“Retratos Pequenos e Breves do Património Cultural e Natural do Concelho de Nisa” – 13/17
José Dinis Murta, in Nisa Viva – Revista de Cultura e Desenvolvimento Local, n.º 17, Dezembro 2009, págs. 3/14.
Património museológico – artesanal, etnográfico, religioso e arqueológico
O Museu do Bordado e do Barro (núcleo central e núcleo do bordado) é um caso muito feliz, uma coroa de glória, no panorama cultural do concelho de Nisa. Como o próprio nome indica, o seu acervo é, essencialmente, sobre os característicos bordados e barros de Nisa. Acessível na Internet, poderá conhecê-lo, como recurso, em http://www.museubordadoebarro.pt porém esta visualização não dispensa uma minuciosa visita ao museu e aos centros de artesanato.
Aí, em exposição, existem diversos artefactos ligados aos usos e costumes concelhios, e alguns trajes tradicionais, trajes que, felizmente, ainda se guardam em muitas casas e que a Associação Nisa Viva teve a meritória ideia de os trazer até à rua em Cortejo Etnográfico, por duas vezes. Riquíssimos são os trajes e adornos dos grupos Contradanças de Alpalhão, Rancho Saias Bordadas da Falagueira, Rancho Típico das Cantarinhas de Nisa e Tocá Marchar de Tolosa.
Arte sacra musealizada pode admirar-se em museu de Amieira do Tejo e nos museus da Santa Casa da Misericórdia de Nisa e da sua congénere de Alpalhão e, ainda, na sacristia da capela de S. Francisco na Igreja Matriz de Nisa.
Prato comemorativo – Sétimo centenário-Santo António – 1195/1895)
Museu da Santa Casa da Misericórdia de Alpalhão
(Fotografia não incluída no texto original de “Retratos …”)
Museu da Santa Casa da Misericórdia de Alpalhão
(Fotografia não incluída no texto original de “Retratos …”)
Pequenas mostras de algumas alfaias religiosas poder-se-ão ver nas igrejas de Monte Claro e de Pé da Serra.
Em Alpalhão a Casa Museu, criada por iniciativa local, justifica uma visita atenta e demorada. Quem disse que tudo depende da autarquia nisense?
Mas Nisa, terra de queijo famoso internacionalmente, ainda não ergueu um museu ao queijo e afins, e o museu de apicultura/mel, que o deputado (na anterior legislatura) e apicultor Luís Carmo Marques tentou implementar junto da autarquia nisense, jaz esquecido.
Saiba que na freguesia de Montalvão, ainda hoje profícua na produção de mel, um só indivíduo possuía, em 1811, 140 colmeias, e um outro do Monte de São Pedro (aldeia extinta da freguesia de S. Matias) oitenta em 1806.
Parece estarem também perdidas, entre outras, as oficinas de ferreiro e de siderotecnia (ferra de animais).
Mãos habilidosas que trabalham o ferro (Nisa, Montalvão), a madeira (Nisa), os fósforos (Nisa), a cortiça (Nisa) e a pedra (Alpalhão) não deveriam ter um espaço para as suas obras?
Há bens móveis de natureza arqueológica no Núcleo Museológico José Fraústo Basso na Santa Casa da Misericórdia de Nisa e no Museu do Bordado e do Barro (núcleo do bordado), mas o espólio que há anos foi recolhido em escavações arqueológicas, nomeadamente em antas permanece sem divulgação (José Augusto Fraústo Basso – 22/08/1901-07/09/1987 -, jurista de formação, tinha uma grande predilecção pela história e pelo património concelhio o que o levou a recolher alguns artefactos arqueológicos, que se encontram no citado núcleo da Misericórdia nisense, onde foi provedor vários anos).
Há bens móveis de natureza arqueológica na posse de particulares que pretendem entregá-los como oferta ao município para este os musealizar, conforme dizem de viva voz a quem de direito, porém … a cavalo dado parece olhar-se ao dente.
Ainda e a propósito de exposições temporárias estas fazem-se na sede do concelho, na Biblioteca Municipal. Por que não se levam até às aldeias? Por que não se diversificam os espaços?
Por exemplo, na dependência da Caixa Geral de Depósitos, na Loja do Munícipe, nas sedes das juntas de freguesia.
Fomos às Termas, apenas a Valquíria-enxoval! E ali perto as antas de S. Gens e o Poço da Lança com realidades históricas e lendas!
Em Alpalhão a Casa Museu, criada por iniciativa local, justifica uma visita atenta e demorada. Quem disse que tudo depende da autarquia nisense?
Mas Nisa, terra de queijo famoso internacionalmente, ainda não ergueu um museu ao queijo e afins, e o museu de apicultura/mel, que o deputado (na anterior legislatura) e apicultor Luís Carmo Marques tentou implementar junto da autarquia nisense, jaz esquecido.
Saiba que na freguesia de Montalvão, ainda hoje profícua na produção de mel, um só indivíduo possuía, em 1811, 140 colmeias, e um outro do Monte de São Pedro (aldeia extinta da freguesia de S. Matias) oitenta em 1806.
Parece estarem também perdidas, entre outras, as oficinas de ferreiro e de siderotecnia (ferra de animais).
Mãos habilidosas que trabalham o ferro (Nisa, Montalvão), a madeira (Nisa), os fósforos (Nisa), a cortiça (Nisa) e a pedra (Alpalhão) não deveriam ter um espaço para as suas obras?
Há bens móveis de natureza arqueológica no Núcleo Museológico José Fraústo Basso na Santa Casa da Misericórdia de Nisa e no Museu do Bordado e do Barro (núcleo do bordado), mas o espólio que há anos foi recolhido em escavações arqueológicas, nomeadamente em antas permanece sem divulgação (José Augusto Fraústo Basso – 22/08/1901-07/09/1987 -, jurista de formação, tinha uma grande predilecção pela história e pelo património concelhio o que o levou a recolher alguns artefactos arqueológicos, que se encontram no citado núcleo da Misericórdia nisense, onde foi provedor vários anos).
Há bens móveis de natureza arqueológica na posse de particulares que pretendem entregá-los como oferta ao município para este os musealizar, conforme dizem de viva voz a quem de direito, porém … a cavalo dado parece olhar-se ao dente.
Ainda e a propósito de exposições temporárias estas fazem-se na sede do concelho, na Biblioteca Municipal. Por que não se levam até às aldeias? Por que não se diversificam os espaços?
Por exemplo, na dependência da Caixa Geral de Depósitos, na Loja do Munícipe, nas sedes das juntas de freguesia.
Fomos às Termas, apenas a Valquíria-enxoval! E ali perto as antas de S. Gens e o Poço da Lança com realidades históricas e lendas!
Carroça, que foi de Nisa. Hoje pára algures, no país ou no estrangeiro.
E por cá existe alguma carroça musealizada a par de outras alfaias agrícolas?
(Fotografia não incluída no texto original de “Retratos …”)
E por cá existe alguma carroça musealizada a par de outras alfaias agrícolas?
(Fotografia não incluída no texto original de “Retratos …”)
Neste aspecto, está de parabéns Alpalhão com as frequentes mostras temáticas, a última das quais, a vigésima, titulada de Pedra com Arte, esteve patente ao público no pretérito mês de Outubro. Registam-se também exposições recentes (Setembro) em Amieira e Montalvão (esta de iniciativa local).
(continua em 14/17) - José Dinis Murta
(continua em 14/17) - José Dinis Murta