5.7.15

5 de Julho - Cabo Verde é independente há 40 anos

Cabo Verde, oficialmente República de Cabo Verde, é um país insular localizado num arquipélago formado por dez ilhas vulcânicas na região central do Oceano Atlântico. A cerca de 570 quilómetros da costa da África Ocidental, as ilhas cobrem uma área total de pouco mais de 4.000 quilómetros quadrados.
Os exploradores portugueses descobriram e colonizaram as ilhas desabitadas no século XV, o primeiro assentamento europeu nos trópicos. Idealmente localizado para o comércio de escravos no Atlântico, o arquipélago prosperou e muitas vezes chegou a atrair corsários e piratas, entre eles Sir Francis Drake, na década de 1580. As ilhas também foram visitados pela expedição de Charles Darwin em 1832.
O arquipélago foi ocupado conforme a colónia cresceu em importância entre as principais rotas de navegação entre Europa, Índia e Austrália, população aumentou de forma constante. No momento da sua independência de Portugal, em 1975, os cabo-verdianos emigraram para todo o mundo, de tal forma que a população no século XX com mais de meio milhão de pessoas nas ilhas é igualada pela diáspora cabo-verdiana na Europa, na América e na África.

A economia cabo-verdiana é principalmente ficada no crescente turismo e em investimentos estrangeiros, que se beneficiam do clima quente o ano todo, da paisagem diversificada e da riqueza cultural, especialmente na música. Historicamente, o nome "Cabo Verde" tem sido usado para se referir ao arquipélago e, desde a independência, em 1975, ao país. Em 2013, o governo local determinou que a designação em português "Cabo Verde" passaria a ser utilizado para fins oficiais, como na Organização das Nações Unidas (ONU)

 in wikipédia
Canção ao Mar (Mar Eterno)
 Oh mar eterno sem fundo
Sem fim
Oh mar de túrbidas vagas
Oh mar!
De ti e das bocas do mundo
a mim
Só me vem dores e pragas

Oh mar!

Que mal te fiz oh mar, oh mar

Que ao ver-me pões-te a arfar, a arfar
Quebrando as ondas tuas
De encontro às rochas nuas

Suspende a zanga um momento
Escuta
A voz do meu sofrimento
Na luta
Que o amor acende em meu peito
Desfeito
De tanto amar e penar
Oh mar!

Que até parece oh mar, oh mar
Um coração a arfar, a arfar
Em ondas pelas fráguas
Quebrando as suas máguas
Dá-me notícias do meu amor,
Amor
Que um dia os ventos do céu
Oh dor!
Nos seus braços furiosos
Levaram
E ao meu sorriso, invejosos,
Roubaram

Não mais voltou ao lar, ao lar
Não mais o vi oh mar, oh mar
Mar fria sepultura
Desta minha alma escura

Roubaste-me a luz querida
Do amor,
E me deixaste sem vida
No horror
Oh alma da tempestade
Amansa,
Não me leves a saudade
E a esperança

Que esta saudade, é quem, é quem

Me ampara tão fiel, fiel
É como a doce mãe
Suavíssima e cruel

Mas máguas desta aflição
Que agita
Meu infeliz coração,
Bendita,
Bendita seja a esperança
Que ainda
Lá me promete a bonança
Tão linda!
Eugénio Tavares
Eugénio de Paula Tavares (Ilha Brava, 18 de outubro de 1867 — Vila Nova Sintra 1 de junho de 1930), foi um jornalista, escritor e poeta cabo-verdiano.
O povo o poente o pão de permeio 
Então Djone! nosso Djone
fidje de Bia ou Maria
Despe a camisa
E vendida

Passeamos tal tronco
Entre palmeiras de secura
Assim
Falucho
de orgasmo
que caminha
Ao som de palmas
Instrumentos de corda
violão & viola

Há sempre o banjo o cavaquinho

Que nos interrompem
Entre duas freguesias
E dizem
       unha & bronze
Da nudez
E das árvores
Que crescem no céu da boca
E dos rios
que nascem na veia cava
E do sangue
do povo sobre o mapa

Desde o nascer E desde a nascença
Os pés o poente o meridiano de permeio
Corsino Fortes
Corsino António Fortes (Mindelo, 14 de Fevereiro de 1933) é um escritor e político cabo-verdiano.
É licenciado em Direito, pela Universidade de Lisboa (1966). Integrou vários governos na República de Cabo Verde, tendo sido o primeiro Embaixador caboverdiano em Portugal, em 1975.