António
Teixeira Estaco, de nome completo, nasceu em Alpalhão, concelho de Nisa,
distrito de Portalegre no ano de 1895 e faleceu em Abrantes em 1956.
Distinguiu-se
muito cedo pelo seu talento verdadeiramente precoce. Os seus quadros
caracterizam-se pelo seu sentimento profundo, aliado á natureza, captando bem a
atmosfera alentejana numa interpretação sem artifícios, enquadrando
esteticamente as imagens do Alto e Baixo Alentejo.
Fiel aos
panoramas figurativos, em toda a obra pictórica reside uma expressão de
colorido, incluindo numa nota de sensível lirismo poético, através de uma
policromia onde os aspectos criativos apresentam um acervo de perspectivas
plásticas.
A sua
paixão pelo Alentejo vive com certo fulgor nos temas representados a ele
referente.
Alberto de
Sousa, pintor aguarelista que a Évora dedicou uma grande parte do seu génio
criativo, a António Estaco se refere em certa passagem num artigo de sua
autoria.
“António
Estaco foi um génio no verdadeiro sentido da palavra. As cores que imprimiu nos
seus quadros traduzem uma extraordinária riqueza nas imagens conseguidas, quer
pelo efeito da luz, quer pela subtileza do traço manifestado”.
De facto,
António Estaco projectou nos seus trabalhos como aguarelista, uma singular
beleza nos temas que criou.
Beja,
Portalegre, Alpalhão, Vale do Peso, Avis, Monforte, Amieira do Tejo, Elvas,
Arronches, Nisa, Castelo de Vide, Évora e outros pontos do Alentejo ele com a
sua paleta de arte soube recolher.
Conheço
algumas obras de Estaco em reproduções impressas num antigo álbum sobre
pintores naturais do Alentejo.
Mário Elias
(Nota:
Agradeço ao senhor Francisco Dionísio Montes o subsídio para apoiar este
artigo. Obrigado)