempregados, união de todos nós, a prática de verdadeiros princípios da caridade, os bons servidores servem em unidade, exorta os corações para a vivência do amor verdadeiro).
E acorda-nos para a necessidade do trabalho divino, mesmo para aqueles que estão à beira da velhice, e pagará com justiça... e não esconde que os últimos poderão ser os primeiros. E penso em alguém daí cujo nome é o mesmo do discípulo dilecto do Senhor que embora consciente de que o trabalho é colectivo e em unidade, tenha em si forte espírito de fraternidade e de ajuda, sem medo se aproxime deste outro trabalho.
Pedia-lha por exemplo que fizesse esta experiência...se sentasse calmamente, profundamente recolhido sem ligar a preconceitos humanos, por exemplo ma missa semanal de cada manhã, contemplando Nossa Senhora da Graça, força espiritual intensa, pensando nos seus muitos amigos que já se retiraram, mas de que sentirá forte presença e alegria de o verem ali, nas pessoas que conhece sem trabalho e que por seu intermédio poderá ajudar...e verá que se sentirá bem, a fé chegará,..no fundo custa alguma coisa vestir mais uma camisola, só que esta transfigurará o que afinal já tem. Saia igualmente recolhido ,o dia será diferente, não dê explicações, ignore os comentários sobre o assunto, e a sua missão habitual ganhará mais força e outra certeza.
Afectuosamente, e o alto apreço do João Castanho