1.5.12

1ª MAIO: Instrumentos de Trabalho

Instrumentos de Trabalho
Poema: Maria Teresa Horta
 Sua o martelo nas mãos
Como soa uma navalha
Instrumentos de trabalho
Em dedos que nunca falham
 Instrumentos de trabalho
Ou mortes de mãos primeiro
Cresce o tempo no trabalho
De um martelo de ferreiro
Primeiro os mortos são peso
(Ferro no sangue não fere)
Instrumentos de trabalho
De um calor que não requer
 Desespero não é palavra
Nem será nunca instrumento
A mão recobra o metal
De material nos dedos
Dado o trabalho transpira
A fome de um operário
Instrumento de acidente
Na justiça de um salário
Semi-desliza o arado
Que o camponês não acusa
Ou comemora a semente
Com as mãos sem armadura [bis]
Movimento de calor
Nos músculos que se recusam
Sol a sol de instrumentos
Ou mortes de qualquer cura
 Sua o martelo nas mãos
Como soa uma navalha
Instrumentos de trabalho
Em dedos que nunca falham
Dado o trabalho transpira
A fome de um operário
Instrumento de acidente
Na justiça de um salário
Semi-desliza o arado
Que o camponês não acusa
Ou comemora a semente
Com as mãos sem armadura [bis]