De 3 a 12 de setembro, o Fundão vai ser palco do I Festival Internacional de guitarra. Cinco espetáculos, nove artistas, dois estrangeiros, e um conjunto de géneros musicais diversos, com a guitarra como elo comum. Vai ser assim a pauta deste concurso que nasceu por proposta do músico Pedro Rufino.
Esta manhã, na conferência de imprensa, que decorreu no casino fundanense para apresentação do Festival, o músico e professor de música na Academia de Música e Dança do Fundão, explicou como surgiu a ideia.
“Era uma ideia que eu tinha já há alguns anos e, com o apoio do município, conseguimos a concretização desse projeto. As principais características, que podem marcar a diferença em relação a outro tipo de festivais, é o facto de, apesar de ser um festival de guitarra, não vão ouvir só guitarra, vai ser uma programação bastante eclética, com concertos partilhados.”
Na prática, quem vai assistir a um concerto acaba por assistir a dois, já que as duas partes serão protagonizadas por artistas e géneros diferentes.
Pedro Rufino deixa como exemplo o primeiro concerto, no dia 3 de setembro, na Moagem.
“No primeiro concerto temos o flamengo e a seguir temos o fado, que historicamente se tocam, há alguma afinidade entre o flamengo e o fado. Mas aqui o fado não vai ser cantado, vai ser só instrumental. Todos eles têm guitarra ou familiares da guitarra, e os géneros são os mais variados, temos desde o flamengo ao fado, à música antiga, ao jazz, à guitarra clássica…”
Pedro Rufino espera que este evento tenha continuidade no futuro e que faça parte, não só este ano, da agenda cultural do Fundão.
“O objetivo é promover a guitarra, a música, os músicos, nós sabemos que o setor cultural passou por uma grande prova, as coisas ainda não estão a 100%, e isso foi uma das coisas que me levou a avançar agora com esse projeto e o senhor presidente compreendeu perfeitamente esse propósito, é mais um evento para a agenda cultural do Fundão.”
A moagem recebe os dois primeiros concertos, nos dias 3 e 4 de setembro. O terceiro concerto, no dia 5 de setembro, será ao ar livre no palácio do picadeiro, em Alpedrinha.
No dia 11 de setembro, também ao ar livre, em Castelo Novo, realiza-se o espetáculo “Por um fio” com João Figueira e Thaís Melo, o único que não é partilhado e que será uma estreia, misturando guitarra e dança.
O espetáculo de encerramento será no dia 12 de setembro, às 18h 30m, na igreja matriz, de música antiga, com a orquestra de guitarras da Academia de Música e Dança do Fundão e Sete Lágrimas.
Todos os concertos têm entrada gratuita, mas sujeita a marcação.
Paula Brito -rcb- radiocovadabeira -18/8/2021