Com curadoria de Sara Pereira, está patente
até 23 de Março.
VISITAS GUIADAS
15 Fev . sáb . 11h
22 Fev . sáb. 11h
15 Mar . sáb . 11h
20 Mar . 5ªf . 16h
Preços e informações úteis:
https://www.museudofado.pt/visitar
Inscrições: info@museudofado.pt
Consagrada à presença do Fado nas artes
plásticas nacionais, a exposição propõe uma leitura integrada e
multidisciplinar das representações do Fado na Arte Portuguesa dos séculos
XIX-XXI, reunindo obras de José Malhoa – aqui representado em vários estudos para
a emblemática obra O Fado - Columbano
Bordalo Pinheiro, Leonel Marques Pereira,
Rafael Bordalo Pinheiro, Almada Negreiros, Amadeo de Souza-Cardoso,
Eduardo Viana, Dominguez Alvarez, Francis Smith, Eduardo Moura, Carlos Reis,
Alfredo Roque Gameiro, Raquel Roque Gameiro, Eduardo Malta, Bernardo Marques,
Stuart Carvalhais, João Abel Manta, Cândido da Costa Pinto, Leonel Moura, João
Vieira e Júlio Pomar.
Ao longo da sua história, o Fado soube
sempre assumir-se como um campo de criatividade, dialogando abertamente com
outras artes e outros géneros performativos, populares ou eruditos. À luz da
representação visual do Fado, poderemos compreender o percurso de evolução e
disseminação da canção urbana de Lisboa, nos diferentes períodos cronológicos
que presidiram à sua génese e implantação no segundo quartel do século XIX, em
Lisboa até à sua consagração como Património Cultural Imaterial da Humanidade,
em pleno século XXI.
A leitura integrada das representações do
Fado na arte portuguesa convoca, inevitavelmente, uma multiplicidade de temas e
de discursos, que as artes plásticas e a literatura, invariavelmente,
partilharam. Atentando nos programas culturais e artísticos que presidiram à
criação das obras e sua fruição por sucessivas gerações, podemos contextualizar
motivações e constrangimentos de ordem social, estética, ideológica, simbólica,
desvendar itinerários de resistência, acompanhar a fixação e estabilização de
ícones e o seu tributo na construção simbólica de uma identidade imagética do
Fado, na sua mais lata dimensão memorial.
Percorrendo múltiplas geografias simbólicas,
o mosaico desta viagem construiu-se também com outros olhares sobre o Fado,
plasmados nas obras oitocentistas dos viajantes estrangeiros que fixaram as
práticas musicais de Lisboa na pintura de costumes, na quimera agridoce dos
nossos modernistas, em visões posteriores de profunda rejeição crítica – de
Cândido Costa Pinto a João Abel Manta - ou no olhar contemporâneo de João
Vieira e de Júlio Pomar.
O itinerário desta viagem tem início no
olhar exterior de viajantes de passagem por Lisboa, no século XVIII, e desagua
no legado intemporal de Júlio Pomar, um dos grandes criadores da arte moderna e
contemporânea que, durante mais de uma década, convocou o Fado para a sua obra
plástica e poética.
Porque no Fado a ligação ao passado sempre
foi impulso de renovação, Imagens do Fado na Arte Portuguesa é um tributo à
preservação da memória do Fado enquanto expressão artística plural e sobretudo
uma celebração do Fado enquanto património vivo, pleno de memória e de futuro.
Obras provenientes das colecções:
Atelier-Museu Júlio Pomar, Casa- Museu João
Vieira, Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, Fundação Amália Rodrigues,
Fundação Portuguesa das Comunicações, Galeria Valbom, Museu da Cerâmica, Museu
de Lisboa, Museu do Chiado | Museu Nacional de Arte Contemporânea, Museu José
Malhoa, Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, Museu do Caramulo, Museu
Nacional Soares dos Reis, Museu Rafael Bordalo Pinheiro, entre outras.