De perto ou de longe, na vila ou no campo, visto de sul ou de norte, o nosso relógio desponta, alvo e reluzente, do casario branco da vila dinisina.
Há muito que é presença constante na vida dos habitantes do burgo, assinalando, a compassos precisos e sonoros, os ciclos diários da vida dos nisenses.
O relógio da torre está parado, imóvel, há mais de uma semana. São muitos dias sem dar sinais de vida e até a vila parece adormecida, na sua modorra quotidiana, sem os sinais de vitalidade que ecoam como um despertar, do alto da torre.
Senhores e senhora Câmara, façam o que já deviam ter feito: ponham o relógio a funcionar!
Deixem-se de jogos florais e de desculpas de mau pagador, não culpem o governo nem a oposição, o orçamento ou a dotação. Saiam da vossa zona de conforto, mandem para bem longe o vosso atávico imobilismo e resolvam, de imediato, o problema da reparação do relógio.
Acertem as "vossas" horas com a hora legal em vigor. Ou será preciso abrir uma subscrição pública para pôr o relógio (público) a funcionar?
Mário Mendes
