É do Centro Europeu que vêm os estímulos para os países da periferia e vice-versa mas não queremos que seja só para os produtos que interessam ao Centro Europeu. Queremos que a CEE promova o desenvolvimento autónomo do nosso país, sem ficarmos dependentes dela. Em vez de promover somente a vinha, o olival e a pecuária, queremos que os produtos aqui extraídos – como as rochas – sejam em Portugal transformados em vez de exportados em bruto. Queremos que promova as pequenas explorações agrícolas, como as hortas, agora abandonadas, e em vez do arame farpado promova as searas de trigo, cevada e centeio, o milho, o tomate, o arroz e as pescas. Quem não se lembra do Alentejo como o celeiro de Portugal? A CEE promoveu as grandes produções agrícolas intensivas, ficando tudo o resto ao abandono - porque era isso que interessava ao Centro Europeu, mas não a nós – lançando na miséria os pequenos e médios agricultores, pagando através de subsídios para não se produzir. Queremos um desenvolvimento global e autónomo.
José Oliveira Mendes -10 /8/2021