1.10.15

NISA: Menhir do Patalou já pode ser visitado

Na noite de sábado, 26 de Setembro, ocorreu o ato público que assinalou formalmente o início de visitas ao Menhir do Patalou situado junto à estrada que liga Nisa à Barragem da Póvoa.
Na cerimónia realizada no local, a Presidente da Câmara Municipal de Nisa, Idalina Trindade, saudou os participantes e realçou a importância da iniciativa que visa a integração do menhir e de outros monumentos megalíticos do concelho - que irão igualmente ser estudados, reabilitados e sinalizados - num Roteiro Megalítico de Nisa. Sublinhou ainda que o desenvolvimento económico sustentável e integrado está diretamente associado à valorização do património cultural.
Seguiu-se uma conferência sobre Megalitismo pelo Professor Jorge Oliveira que coordenou a equipa de Arqueologia da Universidade de Évora que participou nos estudos e na reabilitação do menhir no âmbito dum protocolo estabelecido com a Câmara Municipal de Nisa. A cerimónia integrou um concerto pela Banda da Sociedade Musical Nisense.
O Menhir do Patalou é um dos mais volumosos menhires da Península Ibérica e encontrava-se tombado, praticamente intacto, no sítio original. O menhir, após ter sido encontrado há cerca de 20 anos, foi agora erguido, na sequência de  trabalhos arqueológicos, iniciados em julho deste ano, promovidos pela Câmara Municipal de Nisa e pelo Laboratório de Arqueologia da Universidade de Évora.  A recolha de carvões nas terras da  base do menhir e a datação por radiocarbono informam que este monumento foi erguido em meados do 5º milénio antes de Cristo. Com um comprimento de 4 metros e um peso a rondar as 7 toneladas foi talhado, transportado e ereto pelas primeiras comunidades neolíticas no contexto de ancestrais práticas religiosas de fecundidade, fertilidade e cultos astrais.

Para marcar a abertura ao público, foi escolhida a noite de sábado. Uma data especial, já que na quarta feira anterior ocorrera o Equinócio de Outono e na madrugada de segunda feira ocorreu um eclipse total de Lua Cheia. Os homens pré-históricos seriam sensíveis a estes fenómenos e assim, simbolicamente, procurou-se reviver um pouco a forma de sentir da gente que há muitos milhares de anos por aqui passou.
CMNisa