22.2.25

BLOCO DE ESQUERDA: Esclarecimento sobre a situação no distrito de Portalegre

 


Camaradas,

A saída de mais de 70 aderentes da distrital de Portalegre, divulgada numa carta  enviada à comunicação social, carece de confirmação.

Os estatutos do Bloco de Esquerda determinam que as adesões e desvinculações do  partido sejam individualmente comunicadas, de modo a confirmar a vontade expressa de cada aderente.

Após a divulgação da carta, o Bloco recebeu centralmente 14 pedidos de desvinculação.

A sede nacional verificou que nenhum dos 70 aderentes mencionados na carta tinha

pago quotas em 2024 e procurou contactar telefonicamente os mesmos. A maioria dos alegados demissionários não respondeu a este contacto ou não tinha qualquer número telefónico registado. Cinco dos aderentes incluídos na lista de demissões negaram a intenção de sair e verificou-se, ainda, que uma das pessoas que se teria agora demitido faleceu há mais de um ano. Trata-se de uma situação de enorme gravidade, sem precedentes na história do nosso partido.

Nas próximas semanas vão multiplicar-se na imprensa anúncios semelhantes. Estas notícias são parte do processo de abandono público do Bloco por elementos de uma corrente interna - a Convergência -, que esteve na origem da moção E, cujos eleitos se demitiram também recentemente da Comissão Política.

Este grupo minoritário fundou sua principal divergência na questão ucraniana e alimentou, nos últimos anos, um ciclo de conflitos públicos. A intenção de promover uma ofensiva comunicacional contra o Bloco explica a escolha do calendário destas saídas, acompanhadas aliás de declarações públicas que reproduzem falsas acusações, ao mesmo tempo que circulam apelos à subscrição de um novo movimento fora do Bloco.

Ao longo da sua história, o Bloco já conheceu divergências e saídas, individuais e coletivas. São decisões legítimas e naturais em qualquer partido vivo e plural. Mas nunca uma saída coletiva tinha recorrido à intoxicação política nem ao abuso do nome de aderentes, incluídos em listas de demissão contra a sua vontade. Na presente conjuntura política de ofensiva contra a esquerda e contra o Bloco, esta prática define os seus autores.

A Comissão Política vem dar aos aderentes do partido no distrito de Portalegre o sinal do seu empenho na construção de uma organização distrital renovada, aberta e participada. O Bloco relançará a sua atividade no distrito e, no imediato, será assegurada a normalidade do processo preparatório da XIV Convenção Nacional.

A Comissão Política