O SPZS - Sindicato dos Professores da Zona Sul está contra o anunciado encerramento de escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico conforme o comunicado que transcrevemos:
" Desde
2002, altura em se iniciou o programa de reorganização da rede do 1.º ciclo, já
foram fechadas mais de 6.000 escolas, sendo que, por exemplo, apenas no
primeiro ano de governação de José Sócrates, a ministra da educação Maria de
Lurdes Rodrigues procedeu ao encerramento de 2.500 escolas. Para o ano lectivo
2014/2015, o número de escolas que o governo quer fechar ultrapassa as que quer
manter abertas, no âmbito da política de concentração de alunos em 332 novos
centros escolares e de encerramento de escolas, uma vez que estavam em
funcionamento 2.330 escolas do primeiro ciclo, no ano letivo 2012/2013.
A
reorganização da rede escolar teve o seu grande impulso com a Ministra da
Educação Maria de Lurdes Rodrigues, entre 2005 e 2009, que determinou o
encerramento das escolas com menos de 10 alunos. Em 2010, a decisão de encerrar
escolas foi alargada aos estabelecimentos com menos de 21 alunos, decisão que
se mantém.
Recentemente,
o Governo anunciou, a sua intenção de encerrar mais escolas do 1º ciclo do
ensino básico, com menos de 21 alunos, o que significaria o encerramento
de perto de uma centena de escolas só na
nossa área sindical.
Com esta
medida administrativa o Governo de Passos Coelho irá continuar a contribuir,
para a desertificação do interior do País, retirando as crianças do seu
ambiente natural, quebrando laços familiares de grande importância para o seu
equilíbrio emocional, obrigando a alterações de horários e a deslocações
desnecessárias, não respeitando as Cartas Educativas.
Nesse
sentido, e pretendendo inverter estas medidas que são apenas economicistas e
que não têm em conta o desenvolvimento do interior do País, questões pedagógicas,
nem o impacto que podem ter para as comunidades que são afectadas, a Comissão
Executiva do SPZS reunida no dia 27 de Maio em Beja, decidiu realizar várias
acções de combate e denuncia destas políticas de destruição e empobrecimento da
Escola Pública e dos Serviços Públicos em geral, realizando desde já reuniões e
iniciativas com as comunidades escolares, pessoal docente e não docente, pais e
encarregados de educação e autarquias de forma a levar o Governo a recuar neste
seu intento.
A
Direcção do SPZS