A Quercus apresentou
hoje ao Ministério do Ambiente (IGAMAOT) uma denúncia sobre descargas ilegais
contínuas de resíduos no solo e no meio hídrico provocadas pela empresa
Silicalia em Abrantes.
Esta empresa dedica-se
à preparação de materiais para a construção civil, nomeadamente produção de
aglomerados de pedra. Do seu processo de fabrico resultam lamas compostas por
resíduos de pedra e resinas utilizadas para aglomeração do produto.
No entanto, em vez que
proceder à devida retenção destes resíduos e posterior envio para tratamento
adequado, a empresa Silicalia tem vindo de forma contínua a proceder à sua
descarga ilegal no solo e numa linha de água nas imediações da fábrica,
provocando um grave foco de contaminação ambiental.
Para além do efeito que
o pó de pedra provoca em termos de impermeabilização do solo e impacte
extremamente negativo no ecossistema aquático, existe ainda o risco de
contaminação química provocada pelos agentes aglomeradores adicionados ao pó de
pedra (resinas).
A Quercus não
compreende como é possível uma empresa estar a laborar nestas condições sem que
nenhuma das entidades licenciadoras e fiscalizadoras, nomeadamente a Comissão
de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo, a delegação regional do
Ministério da Economia, a Inspeção do Ambiente (IGAMAOT), o SEPNA da GNR ou
mesmo a Câmara Municipal de Abrantes, ainda tenha posto cobro a esta situação.
Este caso de crime
ambiental vai ser apresentado hoje a noite numa reportagem de investigação da
RTP no programa Sexta às 9.
Lisboa, 27 de maio de
2016
A Direção Nacional da
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza