30.9.25

SANTO ANTÓNIO DAS AREIAS: Exposição "Retratos do Rancho"


A Associação Arte Alémtejo inaugura, esta quarta-feira, dia 1 de outubro, às 18h00, na Casa do Povo de Santo António das Areias, a exposição “Retratos do Rancho”, da fotógrafa Patricia Steur.

Patricia Steur é uma fotógrafa holandesa de reconhecida carreira internacional, cujo percurso abrange retrato, música, moda e documentário, revelando em cada imagem a força e a vulnerabilidade dos seus protagonistas.

Através da sua lente, Patricia Steur aproxima-se do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Santo António das Areias, registando os rostos e os trajes que refletem a tradição, a identidade cultural e a força da memória coletiva. O resultado são retratos íntimos e emotivos, com forte dimensão etnográfica e antropológica.

A sessão de abertura vai contar com uma atuação especial do Rancho, reforçando o diálogo entre arte e cultura viva, entre quem fotografa e quem é fotografado, entre diferentes gerações, culturas e nacionalidades.

Mais informação: https://associacaoartealemtejo.com

DNA revela ameaça oculta: siluro coloca em risco espécies nativas e valiosas nos rios ibéricos


Novo estudo mostra que o peixe-gato-europeu (Silurus glanis) consome uma diversidade de presas muito maior do que se conhecia, incluindo peixes ameaçados como a enguia-europeia e o sável

Este estudo, liderado por investigadores do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente/ ARNET – Rede de Investigação Aquática, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS ULisboa), é o primeiro trabalho em Portugal a combinar a técnica de DNA metabarcoding e a análise morfológica para caracterizar a dieta do peixe-gato-europeu, revelando novos padrões de predação.

A combinação destas metodologias permitiu identificar, no baixo Tejo, 34 espécies-presa, incluindo peixes nativos ameaçados e endémicos como a enguia-europeia (Anguilla anguilla), os sáveis (Alosa spp.), os barbos (Luciobarbus spp.) e as bogas Iberochondrostoma spp. e Pseudochondrostoma polylepis. Foram ainda detetadas espécies menos abundantes no Tejo, como o robalo (Dicentrarchus labrax) e a tainha (Mugil cephalus), bem como aves aquáticas, incluindo o corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo). Os resultados mostram que a pressão predatória do siluro é mais forte do que se pensava, levantando sérias preocupações para a conservação das comunidades de água doce ibéricas.

O siluro, ou peixe-gato-europeu, originário do leste da Europa e da Ásia ocidental, foi introduzido na Península Ibérica em 1974 (rio Ebro) e confirmado em Portugal em 2014 (rio Tejo). É o maior peixe de água doce da Europa, podendo atingir 2,7 metros de comprimento e 130 quilos de peso. Como predador de topo com dieta generalista, exerce forte pressão sobre a fauna nativa, alterando os equilíbrios ecológicos dos ecossistemas.

Este é o primeiro estudo abrangente a integrar a técnica de DNA metabarcoding do conteúdo intestinal e análise morfológica do conteúdo estomacal na caracterização da dieta do siluro em Portugal.

“O metabarcoding proporcionou uma visão muito mais detalhada da dieta do siluro, permitindo identificar também presas de digestão possivelmente mais rápida, como os peixes, enquanto a análise morfológica continua a ser essencial para estimar a biomassa e a abundância das presas. Juntas, estas metodologias revelam padrões de predação que antes não eram visíveis”, explica Mafalda Moncada, primeira autora do artigo.

Os investigadores sublinham que a utilização de metodologias complementares permitiu também detetar variações sazonais e outras associadas ao tamanho dos indivíduos: os siluros mais pequenos consomem sobretudo crustáceos, enquanto os maiores predam principalmente peixes migradores, exercendo maior impacto em épocas críticas como a reprodução.

“O siluro consome um grande número de espécies nativas no Tejo, incluindo algumas ameaçadas, como a enguia-europeia e o sável, sobretudo na época de reprodução. Estes resultados são especialmente relevantes para avaliar o impacto desta espécie invasora nos ecossistemas portugueses e até na atividade piscatória, tanto recreativa como profissional”, reforça a investigadora.

Segundo os autores, esta informação é crucial para reforçar estratégias de conservação e apoiar a definição de medidas de gestão que permitam mitigar os impactos desta espécie invasora num dos maiores hotspots de biodiversidade de água doce da Europa.

“É fundamental que esta informação chegue às comunidades locais, em particular aos pescadores, para prevenir novas introduções do siluro. A intensificação da sua captura, sobretudo na primavera e junto a barragens, pode ser uma estratégia eficaz para reduzir a pressão predatória sobre espécies nativas”, considera Mafalda Moncada.

Este trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), através dos projetos atribuídos ao MARE/ARNET e ao projeto MEGAPREDATOR, e cofinanciado pelo programa LIFE Nature & Biodiversity.

O estudo publicado no Journal of Fish Biology foi liderado por Mafalda Moncada do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente/ARNET – Rede de Investigação Aquática, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS ULisboa), em colaboração com o cE3c – Centre for Ecology, Evolution and Environmental Change e a Escola Superior Agrária de Santarém (Instituto Politécnico de Santarém), entre outros parceiros.

CAMPO MAIOR: Arguida por furto de telemóvel


O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Campo Maior, no dia 29 de setembro, constituiu arguida uma mulher de 43 anos por furto de um telemóvel, no concelho de Campo Maior. 

No âmbito de uma denúncia relacionada com o furto de um telemóvel, ocorrido no referido concelho, os militares realizaram diligências policiais que permitiram identificar e localizar a suspeita. A ação culminou na constituição da suspeita como arguida e na recuperação do equipamento furtado, que foi restituído ao seu legítimo proprietário.

Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Elvas.

 

29.9.25

PORTALEGRE: AADP entrega Prémios de Mérito




A Associação de Atletismo do Distrito de Portalegre (AADP) realizou, no passado sábado, a sua Cerimónia de Mérito, que reuniu mais de 200 pessoas no Campus Politécnico de Portalegre. O evento contou com a presença de várias entidades oficiais, entre as quais Fermelinda Carvalho, Presidente da Câmara Municipal de Portalegre, João Crespo, Presidente da Câmara Municipal de Arronches, Luís Costa, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Marvão, Helena Esteves, Vereadora da Câmara Municipal de Castelo de Vide, Joaquim Santos, Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, e Miguel Serafim, Diretor da Escola Superior de Tecnologia, Gestão e Design de Portalegre.

O ponto alto da cerimónia foi a entrega dos prémios aos vencedores dos Circuitos AADP, que distinguiram os atletas e clubes mais regulares ao longo da época desportiva. Em complemento, foram igualmente homenageados os atletas da região que se sagraram campeões nacionais: Luciano Gordo, Campeão Nacional de Corta-Mato Curto, Longo e Estrada no seu escalão, e Diana Camejo e Guilherme Vélez, Campeões Nacionais de Lançamento do Dardo em Sub-20.

A AADP fez ainda questão de reconhecer o papel fundamental de todos os atletas que competem regularmente, mesmo sem alcançar vitórias, bem como dos juízes e treinadores, sublinhando que o atletismo se constrói tanto no esforço diário como nos momentos de consagração.

A Cerimónia de Mérito da AADP assumiu-se, assim, como um momento de celebração do atletismo no distrito, reforçando a união entre atletas, clubes, dirigentes, treinadores, juízes e famílias, e projetando confiança no crescimento da modalidade em Portalegre e na região.




PORTALEGRE: Candidatura da CDU debate "Importância do Património Cultural"


3ª Feira - 7 Outubro - 18 horas

C. BIP - Largo Serpa Pinto

Debate sobre a importância do Património Cultural para o desenvolvimento da cidade e do concelho, com a presença do candidato à Presidência da Câmara, Diogo Júlio Serra.

Oradores: Doutor Carlos Faísca, Doutoranda Sandra Pereira. Doutoranda Susana Pacheco. Moderador Professor Luís Pargana

 

GALVEIAS: Comemoração dos 487 anos de Elevação de Galveias a Vila


No próximo dia 2 de Outubro, Galveias comemora o 486º aniversário da sua elevação a Vila e a Sede de Concelho.

Para assinalar a data a Junta de Freguesia e o Centro de Interpretação José Luís Peixoto promovem uma tarde cultural com início às 17 horas no Centro de Interpretação - Sala Galveias.

Será feito a apresentação do livro " Palavras e Frases com Sabor Local" da autoria do Professor Manuel Cortiço, seguindo-se um “ Galveias de honra”.

Na apresentação do livro estará presente o autor e a Sra Presidente da Junta de Freguesia.

Comemoração dos 487 anos de Elevação de Galveias a Vila com o lançamento do livro “Palavras e Frases com Sabor Local” de Manuel Milheiras Cortiço

📅 2 de outubro

📍 Sala Galveias no Centro de Interpretação José Luís Peixoto

⏰ 17h00

 


28.9.25

OS VERDES DENUNCIAM: “As medidas do Governo para a habitação são simplesmente “chocantes””


O Governo PSD/CDS anunciou um conjunto de medidas para, supostamente, responder à crise da habitação em Portugal. Essas medidas recaem fundamentalmente sobre a dimensão fiscal e acabam por ser um claro sinal para dar uma luz verde aos preços especulativos.

Com efeito, o Governo considera que uma renda de 2300 euros é uma renda de valor moderado e que uma casa que custe até 648 mil euros é igualmente de valor moderado! Desta forma atribui a esses valores (i)«moderados» benesses fiscais: no caso do arrendamento (até 2300 euros) passa a tributar os proprietários apenas em 10% nos seus rendimentos prediais; no caso da construção de imóveis para venda (até 648 mil euros) promove uma descida do IVA.

Com estas medidas, o sinal que o Governo está a dar é que a subida das rendas até aos 2300 euros é bastante aceitável e que a continuação da escalada dos preços para compra de habitação até aos 648 mil euros é perfeitamente aceitável. Isto é inadmissível num país onde o custo da habitação não para de crescer e onde os salários, em termos reais, não param de descer.

Para além disso, o Governo fomenta a instabilidade dos contratos, uma vez que determina que a redução da taxa aplicada aos rendimentos prediais, no caso de o proprietário arrendar o imóvel, pode ser aplicada não já a arrendamentos estáveis em pelo menos 10 anos, mas sim a arrendamentos curtíssimos, por exemplo de apenas 1 ano.

Estas medidas constituem a prova de que o Governo continua a desprender-se daquelas que são as dificuldades reais das pessoas e que não tem qualquer capacidade para resolver o problema da habitação.

Sobre o incremento do parque habitacional público, que em Portugal se situa apenas na ordem dos 2%, nada!

Sobre a definição de limites aos valores das rendas, nada!

Sobre o fomento da duração de contratos de arrendamento para habitação de famílias, nada!

Sobre a limitação dos spreads e das comissões bancárias, no caso de crédito à habitação, nada!

Enfim, temos um Governo que continua a servir todos os interesses que sugam os parcos salários e as parcas pensões que a generalidade das pessoas aufere em Portugal. É simplesmente escandaloso!

Lisboa, 26 de setembro de 2025

Partido Ecologista Os Verdes