1.11.12

OPINIÃO: Notas de Imprensa versus propaganda

Com o aproximar do acto eleitoral para as Autárquicas 2013, as Notas de Imprensa emanadas da Câmara Municipal de Nisa estão a revelar-se, em cada dia que passa, num vergonhoso e deplorável instrumento de propaganda, ao serviço de uma pessoa (a presidente) e de uma estratégia política partidária de quem domina o aparelho municipal.
A Nota de Imprensa que abaixo transcrevemos na íntegra, não informa os munícipes - como deveria ser a sua única e principal função - com verdade e rigor, sobre o que se passou na reunião da Câmara, hoje, dia 31 de Outubro, realizada.
A fazer fé (e faço-o, porque não tenho motivos para pôr em dúvida o que o autor tem escrito ao longo destes anos) no texto publicado por José Monteiro em
http://maladeporao.blogspot.pt/2012/10/surreal.html , a Nota de Imprensa esconde, intencionalmente, as tomadas de posição de eleitos do executivo municipal que apontavam, precisamente, no mesmo sentido da proposta aprovada pela presidente da Câmara e pelo seu vereador, numa votação, no mínimo de legalidade duvidosa, já que nem um só dos três eleitos da oposição votou.
Por outro lado, a presidente da Câmara rejeitou, sem qualquer fundamento e suporte legal, uma proposta da vereadora Fernanda Policarpo, sobre o mesmo assunto referido na Nota de Imprensa, sem que a mesma faça, a tal propósito, a mais pequena menção.
Posto isto, cabe perguntar para que servem as Notas de Imprensa da Câmara de Nisa, informação de uma "nota só" e com o cunho da "voz do dono", revelando um exercício do poder autocrático e anti-democrático que não respeita a pluralidade das opiniões manisfestadas em sede própria, como são as reuniões do executivo.
NOTA: Não sei se, por coincidência ou não, a decisão de manter o valor das tarifas de águas, esgotos e lixos em 2013, pode muito bem cair por terra, face à notícia que dá conta da intenção da Valnor em aumentar o tarifário em 30 por cento. Seria um  brutal aumento, na recolha de lixos e saneamento, a penalizar os munícipes, em serviços já de si bastante onerosos.
Mário Mendes