Acontece a 3 de Março em Bragança
O pão é um
elemento essencial da cultura e identidade de Portugal e, por isso mesmo,
merece o devido destaque e celebração. A iniciativa “Pão Bragançano - Deixar o
Pão Falar”, no dia 3 de março, tem como objetivo promover essa valorização
através de uma conferência com apresentações, entrevistas, debates e a presença
de figuras de referência da panificação nacional. É em Bragança, em Trás-os-Montes, terra onde
o pão de centeio tem uma forte tradição, que se vai discutir o presente e o
futuro da panificação no país. A conferência “Pão Bragançano - Deixar o Pão
Falar” realiza-se no Auditório Paulo Quintela, integrada no Festival do Butelo
e das Casulas. Acontece entre as 9h30 e as 12h30. Tem entrada livre.
O evento
inicia-se com a abertura oficial por Paulo Xavier, Presidente da Câmara
Municipal de Bragança. Segue-se uma entrevista conduzida por Paulo Amado,
diretor das Edições do Gosto, a Elisabete Ferreira, recentemente distinguida
como Melhor Padeira do Mundo pela União Internacional de Panificação e Pastelaria.
Diretora executiva da Pão de Gimonde, em Bragança, Elisabete é a primeira
mulher a receber esta distinção.
Logo depois,
o investigador de gastronomia transmontano Virgílio Gomes aprofunda a história
do Pão Bragançano, destacando a sua importância cultural e gastronómica.
Segue-se uma conversa conduzida pelo chefe André Magalhães, que recebe Amândio
Pimenta, lusodescendente e membro fundador dos Ambassadeurs du Pain, associação
francesa que promove a panificação artesanal a nível mundial através de publicações,
formações e eventos.
A encerrar
esta primeira edição, terá lugar o debate “Pensar o Pão em Portugal”, moderado
pela jornalista Catarina Moura. O painel contará com a participação da
investigadora de gastronomia Olga Cavaleiro, do chefe Óscar Geadas
(proprietário do G Pousada e G Restaurante, com uma estrela Michelin, em
Bragança), de
Luís Afonso,
proprietário da Moagem do Loreto, e da chefe Lídia Brás, do restaurante
Stramuntana, em Vila Nova de Gaia. O debate abordará a evolução da panificação
nos últimos anos e os desafios para o futuro.
“O pão,
reflexo da geografia, história, saberes e fazeres, cultura e história. O pão de
cada dia. O nosso pão, o de cada terra, o melhor do mundo. Em Bragança celebramos o Pão Bragançano num
debate nacional e com futuro”, afirma Paulo Amado.
A iniciativa
“Pão Bragançano - Deixar o Pão Falar” é organizada pelas Edições do Gosto, com
o apoio da Câmara Municipal de Bragança.
Festival do
Butelo e das Casulas
A Praça
Camões acolhe, assim, de 28 de fevereiro a 5 de março, o Festival do Butelo e
das Casulas, onde cerca de 50 expositores promovem produtos como fumeiro,
vinho, azeite, mel, doçaria, pão e artesanato, entre outros.
Além da venda
de produtos da terra e de artesanato, decorrem, também, demonstrações e degustações
gastronómicas com alguns dos Chefs mais conhecidos, como o Chef Marco Gomes, o
Chef Hélio Loureiro e a Chef Justa Nobre, e D’ Gustar TTM – Provas com produtos
das Terras de Trás-os-Montes (Praça Camões), bem como a conferência Pão
Bragançano “Deixar o Pão Falar” (Auditório Paulo Quintela) e “Um conto para
saborear” (Praça Camões).
O evento é,
ainda, enriquecido pela sua forte vertente cultural, como a exposição “Máscaras
Portuguesas” – Coleção de André Gago (Centro Cultural Municipal de Bragança) e
Diálogos com Arte “Careto: ser ou interpretar” (Praça Camões).
No espaço
contíguo à tenda na Praça Camões, existe uma área de restauração, que funciona
das 12:00 às 23:00 horas.
Recorde-se
que, de 28 de fevereiro a 9 de março, decorre a Semana Gastronómica, durante a
qual 23 restaurantes aderentes têm nas suas ementas pratos com butelo e
casulas.
Este ano, e
pela primeira vez, o evento passa a contar, também, com uma componente
desportiva: a Rota do Butelo e da Casula em BTT, que reunirá cerca de 150 atletas.