31.3.15

OPINIÃO: A indissolúvel ligação da Páscoa -Um passo para a frente com o contexto

Político actual …por  imperativo de consciência (porque existimos e somos cristãos  ! …)
 “ Por teu livre pensamento
 Foram-te longe  encerrar
 …………………………………
 Levaram-te a meio da noite
E nunca mais se fez dia
 (Fado "O melhor de Amália")
DEMOCRACIA SEM DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO?
O problema das democracias ocidentais face à globalização e outros universalismos.
Dobrada a Páscoa muitos cristãos de corpo inteiro, religiosos e leigos imbricados nas transformações democráticas do país interrogam-se, volvidos 41 anos depois da queda do regime anterior ,  e sentem-se perplexos na análise da realidade  actual  que os cerca: desemprego e um País a meio gás, dificuldades acrescidas para os mais pobres, insolvências de pessoas singulares e colectivas, uma carga fiscal asfixiante desproporcionada e destituída  de razoabilidade, e mais do que isso uma concreta marcha  atrás nos direitos de muitos e sobretudo  um Estado que não confia e quiçá desconfia dos contribuintes.
Ou seja em vez de copiarmos modelos de confiança fiscal atropelam-se valores e regras que tanto havia custado a  adquirir.
Adopta-se uma cultura de perfeita desumanidade nas cobranças por exemplo das SCUTS com coimas  e custos administrativos numa impressionante voragem  e contra a própria cultura democrática e a valores instituídos, custos administrativos duplicados, e assente em normas de competência  tributária material e constitucionalmente ilegais para muitos juristas.
Como se fosse ou tratasse de um verdadeiro e concreto imposto.
Os meios nunca justificaram os fins, nem qualquer fim justifica a adopção de meios deste tipo.
Sucedem-se os argumentos , os estafados argumentos do país endividado como justificativo.
E  ainda se perde tempo em lamentos sobre a incompreensão de muitos desperdiçando-se a energia que se não tem para recuperar.
Os cidadãos em geral interrogam-se  e procuram conhecer a realidade que os cerca sobre os mecanismos  de representação e da tutela de interesses  numa interacção da relação nas esferas civil, económica e política. Tal contexto é-lhes vinculado pelo elo fraco dos políticos.
No fundo um País agarrado a uma contabilidadezinha quando os grandes desafios das universidades, da economia  e da realidade actual  parecem impor a inadiável mudança de paradigma.
Os candidatos  a candidatos  à Presidência  dispersam-se, nivelam-se pela área do comentário politicamente oportuno  desiludindo e  destruindo a oportunidade das grandes  lições pedagógicas ,impulsionando as forças partidárias em lições galvanizadoras    para outros ritmos que se esperavam nada trazendo de valor acrescentado  em sede dos referidos  uniservalismos e  sem se despegarem dos conceitos ultrapassados  que aprenderam antes  dos novos horizontes postos às democracias ocidentais, a nação confinada  aos limites económicos antigos é passado.
É que espaço do Estado não é a mesma coisa que espaço  Público supondo uma tónica nova dos agentes políticos.
Ou não ?
João Castanho