1.1.15

Uma estrela cintilou em Alpalhão


Eram mais de 30 crianças e jovens. Todos juntos e com a ajuda de outros mais crescidos, fizeram renascer o Presépio Vivo de Alpalhão. Pelo sétimo ano e unidos por um ideal maior, a sua fé, puseram de pé, com poucos apoios e uma vontade inabalável, uma iniciativa natalícia, uma prenda de Natal, real e autêntica que ofereceram, como dádiva, à terra onde nasceram e a todos aqueles que, não sendo alpalhanenses ou alpalhoeiros, tiveram a ideia, feliz, de ocorrer à Quinta do Lagar e, ultrapassada as impaciências de uma espera justificada, puderam deliciar-se com a recriação do nascimento de Jesus. Um acontecimento que ficou a marcar a civilização ocidental, explicado através de várias cenas ou estâncias, com diálogos entre os diversos “actores” que ajudaram a compreender o percurso e o contexto histórico-religioso que culmina no nascimento e adoração do “Menino Jesus”.
Uma representação de duas horas de mais de três dezenas de jovens “actores”, a juntar às inúmeras horas de preparação do terreno, dos percursos, dos cenários e dos ensaios, numa iniciativa que, apesar do esforço, foi uma aposta ganha, motivo de grande satisfação e um cartaz de Natal, de eleição, a fazer brilhar ainda mais o nome de Alpalhão.
Este esforço, esta iniciativa, pela sétima vez, não pode permanecer como acto criativo e criador isolado, baseado na força de vontade e de alguns apoios que, mesmo irrisórios, têm ajudado à sua concretização.
As instituições do concelho, nomeadamente a Câmara Municipal tem o dever de olhar com outra atenção e apoiar estas iniciativas que são a um tempo, culturais, recreativas e recriadoras das tradições populares.
A grande presença do público e o carinho que demonstrou pelos actores e cenas representadas mostrou que o Presépio Vivo tem condições para atrair ainda mais gente, se for mais divulgado e, obviamente, tiver outros estímulos.
É este o apelo que deixo às instituições do concelho: apoiem e não deixem morrer estas manifestações, genuínas, de cultura popular.
Às crianças e jovens da foto, uma mensagem apenas: obrigado pela vossa generosidade!
Mário Mendes