2.11.12

Opinião: O HOMEM DA MOTA

O HOMEM DA MOTA, a sabedoria ou a ignorância na gestão do PES? ...!
(a constatação, antagonismo e ausência de políticas sociais que descaraterizem o Estado
Social, os mais pobres...).
Neste momento tristonho da vida nacional referem-nos que há sectores exemplares, autênticos exemplos da melhor gestão pública.
Não interessa saber da respectiva irregularidade, se legalidade, inconstitucionalidade, da proporcionalidade em relação aos rendimentos e compromissos a que se acham vinculados. se têm ou não para pagar.
Se não têm arranjem-se....e vê-se o sorriso de felicidade de pequenos poderes que chegam a ir além da chinela em comentários laterais, que mereciam valente puxão de orelhas de algum superior que se preze no respeito pelos outros, dada a manifesta má educação que os acompanham.
Ou talvez não .... dada a manifesta maldade. E o que deve fazer um pobre alentejano, além de pestanejar perante o milagre da proclamação, e pacientemente procurar as fontes da sabedoria do autor ou autores.
E rir -se (...não é verdade.?...antes chorar ) perante as soluções e as contradições a existirem à nossa volta, conexas com a maldade humana.
Nada que um chinesinho paciente e sabedor não "ispilique"...como ispilica"?, perguntaria.
Naturalmente por ignorância de conhecimentos do que é o bem e o que é o mal.
Na Segurança Social cumpriu-se escrupulosamente o programa traçado... para o combate à pobreza.
Estou até convencido que se deve aplicar aqui com todo o fundamento a expressão com que muitas vezes catalogávamos explanações de outros miúdos, cortando cerce todo o tipo de vaidades, e às vezes mais que isso.
Enquanto meninos já tínhamos, a maior parte de nós, a nobreza da independência que víamos à nossa volta, de modo que éramos assim um bocadinhos rigorosos nestas realidades de quem se queria fazer passar pelo que não era.
E cáusticos.
A independência, a ajuda fraterna, os problemas dos outros assimilados como nossos, o incumprimento de promessas da gestão política, a ira pela omissão e desvios de fundos da legitimidade e titularidade das viúvas, sempre os vi criticados pelo meu querido avô Chaves, o meu avozinho, e também o meu querido pai " o meu paizinho", que era um operário, mas
que amava tanto que no dia da sua morte os seus companheiros, trabalhadores, e mesmo gente de outras classes sociais me confortavam porque era evidente o nosso profundo respeito um pelo outro.
Ausente, nunca saí de Nisa uma só vez sem que o meu paizinho se despedisse de mim.
Em toda uma vida em casa jamais tive uma palavra, um gesto contra o meu pai.
E quando na minha adolescência tomei uma decisão difícil, talvez mal gerida por mim no seu enquadramento formal, mesmo assim o meu paizinho a respeitou, e quantas vezes o meu paizinho aos domingos ali aparecia... está ali o seu paizinho vai almoçar com ele na sala...
Que alegria tão grande ele ali estar, depois de uma semana de trabalho tão duro, os seus companheiros me dedicavam especial afeto e estima...porque eu o honrava, nunca o trocaria pela maior riqueza do mundo.
Tinha deixado o emprego que emancipado ocupara...e meses depois ..."paizinho não quero continuar , o apoio prometido e as premissas para sobreviver sem a vossa ajuda não estão preenchidas. Reanalisa-se a situação mas fui pouco dúctil após o facto. Já tinha decidido.
E do meu paizinho só uma expressão..." vais para Clássicas e eu ajudo-te... meu paizinho não posso aceitar". (As palavras que aqui registo sobre meu paizinho são igualmente aplicáveis à minha mãezinha e ao meu irmão António).
Como então uma pessoa como eu pode compreender, nascida neste universo e no berço acabado de referir, pode entender tudo isto, esta falta de amor que se vê tão evidente nas decisões sem sentido e injustas, na desumanidade, pouco respeito pelos mais pobres,. pela ilegalidade das decisões, pela injustiça crescente, pela omissão e clareza da escolha do caminho, pela arbitrariedade dos caminhos escolhidos.
Podem andar de mota, ou de bicicleta, ou serem os melhores na modalidade do atletismo que praticarem, mas para mim não aceito nem o modo nem o conteúdo simplista destes responsáveis, .....cumprindo mudar de rumo, ....mudar de carreiro....
Até Agosto diz-se ter apenas gasto 1% das verbas adectas ao PES.
Anunciam-se cortes nas prestações sociais, mas os trabalhadores agigantam-se...e tudo regressa `a normalidade.
Despesa pública?....
Distorções... e a pouca inclinação para as contabilidades de um pobre "portugalês".
E se em vez de mota... se calçasse um simples par de patins no PES?
O cronista, por certo não entendeu o chinesinho, (como Jesus ..."não sabia nada de Finanças nem consta que tivesse biblioteca"- in F.Pessoa,), . nem entende nada de políticas sociais , ... é que sem Estado... não há despesa... e os impostos, os portugueses não podem querer tudo.!)
Velhice?... Doença....? Desemprego....? Estado Social?
Conceitos ...injustificados.
Com efeito, apenas o fascínio por ...um simples par de patins, e ensaiemos outra dança, qu que esta fica abaixo de coisa nenhuma.
João Castanho