Força, povo de Alpalhão!
Eu vos venho saudar
Do fundo do meu coração
Venho dar os parabéns
Ao povo de Alpalhão
Força, povo de Alpalhão
Não deixem morrer a esperança
Têm tudo cá em casa
Sem pedir à vizinhança.
São crianças, bébézinhos
Moças já adolescentes
São mulheres de meia idade
E as mais velhas, sorridentes.
É bonito de se ver
Parece um jardim em flor
Uma mais bela que a outra
Tudo feito com Amor.
Lá vão os Bombos de Nisa
À noite, já era serão
Capotes, tochas acesas
As Janeiras em Alpalhão
Foi o princípio do ano
Alpalhão serviu delícia
Mostrou ao mundo inteiro
Pela TVI a sua missa.
Já lá vem o Carnaval
Tudo bule minha gente
Querendo mostrar ao mundo
O que têm de diferente.
Vem a Feira dos Enchidos
Lá vai a marcha prá rua
Saias de múltiplas cores
A minha mais linda que a tua
Este padre sorridente
Esta professora audaz
Não façam o que Nisa fez
Tudo ficou para trás.
Hoje sinto muita mágoa
E chora meu coração
Afinal, nós os que somos?
Nada. Como os de Alpalhão…
A crítica é o caminho
Para um artista ser perfeito
Para saber aperfeiçoar
E ver onde está o defeito.
Não se deixem intimidar
Só critica quem não faz
Mas outros que tanto apontam
Façam lá se são capaz.
Não sei se é por vergonha
Ou se é por tradição
Vamos embora prá marcha
Esses homens de Alpalhão.
Alpalhoeiras de um raio
Desculpem esta versão
Tenho pena de não ser
Uma moça de Alpalhão.
Maria Dinis Pereira (Galucho)