7.5.25

CORRUPÇÃO: GNR recebeu duas viaturas para safar multas de vendedor de carros e da filha

Um militar foi condenado pelo Tribunal de Santa Maria da Feira a dois anos e nove meses de prisão, pena suspensa na execução, pelos crimes de corrupção passiva, favorecimento pessoal por funcionário e abuso de poder. Recebeu duas viaturas e o uso de uma terceira em troca de não autuar um empresário e a filha deste.

O tribunal deu como provado que, entre 2017 e 2020, quando prestava serviço num posto territorial de Santa Maria da Feira, o militar violou os seus deveres funcionais com o propósito de obter dividendos económicos, adianta uma nota da Procuradoria Distrital do Porto.

Em concreto, não autuou um comerciante de automóveis que, de forma ilegal, tinha veículos para venda estacionados na via pública. Noutra situação abordou uma condutora, filha do comerciante, e verificou que a mesma não tinha carta de condução. Em vez de a deter e instaurar o devido processo-crime, simulou a sua detenção e levou-a até à sua residência.

Recebeu Opel Astra e Ford Focus

"Como contrapartida, e valendo-se dos seus atos, o arguido solicitou e recebeu gratuitamente do referido empresário" um Opel Astra, no valor de 700 euros, que registou em nome da companheira em abril de 2018, tendo o empresário ainda custeado a reparação do tecto e a inspeção (150 euros). Foi-lhe cedido o uso, a título de empréstimo, por uma semana de uma carrinha de sete lugares.

"Após várias insistências, recebeu um segundo veículo automóvel, Ford Focus (no valor de 2 mil euros) que entregou à filha, em outubro de 2019, e registou-o em seu nome", acrescenta a nota da Procuradoria.

No acórdão de 30 de abril, o tribunal deu ainda como provado que, "o arguido, em julho de 2020, tentou interceder (sem sucesso) junto de outro militar, para que não autuasse uma condutora que conduzia fazendo uso de telemóvel, o que fez na sequência de pedido de um familiar daquela condutora".

Além da pena de dois anos e nove meses de prisão, que ficará suspensa na sua execução por igual período, subordinada ao dever de cumprimento das regras de conduta impostas pelo tribunal, foi ainda determinada a perda a favor do Estado de Ford Focus e das quantias de 700 euros e 150 euros.

·        Jornal de Notícias - 07 maio, 2025

 

PORTALEGRE: Muralhas da Rua dos Muros de Baixo vão ser requalificadas

 


Assinado o auto de consignação da empreitada de “requalificação/descobrimento das muralhas da Rua dos Muros de Baixo”

A Presidente da Câmara Municipal de Portalegre, Fermelinda Pombo Carvalho e o representante da empresa Reerguer Reconstrução Construção Imóveis, Lda., Sérgio Morato Mimoso, assinaram a 6 de maio, o auto de Consignação da empreitada de “requalificação/descobrimento das muralhas da Rua dos Muros de Baixo”.

A obra visa a requalificação daquela zona, com a demolição dos prédios adossados à muralha histórica e o descobrimento e exibição do seu enquadramento visual, constituindo um novo espaço de uso público e pedonal, numa iniciativa que vai ao encontro da vontade da população.

O investimento previsto é de 200 501,56 euros, com um prazo de execução de 180 dias.


ELVAS: Três detidos por dano em edifício público

O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Elvas, no dia 4 de maio, deteve três homens, com idades compreendidas entre os 27 e os 43 anos, por dano em edifício público, no concelho de Elvas.

Na sequência de um alerta a dar conta de que três indivíduos se encontravam nas imediações de um edifício público, onde estariam a causar danos com recurso a latas de tinta, os militares da Guarda deslocaram-se de imediato para o local, tendo surpreendido os suspeitos no momento em que danificavam a fachada do edifício com graffitis, motivo que levou à sua detenção em flagrante delito.

No seguimento das diligências policiais, foi possível apreender o seguinte material:

46 latas de tinta;

Duas escadas;

Um bolsa de transporte.

Os detidos foram constituídos arguidos, e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Elvas.

6.5.25

Supremo Administrativo dá razão a militares do NRP Mondego

 

O almirante Henrique Gouveia e Melo, na altura dos factos, deslocou-se à ilha da Madeira, onde o navio-patrulha estava em missão, para publicamente repreender os militares.

O Supremo Tribunal Administrativo (STA) declarou a ilicitude das sanções aplicadas pela Marinha aos militares do NRP Mondego na sequência da missão falhada de 2023, e a defesa dos militares admite vir a pedir indemnizações por danos morais.

O acórdão do STA, datado de 30 de abril e divulgado esta terça-feira na página oficial do tribunal, nega provimento ao recurso da Marinha, que contestava uma decisão anterior, do Tribunal Central Administrativo (TCA) Sul, que já tinha considerado nulas as sanções aplicadas aos 11 militares visados neste processo (dos 13 acusados de insubordinação).

Segundo o STA, o processo de sanções disciplinares contém diversos vícios e falhas que resultam na “nulidade da decisão sancionatória disciplinar por vícios do procedimento”.

Contactado pela Lusa, o advogado dos 11 militares, António Garcia Pereira, disse que a decisão, por ser de última instância e, portanto, uma decisão definitiva, significa que não podem subsistir quaisquer efeitos negativos das sanções aplicadas, lembrando que os dias de suspensão foram cumpridos e que há “uma mancha” no currículo destes militares associada a este processo.

A defesa pretende ver garantida a “responsabilização da hierarquia”, que no caso em concreto, tem no topo o almirante Henrique Gouveia e Melo, que na altura dos factos se deslocou à ilha da Madeira, onde o navio-patrulha estava em missão, para publicamente repreender os militares que se recusaram a cumprir a missão atribuída.

Garcia Pereira considerou “muito provável” vir a avançar com um pedido de indemnização, nomeadamente por danos morais.

Lusa – 6.5.2025

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https://eco.sapo.pt/2025/05/06/supremo-administrativo-declara-ilicitude-de-sancoes-aos-militares-do-nrp-mondego/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques

MUSEU DO ALJUBE: “A Revolução é um ato de Poesia” – Independência, Cultura e Identidade Africana

Cinema e Conversa - 14 a 15 MAI

Nos dias 14 e 15 de maio, acolhemos o programa “A Revolução é um ato de Poesia” – Independência, Cultura e Identidade Africana, com curadoria BISO & Africadelic – 2025.

“Integrado nas celebrações do Mês de África, este evento homenageia os 50 anos das independências e o papel da cultura na luta pela libertação.

A exibição do documentário e consequente mesa redonda, será para discussão e entendimento, de que a independência foi precedida de um engajamento cultural significativo e de figuras centrais que encabeçaram essa esquematização.

Neste sentido, é um retrato histórico e uma homenagem à resistência, à cultura e à história, bem como, um lembrete de que o pensamento de Mário Pinto de Andrade especificamente, permanece uma referência essencial nas discussões sobre a moderna Angola e a construção de uma identidade africana global, especialmente num contexto de desafios socioeconômicos e políticos atuais.”

•14 MAI – QUA, 18H → Auditório

"MÁRIO" de Billy Woodberry

2024 · Documentário · FR, PT · 120 min · M/12

•15 MAI – QUI, 16H → Auditório

Debate: INDEPENDÊNCIA, CULTURA E IDENTIDADE AFRICANA

Com José Eduardo Agualusa e Celestino Bastos

Moderação: Leopoldina Fekayamãle

Além do debate, haverá um momento artístico de homenagem, com um recital de poesia e cânticos escritos por Mário Pinto de Andrade, interpretados pelo músico angolano Gari Sinedima.

 

AVIS: 𝗖𝗮𝗺𝗶𝗻𝗵𝗮𝗱𝗮 𝗹𝗲𝘃𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮𝗻𝘁𝗲𝘀 numa “𝗩𝗶𝗮𝗴𝗲𝗺 à É𝗽𝗼𝗰𝗮 𝗠𝗲𝗱𝗶𝗲𝘃𝗮𝗹”

Em maio, a caminhada integrada no Calendário Anual de Caminhadas e Passeios tem lugar no dia 11 de maio e desafia os participantes a uma “Viagem à Época Medieval”, em Avis.

O percurso tem início às 09h00, junto à Biblioteca Municipal José Saramago, e irá passar por diversos locais que evidenciam a história de Avis, com principal destaque para a Feira Medieval Ibérica, onde terminará, por volta das 12h00, ficando o convite para os participantes usufruírem deste evento.

As inscrições são gratuitas mas obrigatórias e decorrem até dia 8 de maio, na Divisão de Desenvolvimento Sociocultural, Turismo e Desporto, nas Juntas de Freguesia do Concelho e em: https://tinyurl.com/CaminhadaAvis25

Venha connosco nesta viagem!

SANTIAGO DO CACÉM: 𝗘𝗺𝗖𝗲𝗻𝗮 𝗮𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗮 𝗘𝗳𝗶́𝗺𝗲𝗿𝗼

 


O projeto EmCena apresenta a peça “Efímero” pela Casa del Silencio, com direção de Filipe Andrés Pérez Agudelo, nos dias 9 e 10 de maio, às 21h30.

O espetáculo é uma investigação a partir do estudo das personagens Vasilii Vasilievich, de ‘‘O Canto do Cisne’’, de Tchekhov, e Triboulet, de ‘‘O Rei se Diverte’’, de Victor Hugo.

📍  9 de maio | 21h30 | Auditório Mário Primo | ESPAM | Vila Nova de Santo André

📍  10 de maio | 21h30 | Auditório Municipal António Chainho | Santiago do Cacém

Duração: 60 min. | M12

👉 Bilhetes: 5,00 público em geral – 3,00€ menores de 21 anos, maiores de 65 anos – gratuito para sócios da AJAGATO

👉 Locais de Venda:

– Vila Nova de Santo André: CAPAG – 269 751 296 (rede fixa nacional)

– Santiago do Cacém: Auditório Municipal António Chainho – 269 750 410 (rede fixa nacional) – Reservas também através do CAPAG

https://www.cm-santiagocacem.pt/.../emcena-apresenta.../

𝗢𝗿𝗴𝗮𝗻𝗶𝘇𝗮��̧𝗮̃𝗼: AJAGATO – Associação Juvenil Amigos do Gato

𝗣𝗮𝗿𝗰𝗲𝗿𝗶𝗮: Câmara Municipal de Santiago do Cacém e Câmara Municipal de Sines

5.5.25

ALTER DO CHÃO: 𝑨𝒓𝒕𝒆𝒔 𝑷𝒐𝒓 𝑪𝒂́ – 𝑭𝒆𝒔𝒕𝒊𝒗𝒂𝒍 𝑫𝒆𝒔𝒄𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝑨𝒓𝒕𝒆𝒔 𝒅𝒐 𝑪𝒐𝒏𝒄𝒆𝒍𝒉𝒐 𝒅𝒆 𝑨𝒍𝒕𝒆𝒓 𝒅𝒐 𝑪𝒉𝒂̃𝒐.

No dia 10 de Maio, o espetáculo será no Cine-Teatro de Alter do Chão.

COMPANHIA DE DANÇA CONTEMPORÂNEA DE ÉVORA

Espetáculo de encerramento.

ENTRADA LIVRE

MONFORTE: “Viver a Família” - Piquenique

No próximo dia 11 de maio, pelas 15h, irá realizar-se um Mega Piquenique na Piscina Municipal de Monforte, no âmbito da Atividade 10 – Viver a Família, inserida no Eixo 2 – Combate à Pobreza e à Exclusão Social das Crianças e dos Jovens, Promotor de uma Efetiva Garantia para a Infância, do CLDS 5G Monforte.

Esta atividade pretende assinalar o Dia Internacional da Família, promovendo um momento de convívio e partilha em torno dos valores familiares. A comemoração será feita através de atividades inclusivas e de apoio mútuo, criando um ambiente de amor, compreensão e resiliência, que contribua para o bem-estar e a coesão familiar.

Ao longo da tarde, haverá várias atividades num ambiente descontraído e acolhedor.

Contamos com a vossa presença!

A candidatura CLDS 5G é financiada no âmbito do Portugal 2030 - programa PESSOAS 2030, pelo Fundo Social Europeu + (FSE +) e pela União Europeia “Os Fundos Europeus Mais Próximos de Si”.

NISA: Teatro - "Histórias tradicionais e outras que tais

 


AVIS: 𝐌𝐮𝐧𝐢𝐜í𝐩𝐢𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚 𝐧𝐨𝐬 𝐄𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐏𝐫é-𝐇𝐢𝐬𝐭ó𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐀𝐥𝐞𝐧𝐭𝐞𝐣𝐨

O Município de Avis vai participar na primeira edição dos Encontros de Pré-História do Alentejo, dinamizado pelo Coletivo de Investigação da Pré-História Recente do Baixo Alentejo (CIPHBA), a realizar, no próximo dia 24 de maio, em Serpa.

A sua presença neste Fórum, através do Centro de Arqueologia de Avis (CAA), irá ter lugar com a apresentação da comunicação "Monumentos megalíticos do concelho de Avis: um balanço de duas décadas de estudo."

 

POETAS AFRICANOS DE ONTEM E DE HOJE (I) – Mário Pinto de Andrade

 


CANÇÃO DE SALABU

Nosso filho caçula

Mandaram-no pra S. Tomé

Não tinha documentos

Aiué!

 

Nosso filho chorou

Mamã enlouqueceu

Aiué!

 

Mandaram-no pra S. Tomé

Nosso filho partiu

Partiu no porão deles

Aiué!

 

Mandaram-no pra S. Tomé

Cortaram-lhe os cabelos

Não puderam amarrá-lo

Aiué!

 

Mandaram-no pra S. Tomé

Nosso filho está a pensar

Na sua terra, na sua casa

Mandaram-no trabalhar

Estão a mirá-lo, a mirá-lo

—Mamã, ele há-de voltar

Ah! A nossa sorte há-de virar

Aiué!

 

Mandaram-no pra S. Tomé

Nosso filho não voltou

A morte levou-o

Aiué!

 

MÁRIO PINTO DE ANDRADE (1928-1990) Nasceu em Ngolungo Alto (Angola). - 1929/1947: Estudos primário e secundário em Angola. - 1948: Viaja para Portugal; matricula-se no curso de Filologia Clássica da Faculdade de Letras de Lisboa. - 1949/52: Juntamente com Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Francisco José Tenreiro e Alda Espírito Santo, na Casa dos Estudantes do Império, no Clube Marítimo e no Centro de Estudos Africanos promove atividades culturais visando a redescoberta de África. - 1953: Com Francisco José Tenreiro organiza o Caderno de Poesia Negra de Expressão Portuguesa. - 1954:

Vai viver em Paris. - 1955: Redactor da revista Présence Africaine, é também o responsável pela organização do I Congresso de Escritores e Artistas Negros; acabará por se formar em Sociologia, na Sorbonne. - 1960: Com a prisão de Agostinho Neto pela PIDE, Mário assume a presidência do recém fundado MOVIMENTO POPULAR DE LIBERTAÇÃO DE ANGOLA (MPLA); Mário como presidente e Viriato da Cruz como secretário-geral transferem a direcção do MPLA de Luanda para Conakry. - 1961: Após a independência do Congo Belga, Mário e Viriato transferem a direcção do MPLA para Leopoldville. - 1962: Mário entrega a presidência do MPLA a Agostinho Neto, que acabara de fugir de Portugal. - 1965/67: Mário coordena a Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas (CONCP). - 1973: É mandatado pelo Comitê de Coordenação Político-Militar do MPLA, para organizar os textos políticos de Amílcar Cabral. - 1974: Mário, com o seu irmão Joaquim funda a “Revolta Activa”, corrente que se opõe à liderança de Agostinho Neto no MPLA, exigindo a democratização do regime; os dois irmãos Pinto de Andrade e outros militantes são muito perseguidos e têm que abandonar Angola. - 1976/8:

Após a independência de Angola, Mário exila-se na Guiné-Bissau e ocupa o cargo de coordenador-geral do Conselho Nacional de Cultura. - 1978/80: Mário é o Ministro da Informação e Cultura da Guiné-Bissau. - 1980: Golpe de “Nino” Vieira na Guiné; Mário desloca-se para Cabo Verde. - Anos 80: Mário colabora na “História Geral da África” - 1990: A 26 de Agosto Mário falece em Londres.

 Fonte:  http://www.vidaslusofonas.pt/mario_pinto_andrade.html

Reguengos de Monsaraz recebe o 10.º Encontro Ibérico de Antropologia


O 10.º Encontro Ibérico de Antropologia vai decorrer de 9 a 11 de maio no Auditório Municipal de Reguengos de Monsaraz. Esta iniciativa é promovida pelo Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, pelo IN2PAST e pelo Município de Reguengos de Monsaraz.

Este ano, o encontro tem como tema os “Territórios Ibéricos: Paisagens, Patrimónios, Culturas, Histórias e Antropologias” e junta em Reguengos de Monsaraz diversos especialistas de Portugal e de Espanha. Os trabalhos iniciam-se no dia 9 de maio, às 10h30, com a primeira sessão moderada por Maria Cátedra Tomás e que terá apresentações de Carlos Pedro e Ema Pires (Universidade de Évora) sobre “A Antropologia, os seus campos e os seus territórios”, Borja Rivero Jiménez (Universidade de Santiago de Compostela) que vai falar sobre “Paisajes de soledad: una mirada etnográfica a la despoblación en la Raya extremeña”, Luís Cunha (ICS, Universidade do Minho) que vai abordar o tema “Do mapa à imaginação do território: usos e representações da fronteira” e de Maria Valdés Gásquez (Universitat Autónoma de Barcelona) sobre “Sin cruces: paralelismos en el desarrollo de las antropologías ibéricas”.

A segunda sessão começa ao meio dia, vai ser moderada por Paula Godinho e terá as comunicações “Este nosso plantationoceno”, de Cristiana Bastos (ICS, Universidade de Lisboa), “El desafío de la justicia territorial ante los conflictos socioenergéticos”, por Pedro Tomé Martín (CSIC-Consejo Superior de Investigaciones Científicas) e “Antropologia do Poder e da Destruição: Notas para uma Interpretação do Capitaloceno Recente”, de Paulo Mendes (UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro).

Durante a tarde, a partir das 15h, haverá mais uma sessão, que será moderada por Patrícia Alves de Matos e contará com apresentações de Paula Godinho (Instituto de História Contemporânea, FCSH, UNL) sobre “Cinquenta anos da reforma agrária: revolução e usos do tempo”, de Virgínia Henriques Calado (ICS, Universidade de Lisboa) sobre “Regenerar o solo: da Cooperativa Agrícola Cravo Vermelho à Área protegida de Montado do Freixo do Meio”, de Camila Olga Del Mármol Cartañá (Universitat de Barcelona) que vai abordar o tema “Resistencias, activismos y la politización emergente de la ruralidade” e de Elena Freire Paz (Universidade de Santiago de Compostela) que vai falar sobre “Ú las mujeres en la loza Talaverana?”. A fechar o primeiro dia do 10.º Encontro Ibérico de Antropologia realiza-se às 16h30 o lançamento do livro “Antropologia Simbólica de uma Ciudad: Évora, Mitologia y Patrimonio”, de Maria Cátedra.

O programa do segundo dia do encontro integra às 9h30 uma sessão moderada por David Conde Caballero, que terá as comunicações “Sol e sombra”, de Jean-Yves Durand (CRIA-Universidade do Minho), “La disputa y reconfiguración de la memoria social desde el presente: la gran redada en Torremolinos”, por José María Valcuende del Río (Universidad Pablo de Olavide), “El caluroso verano de 1959 y la elección del Rey de los Ciganos : lugares y emplazamientos de los “ciganos” en el proceso de mecanización del campo y el desarrollo burocrático del Estado de Salazar”, de Sara Sama Acedo (UNED–Universidad Nacional de Educación a Distancia) e “As “ilhas” da diáspora cabo-verdiana em Ibéria”, por Luzia Oca González (Universidade de Santiago de Compostela).

A quinta sessão do encontro ibérico tem início às 11h30, vai ser moderada por Jorge Freitas Branco e conta com apresentações de Lorenzo Mariano Juárez (Universidad de Extremadura) sobre “Tradición, identidad y sociabilidad del vino de pitarra en Extremadura. Desafíos y problemáticas de su patrimonialización”, de David Conde Caballero (Universidad de Extremadura) que vai falar sobre “Aportes desde la Antropología a la idea de las recetas del hambre de la posguerra en España como patrimonio inmaterial”, de Julian López García (UNED–Universidad Nacional de Educación a Distancia) que vai abordar o tema "Gastronomías del sur" e de António Medeiros (Iscte-Instituto Universitário de Lisboa) sobre “"Casa Brancas" na bacia do Sado/ruínas de uma paisagem modernista”.

A primeira sessão da tarde começa às 15h, terá moderação de Pedro Tomé Martin e comunicações de Patrícia Alves de Matos (CRIA Iscte-FCSH, Universidade Nova de Lisboa) sobre “Economias Quotidianas de Bem-Estar: Cálculo humano de bem-estar, necessidades humanas e vidas sustentáveis”, Pedro Antunes (NOVA-FCSH) vai abordar o tema “Os Comuns de Proença-a-Nova: histórias de olivais e sociedades lagareiras nos interstícios de uma floresta industrial”, Consuelo Alvarez Plaza (Universidad Complutense de Madrid) vai explicar “La ruta de la seda reproductiva: circulación de ovocitos por Europa com destino Brasil”, Brian O´Neill (CRIA, Iscte-Instituto Universitário de Lisboa) vai falar sobre “Marcel Proust nas Montanhas Galegas, 1973” e José Manuel Sobral (ICS-Universidade de Lisboa) sobre “Ricos e Pobres em perspetiva histórica: uma releitura da obra de José Cutileiro”.

Segue-se pelas 17h30 uma sessão moderada por Luzia Oca González e que terá apresentações de Humberto Martins (UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) sobre “De Espanha nem bom vento…Interdependências ecológicas em tempos de colapso ambiental”, de Maria Cátedra Tomás (Universidad Complutense de Madrid) sobre “Desencontros ibéricos: Olivença, duas histórias, dois discursos”, de Maria de Fátima Amante (ISCSP – Universidade de Lisboa) que vai falar sobre “As espanholas não saiam de lá. Contrabando no feminino na raia luso-espanhola” e de Aitzpea Leizaola (Universidad del País Vasco-Euskal Herriko Unibertsitatea) que vai explicar o tema “Pa(i)sajes de frontera: arte, performance y acción política en el País Vasco”.

No dia 11 de maio, a última sessão de trabalhos inicia-se às 9h30, terá moderação de Ema Pires e as apresentações “Usos y representaciones de las memorias del pasado reciente. Monumentos y antimonumentos”, por Maria del Carmen Garcia Alonso (UNED, Universidad Nacional de Educación a Distancia), “Cultura popular por televoto”, de Jorge Freitas Branco (CRIA, Iscte-Instituto Universitário de Lisboa), “Miradas sobre los narcomundos ibéricos: un análisis comparado entre España y Portugal”, por Manuela Ivone Cunha (CRIA, Universidade do Minho) e Hector Gil Hernández (Universitat de les Illes Balears), e "Nós somos os mesmos daquela altura - retratos cruzados de um grupo de norte-americanos na Revolução Portuguesa de 1974-75”, por Joana Craveiro (ESAD, Escola Superior de Artes e Design). A fechar, pelas 11h30, decorre a sessão de encerramento do 10.º Encontro Ibérico de Antropologia.

 

 

4.5.25

MÃE, Fonte de Vida e de Poesia


Palavras para a Minha Mãe

mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses

as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.

sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.

 

pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste

tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te

desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.

 

às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,

a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia

mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.

 

lê isto: mãe, amo-te.

 

eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não

escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que

não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não

as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.

 

José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"

ABRANTES: Atividades de valorização do Tejo convidam a disfrutar as margens de Abrantes em mercado ribeirinho

A TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior vai realizar nos dias 16 a 18 de maio, o Mercado Ribeirinho de Abrantes, no Aquapolis. A iniciativa, que é um convite a usufruir do rio Tejo, inclui um conjunto de atividades para toda a família, nomeadamente, fado, etnografia, gastronomia, oficinas de artesanato, marionetas, atividades desportivas, animação infantil, arte equestre e até subidas de balão de ar quente.

Este evento de três dias, que acontece maioritariamente na margem Sul do Aquapolis, em Rossio ao Sul do Tejo,  terá várias atividades como mostra de produtos agrícolas, plantas e flores, agroalimentares e artesanato, atividades de valorização patrimonial seja de gastronomia (tasquinhas com pratos regionais e peixe do rio e demonstração culinária), atividades ao ar livre e de contemplação do património natural, como convívio de pesca, padel, canoagem, caminhada, BTT, demonstrações de arte equestre, yoga, jiu-jitsu, judo e voos estáticos de balão ar quente. Terá, também, espetáculos culturais com fado, música popular, teatro de marionetas, etnografia, ilusionismo, entre outros.

Promover as potencialidades do Tejo e aproximar a população ao rio, convidando e desafiando a comunidade e os visitantes a usufruírem do maior rio da Península Ibérica e das suas margens são os objetivos desta ação, que terá a sua inauguração oficial às 18h, de dia 16 de maio, na margem Sul, do Parque Ribeirinho Aquapolis. Após este momento oficial, haverá uma atuação da ESTATuna, da Escola Superior de Tecnologias de Abrantes, do Instituto Politécnico de Tomar.

Oficinas de artesanato

O Mercado Ribeirinho de Abrantes, deste ano, tem como uma das novidades as oficinas de artesanato. Aprender as etapas e as caraterísticas das peças dos artesãos, de forma a valorizar o seu trabalho são o objetivo. A primeira oficina é de “Tábua de Corte Personalizada em Madeira”, com duas sessões, dinamizadas pela Tábula Rasa em que a primeira será realizada no ateliê dos artesãos e a segunda no certame (nos dias 17 e 18).  A outra oficina de artesanato será de “Iniciação ao Trabalho com Junco”, dinamizada pela Junco Liz, na manhã de domingo. As oficinas têm valor de inscrição, mas no final os participantes podem levar as peças que fizeram. Todas as informações e as inscrições no site da TAGUS.

Música e etnografia

O cardápio começa com fados na primeira noite, sexta-feira. As vozes dos abrantinos Francisco Cordeiro e Ana Filipa Rosado, acompanhados por Alexandre Silva, na Viola de fado, e João Vaz, na Guitarra Portuguesa, prometem emocionar os presentes com o Tejo como cenário.

No sábado, dia 17, haverá uma atuação da Sociedade Instrução Musical Rossiense. E de seguida haverá um momento especial com as mais conhecidas músicas Disco dos anos 70 e 80, interpretadas através do carrilhão itinerante LVSITANVS. À noite, o palco pertence aos ritmos de baile de David Luís. No domingo, dia 18, atua o Grupo de Cantares “Brisa do Tejo”, seguido pelo Rancho Folclórico da Casa do Povo de São Miguel do Rio Torto, que encerrará a iniciativa de usufruto do Tejo e das suas margens.

Gastronomia

Para esta edição, a TAGUS desafiou a jovem empresa de Abrantes “Gula” a preparar piqueniques com ingredientes locais para que as pessoas possam, em família, desfrutar da margem do rio, em Rossio ao Sul do Tejo, na zona recém requalificada dos passadiços da Fonte dos Touros.  Destaque para a demonstração culinária pelo Chef Víctor Felisberto, seis vezes galardoado com o selo Bib Gourmand, do Guia MICHELIN, e que está nomeado para embaixador gastronómico nos prémios AHRESP 2025. Duas receitas inovadoras de peixe do rio serão apresentadas pelas 16h, de sábado. Durante os três dias estarão em permanência tasquinhas tradicionais, com especialidades regionais e em que o peixe do rio está em foque.

Atividades desportivas e de lazer

No panorama do desporto, o Mercado Ribeirinho de Abrantes terá, no dia 17 de maio, um convívio de pesca, dinamizado pela CAPEC do Pego. Jogos de padel de 30 minutos e com dicas de treinador, na margem Norte, são a proposta do Abrantes Clube de Padel. A manhã de sábado oferece, ainda, uma aula de Yoga e Relaxamento Sonoro por Pedro Filipe – Yoga, Som & Meditação e um treino de canoagem com atletas do Clube Desportivo “Os Patos”.  Da parte da tarde, haverá demonstrações de jiu-jitsu, e de judo, pelo Jiu-Jitsu Ribatejo Clube Desportivo “Os Patos”. A terminar o dia, voos cativos de balão de ar quente, entre as 20h30 e as 22h30, que prometem ser um dos pontos altos do evento, que carecem de inscrição prévia.

No dia 18 de maio, o Desporto do Município de Abrantes dinamizará uma caminhada ribeirinha, entre as duas margens do rio. Já a Associação Cicloturismo e BTT do Fojo irá realizar um passeio guiado de BTT, de 25 quilómetros. A arte equestre integrará, também, este riquíssimo programa com uma demonstração da vertente de ensino, pelo Vale de Ferreiros e com a possibilidade dos mais pequenos terem o seu batismo a cavalo no domingo à tarde.

Animação infantil

Para os mais pequenos, a Associação Juvenil Rossiense terá um insuflável, pinturas faciais e jogos tradicionais, durante as duas tardes do fim-de-semana. E um espetáculo de magia, pela Mega Animação, na tarde de domingo, dia 18 de maio.

Três histórias através de marionetas pela S.A.Marionetas – Teatro & Bonecos, no estilo de Teatro de Robertos, uma das tradições mais antigas das artes cénicas, é a proposta de destaque para a programação infantil, na tarde de sábado, dia 17 de maio. De referir que esta companhia já recebeu vários prémios internacionais com este espetáculo, como Melhor Manipulação, no Festival Materinka, na República Checa, “Preservation of traditions of ancient street theatre”, na Ucrânia, entre outros.

O evento contará, claro, com um mercado de produtos locais e artesanato que funcionará na sexta-feira das 17h até às 24h, no sábado das 15h às 24h e no último dia das 15h às 20h.  Haverá, ainda, no domingo de manhã, das 10h às 13h, um Mercado de Hortofrutícolas, Flores e Plantas.

O Mercado Ribeirinho de Abrantes promete celebrar o rio Tejo, como elemento central de identidade, tradição e desenvolvimento, promovendo a sua valorização enquanto recurso natural, cultural e turístico de excelência. Todas as atividades têm mais informações e inscrições disponíveis no site da TAGUS, em tagus-ri.pt.

OPINIÃO: Não estamos preparados

 

À medida que vamos sabendo mais sobre a real dimensão do apagão que mergulhou Portugal nas trevas, cresce a convicção de que o desastre só não foi maior porque o povo, apesar de tudo, é sereno. E porque tivemos sorte na mitigação da crise. Um dia a mais sem energia e telecomunicações e podemos apenas imaginar o que teria sido. Naturalmente que não há um guião infalível que nos salve de eventos extraordinários como este, ainda por cima havendo uma tão grande dependência energética de um país externo (Espanha, onde radicou a origem do mal) e sendo o sistema de abastecimento elétrico tão intrincado. Mas é a partir de agora, que a normalização vai sendo reposta, que devemos começar a pensar em precaver-nos para a possibilidade de uma repetição.E não venham dizer-me que não haverá uma segunda vez, porque se há uma certeza instalada é a de que a sociedade moderna, tecnológica e responsiva em que estamos emaranhados se move com pés de barro. É agora que o planeamento deve começar a ser feito. Basta ver a forma como comunicámos com a população (o Governo parecia uma barata tonta ao retardador), e como, de forma atabalhoada, se foi priorizando a resposta dos serviços essenciais do Estado, para se ter uma noção das múltiplas fragilidades a que fomos expostos. Não sendo esta uma questão partidária, importa reter que, na escala de prioridades e tempos mediáticos dos nossos dirigentes políticos, tudo soa a trivial ao pé de uma crise energética que durou umas horas e que, mesmo assim, pode ter custado mil milhões de euros à economia do país. Por isso, ponham pés ao caminho. Não estamos preparados.

·        Pedro Ivo Carvalho – Jornal de Notícias - 03 maio, 2025

3.5.25

AMBIENTE: Não foi anulada a decisão positiva que travou o avanço da Barragem do Pisão!

(Ao contrário das notícias que têm circulado na comunicação social).

Foram, desde quarta-feira, dia 30 de abril, publicadas na comunicação social notícias que avançavam que “o Tribunal de Castelo Branco (TAF) deu razão aos ambientalistas e anulou a Declaração de Impacto Ambiental, travando o projeto. A APA recorreu da decisão e o mesmo tribunal acabou agora por revertê-la.” O conteúdo dessa notícia não é correto!

A Declaração de Impacto Ambiental (DIA) foi anulada por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco (TAFCB), em janeiro de 2025, que condenou a APA - Agência Portuguesa do Ambiente - a averbar no TUA (Título Único Ambiental de setembro de 2022) a sentença de anulação.

No seguimento, a APA, a CIMAA, os municípios de Portalegre e de Fronteira recorreram da decisão. As associações ambientais  envolvidas no processo - GEOTA, QUERCUS, LPN e ZERO - apresentaram as contra-alegações em abril de 2025.

O TAF de Castelo Branco, em despacho de 30 de abril de 2025, ordenou que o processo fosse para o Tribunal Central Administrativo Sul (TCA Sul) para conhecimento dos recursos sem anular a decisão que deu razão às ONGA na Barragem do Pisão. De facto, ainda não houve mais nenhuma sentença em relação ao assunto.

Estas ONGAs, aliás como parte da sociedade civil, felicitaram a coragem da entidade judicial em colocar os interesses ambientais nacionais e comunitários de especial relevância à frente de outros interesses. Lembramos que vão ser investidos fundos europeus significativos num projeto que não respeita as estratégias e legislação fundamentais europeias, como a Estratégia de Biodiversidade, a Diretiva Quadro da Água, o Regulamento do Restauro da Natureza e o Regulamento do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR). Estão em causa danos ambientais significativos e irreversíveis, sem que sejam expectáveis benefícios públicos significativos. A situação mantém-se!

Aguardamos, serenamente, a sentença que será proferida na nova instância do TCA Sul e iremos agir em conformidade.

Lisboa, 2 de maio de 2025

FAPAS - Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade | www.fapas.pt 

GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente | www.geota.pt | Helder Careto | 962602680

QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza | www.quercus.pt | Domingos Patacho | 937515218

SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves | www.spea.pt

WWF Portugal | www.wwf.pt

ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável | www.zero.ong