Os calendários de iniciativas que,
aqui, recordamos, passados 14 anos, prestam-se, também para uma leitura e análise,
uma visão, se quisermos, sobre o concelho, o dinamismo de colectividades e
instituições, os espaços de cultura, educação e da própria autonomia política
que, ao longo destes anos fomos perdendo.
Podendo não dizer muito, os
quadros remetem-nos ainda, em termos comparativos, para analisarmos a
actividade desportiva, cultural e institucional, em relação à actualidade, com
o foco, por exemplo, na redução drástica do número de espectáculos cinematográficos
no Cine Teatro, números a que não serão alheios, certamente, factores como a diminuição
da população, o aumento do custo de vida e ausência de hábitos culturais
regulares. Mas, este último, é um ciclo “vicioso”: as pessoas não vão ao cinema
porque “não há” ou porque, havendo, a programação não é (será) atractiva.
Pena é termos uma infraestrutura,
uma sala de espectáculos deste nível e não ser devidamente utilizada.
Com regularidade e rigor.