20.11.24
OPINIÃO: Educação, esse prémio sem preço
Num primeiro olhar, os números podem ter um efeito desmobilizador. O prémio salarial médio de um trabalhador com o ensino superior tem vindo a cair progressivamente desde 1996. O mesmo acontece para quem tem o ensino secundário: o pico foi atingido em 2006 e está em quebra desde então. Ou seja, as diferenças salariais atribuíveis à educação tendem a pesar menos do que no passado.
Uma das explicações está na compressão salarial decorrente dos aumentos recentes no salário mínimo nacional. Lidos de forma superficial, os dados correm o risco de criar uma perceção incorreta de desvalorização do investimento (que o é, com esforço das famílias) na educação. Mas há várias boas notícias por trás destes indicadores, uma das quais é a massificação do ensino superior: em 30 anos, a proporção de trabalhadores licenciados multiplicou-se por dez.
Ter uma licenciatura continua a assegurar um prémio salarial médio de 40% e se olharmos para o mestrado a tendência acelera. É inequívoca a prioridade que o país, com atrasos estruturais devido a décadas de um regime que condenou a maioria da população à ignorância, deve dar à educação. O alargamento do pré-escolar é uma batalha imediata, mas no futuro haverá desafios crescentes como a formação ao longo da vida e a capacidade de redirecionar trabalhadores confrontados com mudanças mais rápidas no mercado e com uma perspetiva crescente de mobilidade.
Como bem têm demonstrado algumas fragilidades da escola pública e os desafios de inovação com que as universidades se confrontam a todo o momento, a educação é uma revolução que nunca pode ser dada por concluída. Além de decisiva para a economia, é muito mais do que um caminho para o emprego ou para o salário. É a chave para ler o mundo de forma crítica e para atuar nele. Esse é um prémio sem preço, que muda vidas e agita sociedades.
• Inês Cardoso – Jornal de Notícias - 20 novembro, 2024
PORTALEGRE: Apresentação do livro de Elsa Fonseca
Apresentação do livro "Passagens de Amores (Im)Perfeitos", de Elsa Fonseca, dia 30 de novembro, pelas 15h00, na Biblioteca Municipal de Portalegre
ÁRBITRA E JOGADOR(A): “Conflito de interesses”. Ministra da Saúde assume tutela da investigação ao caos no INEM
Ana Paula Martins diz que a sua continuidade no Governo “depende dos resultados da investigação” — mas acaba de assumir a IGAS, que coordena a investigação, retirando a tutela da inspeção à secretaria de Estado.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, não só assumiu controlo direto do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), como também assumiu a tutela da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), a entidade responsável pela investigação de alegadas falhas no INEM que terão levado à morte de mais de uma dezena de pessoas.
A decisão foi formalizada num despacho publicado em Diário da República, revogando uma determinação anterior que atribuía essa responsabilidade à secretária de Estado, avança a Renascença esta quarta-feira, numa altura em que decorre a investigação a 7 mortes potencialmente causadas por falhas na resposta da emergência médica, por atrasos no atendimento de chamadas e pela greve de técnicos do INEM, que coincidiu com a paralisação da função pública no início de novembro.
O Ministério Público está a conduzir inquéritos relacionados com as mortes suspeitas, enquanto a IGAS — agora nas mãos da ministra que o primeiro-ministro Luís Montenegro se recusa a demitir — investiga os atrasos nos serviços de emergência.
“Conflito de interesses”
É “bizarro” que Paula Martins decida assumir a IGAS, “no mesmo momento em que diz que sua continuidade no cargo depende dos resultados da investigação”, confessa à Renascença João Paulo Batalha, vice-presidente da Frente Cívica, que considera a medida um potencial “conflito de interesses”.
Ao assumir a IGAS, a ministra”condiciona a investigação”: “temos aqui um problema muito sério em que a ministra está a criar um conflito de interesses direto em relação a quem está a investigar esta situação”, sublinha.
Por outro lado, Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Emergência Pré-Hospitalar, defendeu a decisão: “confiamos bem mais estando a tutela na ministra do que na secretária de Estado da Saúde”, confessa, uma vez que a IGAS está sempre subordinada ao Ministério da Saúde.
ÉVORA: Exposição “Histórias de família” de Ana Vidigal
EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL
Curadoria de Patrícia Reis
De terça-feira a domingo, 10h00-13h00 / 14h00-18h00 | Entrada livre
O trabalho de Ana Vidigal pode ser comparado a uma série de caixas que se abrem sucessivamente, revelando camadas e camadas de significado. Cada peça artística é uma parte desse quebra-cabeças intrigante, um convite para explorar as múltiplas dimensões da experiência humana. Partindo do que de mais pessoal existe para falar daquilo que é universal, Ana Vidigal mergulha profundamente em temas sociais diversos, compartilhando seu olhar intenso e único sobre o mundo.
Nesta retrospetiva inédita, reúne-se um impressionante conjunto de obras, abrangendo quatro décadas de produção artística, que oferecem ao público a oportunidade de mergulhar na evolução criativa da artista ao longo desse período. Ana Vidigal utiliza como matéria-prima para suas criações uma variedade de elementos, como sedimentos, restos, memórias, cartas e fotografias, todos extraídos da complexidade da vida, explorando minuciosamente os vestígios de vidas obsessivamente guardadas e reinventadas.
ANA VIDIGAL (Lisboa em 1960)
Formou-se em Pintura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e foi Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 1985 e 1987. [4] Seguiu-se um estágio na Casa das Artes de Tavira com o pintor Bartolomeu Cid. No final da década de 90, foi nomeada artista residente do Museu de Arte Contemporânea do Funchal, durante 1998 e 1999.
Em 1999, a AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte) ofereceu ao Brasil uma coleção inspirada na carta de Pero Vaz de Caminha, composta por quadros de onze artistas diferentes, sendo Ana Vidigal um deles.
A sua obra tem integrado várias iniciativas promovidas por entidades públicas, nomeadamente o Instituto Português do Património Arquitetónico que a convidou a criar uma chávena de porcelana para o projeto Um Artista, um Monumento. Integra também o conjunto de artistas convidados, pelo Metropolitano de Lisboa, a criarem paneis de azulejos para as estações de metro de Lisboa, sendo dela os que estão nas estações de Alvalade e Alfornelos.
As suas obras podem ser encontradas em diversas coleções públicas e privadas.
PATRÍCIA REIS (Lisboa, 1970)
Estudou História e História de Arte, e tem um mestrado em Ciência das Religiões. Começou a sua carreira jornalística em 1988, no semanário O Independente. Trabalhou em diferentes órgãos de comunicação social, incluindo o Expresso e o Público. Realizou um estágio na revista norte-americana Time, em Nova Iorque. Trabalhou em produção de programas de televisão e foi coautora de um programa de rádio sobre Literatura. Editora da revista Egoísta, tem feito a curadoria artística da publicação desde o seu lançamento, em 2000. A Egoísta, revista multipremiada, é um reflexo da forma como entende a arte e a cultura.
Publicou vários livros de ficção nas Publicações Dom Quixote, e é autora da coleção infantojuvenil Diário do Micas e de outros volumes infantis, todos com o selo do Plano Nacional de Leitura. É coapresentadora do podcast Um Género de Conversa. Em 2024, publicou a biografia de Maria Teresa Horta.
EM FRANÇA: A morte de Francisco Correia Mourato
É uma notícia triste, daquelas que não gostamos de transmitir. Em França, onde residia na cidade de Blois, faleceu no dia 20 de Outubro, o nisense Francisco da Cruz Correia Mourato. Tinha 73 anos, tal como eu, éramos “artilheiros” e ambos frequentámos a Escola do Rossio na classe do professor António da Piedade Pires.
Filho de Rosária da Piedade Correia e de Bartolomeu Farto Mourato, nasceu a 20 de Junho de 1951 e o seu funeral a 28 de Outubro deste ano foi acompanhado por pessoas da comunidade portuguesa e pela esposa, filhos, noras e netos que lhe prestaram a derradeira homenagem.
Em França, o Francisco era conhecido pelo “Malagueta” e tinha um enorme orgulho nas suas origens, portuguesa e nisense.
A doença prolongada impediu-o nos últimos anos de visitar o país natal, Nisa e os amigos.
De entre tantos episódios na escola e fora dela, recordo-me muitas vezes de um, passado no campo. Tinha acompanhado o “Xico” na visita que fizera ao pai para lhe levar o almoço, algures num dos campos da pastorícia próximos da vila. O pai, pastor como tantos nisenses, acabou também para seguir os passos de tantos e tantos conterrâneos seus emigrando para França. Adiante. No regresso à vila e numa azinhaga , levantou-se um bando, numeroso de perdigotos. Tinham acabado de sair do ninho e ainda não voavam, apenas saltitavam, com grande ligeireza. Eu nunca tinha visto perdigotos e logo nos passou pela cabeça que iríamos trazer alguns para casa, tal a proximidade, ali mesmo ao alcance das mãos, com que os víamos. Separámo-nos, o Xico para um lado eu para outro, mas aos poucos a convicção de uma “caçada” desvaneceu-se. As pequeninas aves, com um sentido apurado de sobrevivência, nunca se deixaram ficar ao alcance das nossas mãos. E, facto curioso, com a mesma surpresa com que surgiram aos nossos olhos, num ápice desapareceram da nossa vista.
Este episódio encerra uma lição: não dês como certo, o que certo não está!
Aos familiares e amigos do Francisco Mourato, apresento as mais sentidas condolências.
Mário Mendes
19.11.24
ALPALHÃO: AJAL convida a população para a Magia do Natal
Convite à Magia do Natal
🎄 A nossa vila ganha vida com a chegada da época natalícia, e juntos vamos transformar Alpalhão num verdadeiro conto de Natal!
🎅 Convidamos toda a comunidade a participar na decoração da nossa vila! Que se iluminem e decorem as ruas, largos e cantos, com presépios, árvores de Natal, coroas de Natal, pais Natal, luzes e tudo o que estiver na imaginação de cada um!
Juntem a família, os amigos e os vizinhos e coloquem a criatividade para fora!
ÉVORA: Conferência "Economia Social: Diagnosticar, Repensar, Inovar"
Local: Auditório do Centro de Inovação Social da Fundação Eugénio de Almeida (Rua Vasco da Gama, nº 13)
Horário: 14h30-17h00
Destinatários: Público em geral
A Fundação Eugénio de Almeida promove em parceria com a Fundação AGEAS e com a consultora Sector 3 - Social Brokers, a conferência "Economia Social: Diagnosticar, Repensar, Inovar" no dia 21 de novembro, visando refletir e debater o papel da economia social em Portugal.
Programa:
14h30 – Acolhimento
15h00 – Abertura
Henrique Sim-Sim, Coordenador da Área Social e de Desenvolvimento da Fundação Eugénio de Almeida
15h15 – "A importância económica e social das IPSS em Portugal"
Francisco Rocha, analista responsável na Central de Balanços e auditor sénior no gabinete de auditoria da CNIS
15h45 – "Visões da Economia Social"
- João Machado, Presidente da Fundação AGEAS
- Rafael Drummond, Advisor em Inclusive Finance, na CRESAÇOR
- Inês Sequeira, CEO da Rede Capital Social
- Mariana Madeira Rodrigues, Empreendedora Social
Moderação e Debate por Luís Matias, sociólogo
17h00 – Encerramento e Cartuxa de Honra
Participação gratuita, mediante inscrição prévia em »»» https://www.fea.pt/social/qualificacao-para-o-terceiro-setor/outras-iniciativas/conferencia-economia
SINES: Francisco do Ó Pacheco apresenta o seu novo livro
No dia 22 de novembro, às 15h00, no auditório do Centro de Artes de Sines, Francisco do Ó Pacheco apresenta o seu novo livro, "A Maldição de Nzambi".
SINOPSE
"Um episódio genocida perpetrado pelos militares portugueses ocorrido no leste de Angola nos últimos tempos do império colonial lusitano, provocou a ira de Nzambi, o deus bantu e da nação quioca, que assinalou indelevelmente o principal assassino, um oficial miliciano de extrema direita para quem Marcelo Caetano era demasiado à esquerda no espectro político pós Salazar. Nesse macabro episódio Nzambi faria regressar ao mundo dos vivos uma criança quioca vítima de um atropelamento provocado por uma viatura militar conduzida pelo mesmo oficial. Desiludido com a revolução de Abril abandona Portugal e refugia-se nos EUA. Mas a vida e Nzambi encarregar-se-iam de o fazer retornar a Angola de onde não regressará mais."
Integrado nas comemorações do Dia do Município.
18.11.24
NISA: Apresentação do livro “Os Versos da Tá Mari Pinto”
Realizou-se no passado sábado, na sala da União de Freguesias do Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e São Simão (Nisa), a apresentação do livro "Os Versos da Tá Mari Pinto", poetisa popular nisense falecida em 2003.
Maria da Graça Pinto nasceu em Nisa em 1921, num dos dias que antecederam o Natal. Não frequentou a escola no tempo destinado à formação essencial. A ajuda aos pais, as tarefas no campo, só permitiram que fizesse a terceira classe. Ainda assim, ganhou um amor à escrita que nunca deixou de a acompanhar durante toda a vida.
Mulher do campo, esposa de pastor, viveu e sonhou tendo o mundo rural como pano de fundo. Escrevia versos, nos fugazes momentos que a vida de pastorícia lhe permitia, Mulher de grande simplicidade, os seus versos tornaram-na numa figura popular de Nisa.
Observava, com sentido crítico, tudo o que se passava à sua volta e num qualquer papel, pedaço de embalagem ou de cartão, em letras mal alinhavadas e rimas arrancadas ao fundo da memória, escreveu centenas e centenas de quadras populares, versos espontâneos por onde escorre a água límpida dos riachos, a natureza agreste dos campos ou dos animais, a pastorícia, as artes, antigas, de saber fazer o queijo, os alinhavados, as cantarinhas de barro.
Foi uma das últimas “sentinelas” da vida campesina, dos campos à volta de Nisa que ela viu viçosos e cheios de vida, mas que os ventos da mudança, paulatinamente, obrigaram a uma desertificação acelerada.
Um processo doloroso que Maria Pinto descreve nos seus versos, por vezes parecendo de forma exacerbada e indignada, imaginando o tempo futuro, negro e sem perspectivas.
Muitas dessas quadras foram, no contexto da época, mal compreendidas. Não havia revolta nas palavras que escrevia, mas sim um sentimento de desassossego e solidão em que o universo rural se transformara.
Quem não a conheceu e toma contacto, agora, com os seus versos, está longe de imaginar que ao longo de décadas, a sua poesia popular, sentida e directa, irónica e mordaz, ou terna e efectuosa, fez o retrato social, de tipos, modas, acontecimentos importantes na vila de Nisa, encontros, partidas e chegadas. Entre estas, as do seu filho, para a vida militar ou para a França de todos os sonhos. Percursos, ao fim e ao cabo, de (quase) todos os nisenses.
Nunca foi incomodada pelos versos, por vezes audazes, contidos na sua poesia. Escrevia com o coração e a simplicidade das suas rimas ter-lhe-ão evitado alguns dissabores. É que, num passado ainda recente, as suas quadras populares, lidas e relidas num determinado contexto, configuravam, na sua aparente ingenuidade, um forte pendor social e interventivo.
Quadras que falavam do campo, triste e abandonado, da saga da emigração, da vida dura e mal paga dos camponeses, entre estes os pastores, eternos solitários da planície alentejana.
Maria da Graça Pinto não precisou de contar a história de vida, da sua vida.
Ela está, indissoluvelmente, expressa nos versos que produziu: Basta ler as quadras que durante anos foi publicando no "Correio de Nisa", ou aquelas que, amontoadas e amarelecidas pelo tempo, guardou numa qualquer gaveta ou caixote na sua casa e que, pacientemente, foram reproduzidas como “corpo e alma” deste livro, agora apresentado.
Um livro que é também uma homenagem, algo tardia, a uma mulher que na crueza dos seus versos, disse muitas verdades que, ainda hoje, continuam a incomodar.
Mário Mendes
ESTREMOZ: Exposição “Colorir a Vida “ – 𝐃ia Internacional da Pessoa com Deficiência
No próximo dia 3 de dezembro será inaugurada a exposição "Colorir a Vida", uma iniciativa do CACI- Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão da Cerciestremoz, com o apoio da Câmara Municipal de Estremoz, que visa promover a inclusão e dar visibilidade ao talento e à criatividade das pessoas com deficiência.
A exposição terá lugar na Torre / Paço Ducal de Évora Monte e reúne obras efetuadas no Atelier Criativo do CACI, desenhos de utentes com deficiência e doença mental.
Numa ocupação de restauro e upcycling de molduras e outros materiais, criou-se uma série de trabalhos criativos que vale a pena serem apreciados.
Pretende-se destacar o dia 3 de dezembro - Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, enfatizando a relevância da arte como uma forma de inclusão.
Visite! A mostra estará patente até ao dia 2 de março de 2025.
PORTALEGRE: O Acordeão e a Música Erudita no CAEP
21 NOV. QUI. 21.30H
O Acordeão e a Música Erudita
Recitais da Escola de Artes do Norte Alentejano
Música Clássica | PA | Entrada Livre | M/6 anos
A Orquestra de Acordeões da EANA apresenta-se, dirigida pelo Professor/Maestro Duarte Graça, num concerto temático intitulado “O Acordeão e a Música Erudita”.
Neste espetáculo, temos um repertório transcrito e adaptado para orquestra de acordeões, com diferentes géneros, estilos e épocas da música erudita ocidental: Giulio Caccini, W. A. Mozart, Johann Strauss, Johannes Brahms, Dmitri Shostakovich e Karl Jenkins.
O repertório selecionado convida o público ouvinte a realizar uma viagem pelas diferentes épocas da história da música ocidental, apelando a uma experiência sonora secular – vários séculos.
Em parceria com o CAEP, propomo-nos a realizar um ciclo de Recitais de cariz musical. Esta é uma aposta educativa da Escola de Artes do Norte Alentejano (EANA), que junta crianças e jovens, promovendo a participação, responsabilidade e a criação cultural, numa lógica de inclusão e aprendizagem, tornando as artes acessíveis a todos.
MUSEU DO FADO: Conversas com Versos e Cantos
Amélia Muge e Ricardo Ribeiro têm um percurso muito particular, ligando vidas, histórias, músicas e palavras que evocam outros mundos, épocas, encontros e inquietações. As visões da alma, a casa e o mundo, os olhares em viagem, o encontro com o outro, os nós entre a vida e a morte, a poesia e o sonho, são temáticas trabalhadas por ambos nos seus já muitos e variados trabalhos.
Amélia Muge foi uma das autoras convidadas por Ricardo Ribeiro para participar no seu último álbum Terra Que Vale o Céu.
Ouvi-los conversar, dizer e cantar os poetas e cantigas do seu mundo privado vai ser, seguramente, um abrir de janelas sobre horizontes que desta forma nos tornam mais próximos daquilo que desconhecemos e que sem o suspeitarmos já faz parte de nós.
Se o fado canta os destinos dos homens e dos mundos, haverá sempre muitas formas de o fazer acontecer. Neste encontro informal, vamos seguramente encontrar um sentimento de partilha e amor pela vida do fado nas nossas vidas.
Com José Manuel Neto na guitarra portuguesa e Carlos Manuel Proença na viola.
21 novembro, 2024
Horas: 19:00
Termina: 20:00
Local: Museu do Fado - Auditório Ruben de Carvalho
Preços: Entrada livre, mediante reserva sujeita à lotação
Bilhetes: Reservas: comunicacao@museudofado.pt
VILA VIÇOSA: Exposição e Ciclo de palestras "Calípole e Camões, nos 500 anos do nascimento do Poeta"
Este ano as comemorações de 1º de Dezembro do CECHAP, são dedicadas ao V Centenário de Luís Camões.
Para assinalar, em Vila Viçosa, o quinto centenário do nascimento do autor d’ Os Lusíadas, pretende-se focar o olhar nessa impressionante dimensão icónica dos versos camonianos, através de uma exposição que dá a conhecer um conjunto significativo de edições ilustradas da lírica e da épica, pertencentes à coleção particular de Jorge Portugal. Coloca-se, assim, ao dispor do público calipolense uma rara oportunidade para contemplar alguns exemplares dos magníficos volumes primorosamente publicados no âmbito das comemorações camonianas nos séculos XIX e XX. Em cada um desses momentos, foram convidados os melhores artistas para prestar o seu tributo gráfico ao Príncipe dos Poetas de Espanha, interpretando as suas palavras.
Esta mostra biblio e iconográfica coloca em evidência o modo como Luís Vaz perseguiu o objetivo de domar as lágrimas tristes causadas pelo reconhecimento da sua condição mortal com o prazer de “fabricar na fantasia fantásticas pinturas de alegria” (Canção X). Camões dominava com mestria a arte de representar a essência do ser humano, e, por isso, continua hoje a lançar-nos desafios de superação, confrontando-nos com as angústias da nossa existência. Não deixemos, pois, de responder ao seu apelo e estimar a sua arte.
A Sessão de inauguração da Exposição biblio e iconográfica e do ciclo comemorativo e o Lançamento da brochura, vão decorrer no dia 1 de dezembro, às 16h00 na sala da Galeria Aqui d’El Arte, CECHAP. Os oradores participantes nesta primeira sessão serão Carlos Filipe (CECHAP), Manuel Ferro (CIEC) e Susana Oliveira (CIEBA).
MÚSICA: Há Jazz em Marvão
O Centro Cultural e Recreativo de Santo António das Areias recebe, este sábado, a iniciativa “Há Jazz em Marvão”, com dois concertos de entrada livre.
João Gato Solo abre o evento, às 21h30, e os Garfo (João Almeida, Bernardo Tinoco, João Fragoso, João Sousa) têm atuação marcada para as 22h15.
O jazz regressa a Santo António das Areias a 29 de novembro, com os concertos de Tracapagã (Mariana Dionísio, João Pereira), às 21h30, e Samsa (Gonçalo Marques, João Carreiro, Miguel Rodrigues) às 22h15.
O evento é promovido pela Robalo, uma associação de músicos ligados ao jazz e à música improvisada, com o apoio do Município de Marvão.
AVIS: FestFado no Auditório Municipal
É já no dia 23 de novembro que o fado vai voltar ao Auditório Municipal Ary dos Santos, em Avis, pelas 21:00. Este evento está integrado na comemorações do aniversário da Biblioteca Municipal que decorrem durante o mês de novembro. Esperamos por si!
ALTER DO CHÃO: Conferência “Que Rumos para a Agricultura no Alto Alentejo? “
No próximo dia 23 de novembro realizar-se-á, no Cineteatro de Alter do Chão, a Conferência sob o título - “Que Rumos para a Agricultura no Alto Alentejo?” - uma organização do IDECI, Instituto para o Desenvolvimento, Cultura e Ciência que contará com o apoio do Município de Alter do Chão.
Os temas e os oradores escolhidos comprovam o nosso compromisso na defesa da importância do setor agrícola no nosso território e, por isso, a participação de todos é fundamental.
OPINIÃO: Buscar amor no lugar errado
Depois de, no ano passado, a Cimeira do Clima ter ajudado a perpetuar os interesses económicos dos Emirados Árabes Unidos, o filme negro volta a repetir-se este ano, noutra geografia igualmente inimiga das energias limpas. O Azerbaijão, país-anfitrião da Cop29, tem na produção de combustíveis fósseis quase metade das suas exportações. Na cerimónia de abertura, em Baku, o presidente Ilham Aliyev disse mesmo que o petróleo e o gás eram uma “dádiva de Deus”. Seria cómico, se não fosse ridículo.
De resto, a Cimeira do Clima está pejada de lobistas anticlima: estima-se que na edição deste ano estejam inscritos pelo menos 1773 entusiastas do petróleo, gás e carvão, bem acima dos 1033 delegados das dez nações mais vulneráveis à crise climática. Al Gore, ex-presidente dos Estados Unidos, recorreu a uma imagem curiosa para expor esta disformidade concetual: “Há uma velha canção country do Nashville chamada´‘Looking for love in all the wrong places’ (à procura do amor em todos os lugares errados)”.
O combate às alterações climáticas só é eficaz se houver boa vontade (e muito dinheiro) dos países desenvolvidos. Sem a ajuda deles, as nações mais desfavorecidas jamais terão capacidade de intervenção contra os fenómenos extremos. Mas não é aceitável que as Nações Unidas continuem a patrocinar eventos desta natureza em petroestados, ao mesmo tempo que vão dramatizando o discurso público e apelando à urgência de medidas radicais. A causa ambiental, já tão fortemente desacreditada por ambientes tóxicos e tribos negacionistas, não ganha nada com exercícios de automutilação institucional como este. A temperatura do planeta tem de baixar. A hipocrisia também.
• Pedro Ivo Carvalho – Jornal de Notícias - 16 novembro, 2024
17.11.24
BEJA acolhe Festival Terras Sem Sombra
Festival Terras sem Sombra em Beja. 23 e 24 Novembro com concerto do ensemble italiano Camerata Ducale
SARDOAL: Palestra "Recuso ser Vítima" - 25 de Novembro 2024 - 14h30
Sábado, 16 de novembro, é dia de Ciclo CRIA, para famílias, agentes educativos e públicos de tenra idade.
Este dia de "ciclo" é composto por três atividades nos espaços no Centro de Artes de Sines.
Às 15h00, é apresentado o livro "Afonso e o Axolote Mágico: Uma Incrível História no Zoo". Vamos conhecer um dos anfíbios mais misteriosos do mundo através desta obra com texto de Paulo Baptista e ilustração de Ana Sofia Ambrósio.
Às 16h00, a ilustradora do livro orienta uma oficina de ilustração para famílias.
E, às 17h00, há chá com contos pela equipa de mediação de leitura do CAS.
Inscrições: servicoeducativoCAS@mun-sines.pt
OPINIÃO: Do granito
O mestre de pensar, Jorge Luís Borges, escreveu: "Eu tenho poucas ideias e expresso-as sempre várias vezes". Tirou-me as palavras da boca, por ser o que se passa comigo: em matéria de Porto, ando às voltas e acabo no mesmo sítio.
Tais voltas incluem o que se passa por aí, mirando notícias e ouvindo pessoas acerca da cidade, meu território de sentimento e opção. Assim, foi com surpresa que li a notícia de o granito ter sido reconhecido pela UNESCO como "Pedra Património da Humanidade". Fiquei espantado não pelo facto da história da cidade poder contar-se com os seus habitantes a transformarem a pedra-mãe em urbe e património, mas por haver no mundo e entre nós quem se interesse por valores que afirmam a memória de um país.
Vem dos primórdios do Burgo a ligação com o granito. O seu crescimento fez-se à custa das pedreiras nele disponíveis e a partir do séc. XVIII surgem referências precisas à sua actividade. Numa acta da Irmandade dos Clérigos, lê-se que "explorava uma pedreira no Monte" (certamente o Pedral de onde, para a abertura da Rua da Constituição, foram retiradas toneladas de pedra). Aquela Irmandade adiantava que "a pedraria de qualidade era comprada fora".
Em 1791, da pedreira da Arrábida foi extraída o granito para entulhar parte da margem direita da Barra do Douro e, em 1852, a imprensa noticiava que "para a construção da estrada marginal" já se viam pedras saídas da pedreira da Torre da Marca (tal extracção permitiu a abertura da Rua da Restauração).
(E falando de pedreiras: uma há que nem devia existir. A da Av. da Ponte, punhal espetado no nosso coração.)
• Hélder Pacheco - Professor e escritor
Jornal de Notícias - 16 novembro, 2024
NISA: Apresentado o livro “Os Versos da Tá Mari Pinto”
Ontem, dia 16,teve lugar na sede da União de Freguesias do Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e São Simão, a apresentação do livro de poesia popular “Os Versos da Tá Mari Pinto”.
Uma sessão animada e de convívio, nela se evocando a vida e obra da autora, por parte de familiares e amigos e se recordaram muitas tradições e costumes da vila de Nisa, num tempo passado e ainda recente.
Numa época de renúncia à leitura, a sessão mostrou que o livro ainda consegue reunir pessoas à sua volta e incentivar o convívio e a fruição cultural.
16.11.24
VILA VELHA DE RÓDÃO: Exposição homenageia contributo do casal Leisner para o estudo do megalitismo na região
Até 29 de novembro, o átrio dos Paços do Concelho de Vila Velha de Ródão recebe a exposição itinerante “Acervo Epistolar do Arquivo Leisner”, que procura homenagear o contributo deste casal de arqueólogos alemães para o inventário e estudo do megalitismo peninsular.
Pertença do Património Cultural Instituto Público, esta a exposição foi apresentada pela primeira vez em Lisboa, durante o Workshop “O Arquivo Leisner e os arquivos históricos da Arqueologia Portuguesa” (2016) e foi documentada, mais tarde, no livro “Georg e Vera Leisner e o estudo do Megalitismo no Ocidente da Península Ibérica: contributos para a história da investigação arqueológica luso-alemã através do Arquivo Leisner (1909- 1972)” (Estudos & Memórias, 14, Uniarq, 2020), um valioso testemunho documental indispensável para o conhecimento do percurso científico deste casal de arqueólogos em Portugal.
Georg Leisner (1870 – 1957) e Vera De La Camp Leisner (1885 – 1972) foram dois arqueólogos alemães com um trabalho cimeiro no inventário e estudo do megalitismo peninsular, do qual se destaca a publicação de uma obra monumental, em vários volumes e em língua alemã, intitulada “Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel (DMIH) – Os Monumentos Megalíticos da Península Ibérica”.
Na senda dos trabalhos pioneiros de Francisco Tavares de Proença Júnior, de inventário e escavação de sepulturas megalíticas em Vila Velha de Ródão, Georg e Vera Leisner fazem uma revisão cartografada dos monumentos megalíticos do município rodanense, depois de uma estada, em 1945, em diversos municípios da Beiras Baixa. Esse novo inventário foi incluído no último volume dos DMIH, dedicado às Beiras, publicado postumamente, em 1998, com coordenação de Philine Kalb, arqueóloga da Delegação de Lisboa do Instituto Arqueológico Alemão.
A exposição “Acervo Epistolar do Arquivo Leisner” pode ser vista no edifício dos Paços do Concelho de Vila Velha de Ródão, nos dias úteis, entre as 9h00 e as 12h30 e as 14h00 e as 17h30, até ao dia 29 de novembro. A entrada é livre.
15.11.24
Morreu Celeste Caeiro, a mulher que fez do cravo o símbolo do 25 de Abril
Morreu Celeste Caeiro, a mulher que distribuiu cravos pelos militares na manhã do dia 25 de Abril de 1974. Tinha 91 anos.
Celeste Caeiro, que se eternizou como símbolo de Abril ao distribuir cravos pelos militares na manhã da revolução, esteve presente, este ano, no desfile da celebração dos 50 anos do 25 de Abril, em Lisboa. Na ocasião, reproduziu o momento de forma simbólica, voltando a distribuir cravos aos presentes.
Nos últimos anos, o JN entervistou várias vezes a "Celeste dos Cravos", como era conhecida na freguesia de Santo António, no coração de Lisboa, onde viveu durante muitos anos. Na edição de 25 de Abril de 2013 foi mesmo capa da edição do JN, que remetia para uma peça onde contava toda a sua epopeia naquele dia da revolução, que, como sempre disse, nunca pensou que ficasse na História da revolução e do país.
Celeste Caiero contou então que, na altura, com os seus 40 anos, trabalhava num restaurante da Rua Braancamp, que nesse dia 25 de abril de 1974 assinalava um ano de existência. "O patrão tinha comprado uns cravos para assinalar o aniversário, mas, por causa da revolução nesse dia já não abrimos. Ele disse-me que levasse os cravos, que já não seriam precisos", recordou.
Sem perceber bem o que se estava a passar, Celeste desceu a Avenida da Liberdade até ao Rossio e subiu a Rua do Carmo para dar de caras com os soldados e a multidão que já andava pelas ruas. Foi ali que perguntou a um soldado o que se estava a passar e para onde é que eles iam. "Disse-me que iam para o Chiado prender o Marcelo Caetano", contou.
Paulo Lourenço – Jornal de Notícias - 15.11.2024 - Foto: Gonçalo Vilaverde
SINES assinalda Dia do Município
Assinalam-se em 2024 os 662 anos da fundação do Município de Sines pelo Rei D. Pedro I, a 24 de novembro de 1362.
A data é comemorada com um programa de iniciativas em que a música, os criadores e o património local estão em destaque.
No próprio Dia do Município, 24 de novembro, às 21h30, o Pavilhão Multiusos de Sines recebe uma das maiores vozes portuguesas, do fado de além do fado, Mariza. Nota: Os bilhetes para este concerto estão esgotados
Também na música, Sines associa-se às comemorações dos 10 anos da inscrição do cante alentejano na lista do património cultural e imaterial da Humanidade, pela Unesco, com um concerto por Pedro Mestre no dia 27 de novembro, às 21h30, no Centro de Artes de Sines. O artista terá como convidado o Grupo Coral Os Cardadores da Sete.
A criatividade local integra igualmente as comemorações.
No dia 23 de novembro, às 17h00, o Centro de Artes inaugura a exposição "No Lugar de Porto Covo - Artistas da Terra", com trabalhos de oito criadores com ligações à freguesia de Porto Covo.
Na literatura, teremos duas apresentações de livros de autores naturais de Sines, também no Centro de Artes. No dia 22 de novembro, às 15h00, Francisco do Ó Pacheco apresenta o seu novo romance, "A Maldição de Nzambi". No dia 30 de novembro, à mesma hora, é a vez de Maria José Botelho apresentar o livro "Claridade", com poemas seus acompanhados pelas fotografias de Alan Nielsen.
As comemorações oferecem ainda atividades que aprofundam o conhecimento de Sines, como as visitas guiadas a locais emblemáticos da cidade - "Mapear por Sines", para escolas -, e, no dia 23 de novembro, às 15h00, no Centro de Artes, a apresentação da obra "Projeto Sines", de Maria Fernanda Rollo e Pedro Serra, sobre os anos que mais mudaram Sines, as décadas finais do século XX.
Outra iniciativa que ajuda a conhecer melhor Sines, ou, mais exatamente, a sua comunidade cabo-verdiana, é o filme "Outra Ilha", de Eduardo Saraiva Pereira, dedicado ao Bairro Amílcar Cabral. Pode ser visto, em duas sessões, às 17h00 e 18h00, no dia 30 de novembro, no Centro de Artes.
Participam também nas comemorações a associação Resgate, com uma formação sobre suporte básico de vida junto à Associação de Moradores da Sonega, dia 23, às 15h30, e a Junta de Freguesia de Sines, com a distribuição de um folheto dos frequentadores do ATL "A Gaivota", na semana de 25 a 29 de novembro.
Completam o programa as atividades protocolares do dia 24 de novembro - hastear da bandeira, às 10h00, nos Paços do Concelho, e sessão solene da Assembleia Municipal, às 11h00, no Centro de Artes de Sines.
PROGRAMA
Novembro
MAPEAR POR SINES | PARA ESCOLAS
De mapa na mão, à descoberta dos lugares mais emblemáticos de Sines
Para turmas do 4.º ano do 1.º ciclo do ensino básico | Inscrições até 11 de novembro, pelo email servicoeducativoCAS@mun-sines.pt | Org. CMS
22 novembro | Sexta
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “A MALDIÇÃO DE NZAMBI”, DE FRANCISCO DO Ó PACHECO
Novo romance do autor siniense, com ponto de partida na Guerra Colonial
Centro de Artes de Sines – Auditório | 15h00 | Org. CMS
23 novembro | Sábado
AÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO: GESTOS VITAIS - SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Aprenda a ajudar. Saber reanimar é um dever cívico de todos
Sonega – Junto à Associação de Moradores | 10h30-12h00 | Para todos os públicos, a partir dos 3 anos de idade | Org. Resgate
APRESENTAÇÃO DA OBRA “PROJETO SINES”, DE MARIA FERNANDA ROLLO E PEDRO SERRA
Sobre os anos que mais mudaram Sines, nas décadas finais do século XX
Centro de Artes de Sines - Auditório | 15h00 | Org. CMS
INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO “NO LUGAR DE PORTO COVO – ARTISTAS DA TERRA”
Com trabalhos de Andreia Gil, Artur Campos, Cristina Espírito Santo, Fernanda Lamelas, Joana Sarmento, Joaquim Parrinha, Sofia Arez e Tânia Gil
Centro de Artes de Sines - Centro de Exposições | Inaug. 23 de novembro, 17h00 | Patente até 26 de janeiro de 2025 | Segunda a sexta, 14h00-20h00. Sábados e feriados, 12h00-18h00 | Org. CMS
24 novembro | Domingo
HASTEAR DA BANDEIRA
Paços do Concelho | 10h00 | Org. CMS
SESSÃO SOLENE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL COMEMORATIVA DO DIA DO MUNICÍPIO
Centro de Artes de Sines – Auditório | 11h00 | Org. AMS / CMS
CONCERTO: MARIZA [ESGOTADO)
Uma das maiores vozes portuguesas, do fado e de além do fado
Pavilhão Multiusos de Sines | 21h30 | M/6 | Bilhetes esgotados | Org. CMS
25 a 29 novembro | Segunda a sexta
DISTRIBUIÇÃO DE FOLHETO COM DESENHOS DAS CRIANÇAS DO ATL "A GAIVOTA"
Zona histórica e espaços públicos de Sines | Org. JFS
27 novembro | Quarta
CONCERTO: PEDRO MESTRE | CANTE ALENTEJANO & VIOLA CAMPANIÇA
Celebrar o cante no dia em que se comemoram 10 anos da distinção da UNESCO. Participação do Grupo Coral Os Cardadores da Sete.
Centro de Artes de Sines - Auditório | 21h30 | Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete | Org. CMS
30 novembro | Sábado
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “CLARIDADE”, DE MARIA JOSÉ BOTELHO E ALAN NIELSEN
Poemas da autora siniense com imagens de um fotógrafo viajante
Centro de Artes de Sines - Átrio | 15h00 | Org. CMS
FILME: “OUTRA ILHA”, DE EDUARDO SARAIVA PEREIRA
Documentário sobre o Bairro Amílcar Cabral, em Sines
Centro de Artes de Sines – Auditório | 17h00 e 18h00 | Dur. 32' | Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete | Org. CMS
CULTURA: Historiador José António Falcão ganha Prémio Fundação Calouste Gulbenkian
O bispo nunca chegou a pôr os pés em Nanquim mas trouxe a laranja-da-China para o Alentejo, no século XVIII
O historiador José António Falcão é um dos três galardoados com o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian, no valor de 2.000 euros, anunciou a Academia Portuguesa da História.
Irene Flunser Pimentel, David Soares, Massimo Bergonzini, Luís Reis Torgal, José d’Encarnação, Assunção Melo, Susana Mourato Alves-Jesus, Ana Ávila de Melo e Cláudia Thomé Witte foram os outros investigadores distinguidos pela Academia Portuguesa da História (APH) que anualmente premeia trabalhos publicados nesta área do saber.
José António Falcão venceu o Prémio Gulbenkian/História da Presença de Portugal no Mundo, com a obra “Parecer e Ser: Excursus Vital de D. António Paes Godinho, Bispo de Nanquim”.
O livro, editado pela ORIK – Associação de Defesa do Património de Ourique e lançado em Maio passado na Biblioteca Municipal de Ourique, conta a história do Bispo que trouxe a laranja-da-China (como então se chamava) para o Alentejo, no século XVIII.
O autor – historiador de arte, museólogo e docente universitário – tem consagrado grande parte da sua atividade ao estudo e divulgação dos bens culturais do Alentejo, nomeadamente através do Festival Terras sem Sombra, que conta já com dezanove edições.
A obra resulta de um profundo trabalho de investigação que traz para a ribalta uma das mais influentes personalidades do Portugal do tempo de D. João V.
Recusando o aparato mundano dos prelados do seu tempo, o Bispo de Nanquim levou a cabo uma discreta, mas eficaz ação evangelizadora e influenciou também as relações com a China, entre muitos outros traços que contribuíram para lhe perpetuar a memória entre os contemporâneos.
Curiosamente, foi D. António Paes Godinho quem difundiu a laranja-da-china e trouxe os chineses para o Alentejo.
José António Falcão confessa que desde há muito a misteriosa figura de D. António Paes Godinho o intrigava, «um bispo de Nanquim que as circunstâncias da política internacional do tempo do imperador Kangxi impediram de chegar à China, mas que trouxe o Extremo-Oriente até ao Alentejo».
Sublinha que se trata «de uma personalidade quase mítica da história de terras como Santiago do Cacém, Viana do Alentejo ou Mafra, para não falar da aldeia onde nasceu, Santa Luzia, hoje no concelho de Ourique; no entanto, a sua existência foi bem palpável e deixou fortes marcas».
Grande parte dessa aura «deve-se ao facto de ter sido membro destacado de um movimento espiritual radical, profundamente reformador, a Jacobeia, que assumiu as rédeas do poder no tempo de D. João V e foi depois objeto de perseguição por parte do Marquês de Pombal». E acrescenta: «D. António Paes Godinho manteve, afinal, mesmo nas mais altas instâncias, a sua maneira de ser como alentejano de lei».
Na atmosfera de luzes e sombras da corte joanina, Paes Godinho foi alguém que se manteve à margem dos jogos políticos e conquistou a estima do rei, mas, como realça o autor, «nunca quis outra coisa senão poder estar, em recato, nesse Alentejo onde estavam as suas raízes».
Quanto a esta região, a memória do bispo de Nanquim está sobretudo associada à introdução da laranja-da-china e de outras espécies exóticas, que a tradição diz ter mandado vir da China continental, através de Macau, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da hortifruticultura e do paisagismo em Portugal. É célebre o jardim que fez plantar na sua quinta dos Olhos Bolidos, em Santiago do Cacém.
Por outro lado, afirma também a tradição que, nunca tendo podido chegar a Nanquim – esteve quatro vezes a ponto de embarcar, mas jamais chegou a autorização para partir –, fez vir das distantes paragens chinesas algumas dezenas de seminaristas, que concluíram os estudos eclesiásticos no seu paço.
O livro foi lançado pela ORIK – Associação de Defesa do Património de Ourique.
Com um conjunto alargado de apoios institucionais – onde sobressai o Alto Patrocínio do Presidente da República – e empresariais, a obra, refere o editor, «traz para a luz do dia uma personalidade que nasceu na antiga freguesia de Santa Luzia, foi designado bispo de uma remota região da China, em 1716, e teve papel central na corte do rei D. João V e na sagração da basílica de Mafra».
Quem quiser adquirir a obra, deverá contactar através do blogue da ORIK: associacao-orik.blogspot.com, onde o livro está à venda.
• Sul Informação • 15 de Novembro de 2024
LITERATURA: Anúncio e entrega do Prémio Literário José Saramago 2024
Dia 19 de Novembro no Grande Auditório do CCB
No próximo dia 19 de novembro pelas 15H00 tem o anúncio e a entrega do Prémio Literário José Saramago 2024 (13.ª edição), promovido pela Fundação Círculo de Leitores, com o apoio da Fundação José Saramago, da Porto Editora, da Globo Livros e da Delta. A cerimónia decorre no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém (CCB), sala onde o Governo Português recebeu e homenageou José Saramago, em 1998, ano em que foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura. Mantendo o modelo implementado na 12.ª edição, este ano o Prémio Saramago volta a distinguir inéditos de autores até 40 anos, oriundos de qualquer país da lusofonia que têm, assim, a oportunidade de ver a sua obra literária inédita no domínio da ficção, romance ou novela, e escrita em língua portuguesa ser avaliada por um júri de destaque que integra autores de referência da literatura contemporânea portuguesa, três dos quais vencedores deste prémio.
Numa edição que contou com candidaturas de todos os países da Lusofonia, a obra vencedora, a anunciar nesta cerimónia, será publicada e distribuída em todos os países da lusofonia. Concretamente, em Portugal, será publicada pelo Grupo Porto Editora, e, no Brasil, pela Globo Livros, sendo que a edição portuguesa será distribuída e comercializada em todos os países da lusofonia em que não seja publicada localmente. Adicionalmente, será atribuído ao autor da obra um prémio no valor pecuniário de € 40 000,00 (quarenta mil euros).
A cerimónia de entrega do Prémio Literário José Saramago 2024 contará com a presença de todos os membros do júri desta edição, à exceção de Ondjaki, Prémio Literário José Saramago 2013. Estarão presentes Adriana Lisboa, Prémio Literário José Saramago 2003 e primeira mulher a ser distinguida com este prémio; Paulo José Miranda, vencedor do primeiro Prémio Literário José Saramago, em 1999; Pilar del Río, em representação da Fundação José Saramago; Guilhermina Gomes, em representação da Fundação Círculo de Leitores e Presidente do Júri e Lídia Jorge, que integra o júri deste prémio pela primeira vez, enquanto membro honorário, em substituição de Nélida Piñon.
O Prémio Literário José Saramago foi instituído para celebrar a atribuição do Prémio Nobel de Literatura de 1998 a José Saramago e foi pensado como instrumento para a defesa da língua através do estímulo ao surgimento de jovens escritores da lusofonia. Exemplo disso é Rafael Gallo, escritor nascido em São Paulo em 1981 e atualmente residente em Lisboa, que ganhou destaque na literatura brasileira e portuguesa com o seu romance "Dor Fantasma", que venceu o Prémio Literário José Saramago em 2022.
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