5.6.14

SPZS contra o encerramento das escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico.

O SPZS - Sindicato dos Professores da Zona Sul está contra o anunciado encerramento de escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico conforme o comunicado que transcrevemos:
" Desde 2002, altura em se iniciou o programa de reorganização da rede do 1.º ciclo, já foram fechadas mais de 6.000 escolas, sendo que, por exemplo, apenas no primeiro ano de governação de José Sócrates, a ministra da educação Maria de Lurdes Rodrigues procedeu ao encerramento de 2.500 escolas. Para o ano lectivo 2014/2015, o número de escolas que o governo quer fechar ultrapassa as que quer manter abertas, no âmbito da política de concentração de alunos em 332 novos centros escolares e de encerramento de escolas, uma vez que estavam em funcionamento 2.330 escolas do primeiro ciclo, no ano letivo 2012/2013.
A reorganização da rede escolar teve o seu grande impulso com a Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, entre 2005 e 2009, que determinou o encerramento das escolas com menos de 10 alunos. Em 2010, a decisão de encerrar escolas foi alargada aos estabelecimentos com menos de 21 alunos, decisão que se mantém.
Recentemente, o Governo anunciou, a sua intenção de encerrar mais escolas do 1º ciclo do ensino básico, com menos de 21 alunos, o que significaria o encerramento de  perto de uma centena de escolas só na nossa área sindical.
Com esta medida administrativa o Governo de Passos Coelho irá continuar a contribuir, para a desertificação do interior do País, retirando as crianças do seu ambiente natural, quebrando laços familiares de grande importância para o seu equilíbrio emocional, obrigando a alterações de horários e a deslocações desnecessárias, não respeitando as Cartas Educativas.
Nesse sentido, e pretendendo inverter estas medidas que são apenas economicistas e que não têm em conta o desenvolvimento do interior do País, questões pedagógicas, nem o impacto que podem ter para as comunidades que são afectadas, a Comissão Executiva do SPZS reunida no dia 27 de Maio em Beja, decidiu realizar várias acções de combate e denuncia destas políticas de destruição e empobrecimento da Escola Pública e dos Serviços Públicos em geral, realizando desde já reuniões e iniciativas com as comunidades escolares, pessoal docente e não docente, pais e encarregados de educação e autarquias de forma a levar o Governo a recuar neste seu intento.
A Direcção do SPZS