18.12.21

ÉVORA: Exposição | “Jorge Colaço e a Azulejaria Figurativa do seu Tempo”

Jorge Colaço e a Azulejaria Figurativa do seu Tempo é o nome da exposição de obras de Jorge Rey Colaço, figura marcante no panorama artístico português nas primeiras quatro décadas do século XX,  inaugurada no dia 12 de novembro,  na Galeria da Casa de Burgos, em Évora.
A iniciativa que pretende dar a conhecer, a um público alargado, a existência de um importante conjunto de obras do artista e de espólio documental, contemplará também a apresentação de um roteiro com as obras conhecidas do artista no Alentejo, bem como algumas conferências a divulgar em breve.
A exposição organizada pela Direção Regional de Cultura do Alentejo, Museu-Biblioteca Fundação Casa de Bragança e Direção-Geral do Património Cultural – Museu Nacional do Azulejo, ficará patente ao público até 22 de abril de 2022.
Dados Biográficos de Jorge Colaço (26/02/1868 – 23/08/1942)
Nasceu em Tânger, filho de José Daniel Raimundo Colaço e Macnamara, 1.º Barão de Colaço Macnamara, vice-cônsul de Portugal em Marrocos, e de Virgínia Maria Clara Vitória Raimunda Rey Colaço .
Estuda arte em Madrid e em Paris, onde frequentou ateliers de artistas de renome.
Foi um exímio caricaturista, pintor a óleo, dirigiu revistas e jornais, foi fundador da Sociedade Nacional de Belas Artes  e a partir de 1903 inicia a pintura em azulejo, ligado à Fábrica de Sacavém, onde permanece até 1923,  data em que passou para a Fábrica Lusitânia em Lisboa. A partir de 1930 inicia o revestimento cerâmicas de várias estações ferroviárias e realiza várias encomendas para o Estado e para autarquias.
Como Jorge Colaço refere, num texto de 1933 na revista Cerâmica e Edificação, diz pintar azulejos porque «(…) existem influências atávicas da terra de moiros onde nasci (…) » e que a azulejaria embora sendo uma arte importada, soube ganhar foros de arte nacional (Santa Rita, 2021, p.197).
Principais obras de Jorge Colaço:  
A sua obra tinha como lema de base “Portugal”, todavia as temáticas que desenvolveu foram diversificadas: desde cenas históricas, a cenas de carácter militar, histórico, cenas etnográficas (rurais e piscatórias), entre outras. Na maioria das vezes fruto da sua imaginação, ou inspiradas em episódios da literatura camoniana e de outros escritores e artistas (Cláudia Emanuel, 2021).
Realizou mais de 1000 painéis de azulejos em Portugal continental e insular, bem como para outros países como Espanha, Inglaterra, Suiça, Brasil, Argentina, Cuba ou Goa.
Rua de Burgos 7000-863 Évora