Estava anunciado como o primeiro convívio do género, a realizar
em Nisa e envolvendo todas as pessoas com o apelido Cebola no nome próprio e
desta terra naturais.
Este o aspecto menos positivo a registar, ainda e talvez por
isso, se tratar do primeiro convívio. Uma organização desta natureza tem
custos, há géneros a comprar, despesas que se fazem tendo em conta o número de
participantes e quando estes acabam por primar pela ausência, são os que
comparecem que acabam por pagar um pouco mais, sem necessidade se, a tempo e
horas, quem não pôde ir, tivesse o bom senso de avisar.
Os que compareceram não deram o seu tempo por mal empregue,
antes pelo contrário.
Ao convívio gastronómico, com a confecção a cargo de dois
mestres locais nestas andanças, Manuel Carlos e João Louro, juntou-se o
espírito de confraternização, a música para pular portuguesa dos “Domingos e
Dias Santos”, os jogos tradicionais, as recordações e as conversas, girando,
quase sempre, em torno deste apelido: Cebola.
Foi um verdadeiro dia de convívio e louvor à cozinha
tradicional de Nisa, desde o feijão- frade das festas, a carne de molho, o
sarapatel e tudo o mais para que puxou a imaginação e o apetite.
Para o ano há mais ou, melhor dizendo, a cebolada será
maior. Tanto mais que algumas “cebolinhas” gostaram de conviver com os mais velhos
e vão trazer outros familiares e amigos com Cebola no nome.
in "Jornal de Nisa" nº254 - 30/4/2008