27.5.16

TEJO: Fábrica Silicalia (Abrantes): Poluição sem fim à vista


A Quercus apresentou hoje ao Ministério do Ambiente (IGAMAOT) uma denúncia sobre descargas ilegais contínuas de resíduos no solo e no meio hídrico provocadas pela empresa Silicalia em Abrantes.
Esta empresa dedica-se à preparação de materiais para a construção civil, nomeadamente produção de aglomerados de pedra. Do seu processo de fabrico resultam lamas compostas por resíduos de pedra e resinas utilizadas para aglomeração do produto.
No entanto, em vez que proceder à devida retenção destes resíduos e posterior envio para tratamento adequado, a empresa Silicalia tem vindo de forma contínua a proceder à sua descarga ilegal no solo e numa linha de água nas imediações da fábrica, provocando um grave foco de contaminação ambiental.
Para além do efeito que o pó de pedra provoca em termos de impermeabilização do solo e impacte extremamente negativo no ecossistema aquático, existe ainda o risco de contaminação química provocada pelos agentes aglomeradores adicionados ao pó de pedra (resinas).
A Quercus não compreende como é possível uma empresa estar a laborar nestas condições sem que nenhuma das entidades licenciadoras e fiscalizadoras, nomeadamente a Comissão de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo, a delegação regional do Ministério da Economia, a Inspeção do Ambiente (IGAMAOT), o SEPNA da GNR ou mesmo a Câmara Municipal de Abrantes, ainda tenha posto cobro a esta situação.
Este caso de crime ambiental vai ser apresentado hoje a noite numa reportagem de investigação da RTP no programa Sexta às 9.
Lisboa, 27 de maio de 2016
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza