Eram mais de 30 crianças e jovens.
Todos juntos e com a ajuda de outros mais crescidos, fizeram renascer o Presépio
Vivo de Alpalhão. Pelo sétimo ano e unidos por um ideal maior, a sua fé,
puseram de pé, com poucos apoios e uma vontade inabalável, uma iniciativa natalícia,
uma prenda de Natal, real e autêntica que ofereceram, como dádiva, à terra onde
nasceram e a todos aqueles que, não sendo alpalhanenses ou alpalhoeiros,
tiveram a ideia, feliz, de ocorrer à Quinta do Lagar e, ultrapassada as impaciências
de uma espera justificada, puderam deliciar-se com a recriação do nascimento de
Jesus. Um acontecimento que ficou a marcar a civilização ocidental, explicado através
de várias cenas ou estâncias, com diálogos entre os diversos “actores” que ajudaram
a compreender o percurso e o contexto histórico-religioso que culmina no
nascimento e adoração do “Menino Jesus”.
Uma representação de duas horas de
mais de três dezenas de jovens “actores”, a juntar às inúmeras horas de
preparação do terreno, dos percursos, dos cenários e dos ensaios, numa
iniciativa que, apesar do esforço, foi uma aposta ganha, motivo de grande
satisfação e um cartaz de Natal, de eleição, a fazer brilhar ainda mais o nome
de Alpalhão.
Este esforço, esta iniciativa,
pela sétima vez, não pode permanecer como acto criativo e criador isolado,
baseado na força de vontade e de alguns apoios que, mesmo irrisórios, têm
ajudado à sua concretização.
As instituições do concelho,
nomeadamente a Câmara Municipal tem o dever de olhar com outra atenção e apoiar
estas iniciativas que são a um tempo, culturais, recreativas e recriadoras das
tradições populares.
A grande presença do público e o
carinho que demonstrou pelos actores e cenas representadas mostrou que o Presépio
Vivo tem condições para atrair ainda mais gente, se for mais divulgado e,
obviamente, tiver outros estímulos.
É este o apelo que deixo às
instituições do concelho: apoiem e não deixem morrer estas manifestações, genuínas,
de cultura popular.
Às crianças e jovens da foto, uma mensagem
apenas: obrigado pela vossa generosidade!
Mário Mendes