Iniciamos com este escrito, um
espaço sobre as Autárquicas 2013 no qual, diariamente, iremos focar alguns dos
problemas que exigem solução mais premente ou, pelo menos, a atenção dos
candidatos para os mesmos.
O espaço é aberto à participação
de todos os nisenses – de nascimento ou pelos afectos – bastando, para o
efeito, que se identifiquem devidamente e utilizem o email portaldenisa@gmail.com
Amanhã, quarta-feira, na sessão
ordinária do executivo nisense está prevista a discussão de vinte e oito pontos
na Ordem de Trabalhos. É uma sessão que se antevê extensa e com alguns pontos
que, pela sua complexidade e pelo contexto político em que irão ser discutidos
(três meses antes das eleições autárquicas) deveriam merecer profunda análise e
reflexão.Dois deles dizem respeito às vias de comunicação rodoviárias e concretamente à EN 18, com a desclassificação da tipologia da via e a transferência para a jurisdição municipal, um assunto de que a população não conhece, minimamente, os contornos e que pela sua importância, julgo que seria imperativo conhecer e até poder pronunciar-se sobre o mesmo. A proposta na Ordem de Trabalhos refere-se a coordenadas X e Y, numa linguagem tecnocrática inacessível para o comum dos munícipes.
O que estes, entre os quais me
incluo, gostariam de saber, era a extensão dos troços da EN18 que irão ser
desclassificados e que passarão para a jurisdição municipal (os locais, exactos,
onde começa e onde termina a “cedência e a “desclassificação” da EN18), as
condições em que a “operação” foi negociada, quais as obrigações e contrapartidas
para o município e se esta medida “descentralizadora” vem ou não acompanhada
das indispensáveis obras de beneficiação e de requalificação de que a EN 18, em
muitos troços, está carecida.
A Câmara aceitou, há anos, a
desclassificação do troço da EN 359, entre Nisa e Montalvão com algumas obras
de pavimentação como contrapartida. Ficou por fazer a indispensável correcção de
alguns troços, nomeadamente de algumas curvas, já consideradas como perigosas
na época, situação de perigosidade e insegurança que a ausência de sinalização
no pavimento e demarcação das vias de circulação, veio a aumentar.
Lembro-me, agora, de que, se tem ido por diante a ideia “peregrina e revolucionária” da presidente da Câmara de “fechar ao trânsito” o centro de Nisa – entre o Calvário e o Cine Teatro – a circulação rodoviária em Nisa devia ser “bonita” e sem “transtornos”.
Lembro-me, agora, de que, se tem ido por diante a ideia “peregrina e revolucionária” da presidente da Câmara de “fechar ao trânsito” o centro de Nisa – entre o Calvário e o Cine Teatro – a circulação rodoviária em Nisa devia ser “bonita” e sem “transtornos”.
Lembro-me também e alerto – para
uma preocupação que deveria constar nas reivindicações a apresentar às Estradas
de Portugal, a sucessora da JAE – do perigo existente na Estrada das Amoreiras,
com as valas de escoamento das águas pluviais, profundas e sem sinalização
adequada, constituindo um constante factor de insegurança para quem circula no
local.
A construção de passeios, a
requalificação e uma "nova cara" que identifique a entrada no Alentejo, para uma das principais entradas (e saídas) da vila,
tantas vezes prometida e nunca concretizada, deveria ser encarada pela Câmara
como uma obrigação e obra prioritária.
Mas, isso, claro, são outras “contas”
que poderão ou não, entrar no “deve –haver” eleitoral...
O Conhal é zona protegida,
lembram-se?
Ainda recentemente alertámos,
aqui, para os autênticos desmandos praticados em zona nobre do Conhal e na área
classificada – por isso mesmo, protegida – do monumento natural das Portas de Ródão.
Há indicações de que essas intervenções “estranhas e obsoletas” não terminaram
e, mais, garantem-me que vão continuar.
Só espero – e daqui a minha
recomendação – que não seja com o beneplácito, tácito e ou indiferente, dos
eleitos municipais.
Seria um crime, se assim fosse,
a juntar a outros cometidos.
Para meio entendedor...
Mário Mendes