20.12.14

CANTINHO DO EMIGRANTE: O Natal

O mês de Dezembro com o frio e a neve a bater-nos à porta, com o dia 25 a anunciar-nos o nascimento do Menino Jesus e a encher os lares de paz, amor e alegria, festejando-se em todo o mundo há vários séculos, como sendo o símbolo da união da família.
A árvore de Natal com as grinaldas e coberta de brinquedos é a alegria das crianças, dando luz e cor a esta noite fria de Inverno.
Esta noite não se trata apenas de um dia de festa, só por se comer uma refeição mais requintada ou estrear um fato novo no outro dia. Esta data deve chocar o coração das pessoas boas para poderem mostrar a sua solidariedade com os mais necessitados, ajudando os hospitais e as instituições de beneficiência, para que os doentes, as crianças abandonadas e os sem abrigo, possam passar este dia com dignidade. Sim, porque a solidariedade existe, pois “quem dá aos pobres empresta a Deus”.
E a melhor prenda de Natal seria o nosso Governo pudesse combater a pobreza, o desemprego, a droga e a exclusão e que pudesse também haver paz no mundo.
Veio-me à memória o Natal dos soldados na guerra, por vezes conflitos quase intermináveis, como foram aqueles por que passei em Angola, longe dos meus afectos, oprimidos pela polícia política e a censura, sem que nós pudéssemos exaltar os nossos pensamentos nacionais, as nossas ideias de paz e liberdade.
Agora e como não podia deixar de ser, não queria terminar sem desejar a todos os nisenses, em nome de toda a comunidade emigrante de França, os votos de um Bom Natal e um Próspero Ano Novo, aproveitando também para homenagear todos aqueles que têm espalhado a Portugalidade nos cinco cantos do Mundo.
António Conicha – in “Jornal de Nisa” – 22/12/ 2004