28.2.25

Conferência “Pão Bragançano - Deixar o Pão Falar

Acontece a 3 de Março em Bragança

O pão é um elemento essencial da cultura e identidade de Portugal e, por isso mesmo, merece o devido destaque e celebração. A iniciativa “Pão Bragançano - Deixar o Pão Falar”, no dia 3 de março, tem como objetivo promover essa valorização através de uma conferência com apresentações, entrevistas, debates e a presença de figuras de referência da panificação nacional.   É em Bragança, em Trás-os-Montes, terra onde o pão de centeio tem uma forte tradição, que se vai discutir o presente e o futuro da panificação no país. A conferência “Pão Bragançano - Deixar o Pão Falar” realiza-se no Auditório Paulo Quintela, integrada no Festival do Butelo e das Casulas. Acontece entre as 9h30 e as 12h30. Tem entrada livre.

O evento inicia-se com a abertura oficial por Paulo Xavier, Presidente da Câmara Municipal de Bragança. Segue-se uma entrevista conduzida por Paulo Amado, diretor das Edições do Gosto, a Elisabete Ferreira, recentemente distinguida como Melhor Padeira do Mundo pela União Internacional de Panificação e Pastelaria. Diretora executiva da Pão de Gimonde, em Bragança, Elisabete é a primeira mulher a receber esta distinção.

Logo depois, o investigador de gastronomia transmontano Virgílio Gomes aprofunda a história do Pão Bragançano, destacando a sua importância cultural e gastronómica. Segue-se uma conversa conduzida pelo chefe André Magalhães, que recebe Amândio Pimenta, lusodescendente e membro fundador dos Ambassadeurs du Pain, associação francesa que promove a panificação artesanal a nível mundial através de publicações, formações e eventos.

A encerrar esta primeira edição, terá lugar o debate “Pensar o Pão em Portugal”, moderado pela jornalista Catarina Moura. O painel contará com a participação da investigadora de gastronomia Olga Cavaleiro, do chefe Óscar Geadas (proprietário do G Pousada e G Restaurante, com uma estrela Michelin, em Bragança), de

Luís Afonso, proprietário da Moagem do Loreto, e da chefe Lídia Brás, do restaurante Stramuntana, em Vila Nova de Gaia. O debate abordará a evolução da panificação nos últimos anos e os desafios para o futuro.

“O pão, reflexo da geografia, história, saberes e fazeres, cultura e história. O pão de cada dia. O nosso pão, o de cada terra, o melhor do mundo.  Em Bragança celebramos o Pão Bragançano num debate nacional e com futuro”, afirma Paulo Amado.

A iniciativa “Pão Bragançano - Deixar o Pão Falar” é organizada pelas Edições do Gosto, com o apoio da Câmara Municipal de Bragança. 

Festival do Butelo e das Casulas

A Praça Camões acolhe, assim, de 28 de fevereiro a 5 de março, o Festival do Butelo e das Casulas, onde cerca de 50 expositores promovem produtos como fumeiro, vinho, azeite, mel, doçaria, pão e artesanato, entre outros.

Além da venda de produtos da terra e de artesanato, decorrem, também, demonstrações e degustações gastronómicas com alguns dos Chefs mais conhecidos, como o Chef Marco Gomes, o Chef Hélio Loureiro e a Chef Justa Nobre, e D’ Gustar TTM – Provas com produtos das Terras de Trás-os-Montes (Praça Camões), bem como a conferência Pão Bragançano “Deixar o Pão Falar” (Auditório Paulo Quintela) e “Um conto para saborear” (Praça Camões).

O evento é, ainda, enriquecido pela sua forte vertente cultural, como a exposição “Máscaras Portuguesas” – Coleção de André Gago (Centro Cultural Municipal de Bragança) e Diálogos com Arte “Careto: ser ou interpretar” (Praça Camões).

No espaço contíguo à tenda na Praça Camões, existe uma área de restauração, que funciona das 12:00 às 23:00 horas.

Recorde-se que, de 28 de fevereiro a 9 de março, decorre a Semana Gastronómica, durante a qual 23 restaurantes aderentes têm nas suas ementas pratos com butelo e casulas.

Este ano, e pela primeira vez, o evento passa a contar, também, com uma componente desportiva: a Rota do Butelo e da Casula em BTT, que reunirá cerca de 150 atletas.