A Câmara de Nisa tomou a decisão, a meu ver, louvável, de mandar substituir os pisos de madeira instalados na Praça da
República (Rossio), devido ao seu estado de degradação.
A obra foi adjudicada à empresa de Tolosa “Crespo & Parreira, Construções, Lda.” pelo valor de 48.989,44€ e com o prazo de execução de 60 dias, estando já a decorrer os trabalhos de remoção dos pisos, na zona da Alameda.
Esta obra vai obrigar (obrigou já, para ser mais preciso) à mudança de local das esplanadas que até aqui eram servidas pelos quiosques ali instalados, com todos os prejuízos e incómodos que os comerciantes irão suportar.
Face a esta situação, seria de elementar justiça que a autarquia - apostada como diz, em promover e dinamizar o comércio local - isentasse do pagamento de taxas e licenças os referidos comerciantes, pelo menos durante o período de tempo em decorrerem as obras de remoção e montagem dos novos pisos na Praça da República.
É uma decisão (a isenção de taxas e licenças) que o executivo pode tomar e que ao tornar-se efectiva, será uma manifestação de justiça e reconhecimento pelos incómodos causados aos comerciantes de restauração, incómodos esses que, em primeiro grau, atingem a rentabilização da sua actividade comercial.
A autarquia, como pessoa de bem, não pode ser apenas um mero cobrador de taxas e licenças. Deve também e acima de tudo, mostrar compreensão e disponibilidade para atender as situações que atingem os seus munícipes e que requerem o mais elementar acto de justiça.
Mário Mendes