Em Fevereiro de 1935, a Empresa do Cine Teatro Nisense Lda promoveu três exibições de filmes que foram presenciados por 724 espectadores. Na linha de acção a que presidiu a criação do Cine Teatro de Nisa, a empresa cedeu as suas instalações para uma Récita a favor da Sociedade Artística Nisense, colectividade, na altura, com cinco anos de existência. À récita assistiram 403 espectadores e da receita total, acima mencionada, coube à empresa do CTN a importância de 274$60.
A nível cinematográfico, realce para a exibição do filme "A Imperatriz e Eu" com actores consagrados e que marcaram a primeira metade do século XX, como Lilian Harvey, Charles Boyer e Pierre Brasseur.
Pierre Brasseur, bem conhecido dos cinéfilos portugueses e europeus, era um actor francês nascido a 22 de Dezembro de 1905, em Paris, e falecido em 16 de Agosto de 1972, em Brunico, na Itália. O seu nome verdadeiro era Pierre-Albert Espinasse. Na primeira fase da sua carreira distinguiu-se em interpretações de jovens sedutores e cínicos, como em Le Sexe Faible (1933). Identificou-se totalmente com Frédérick Lemaître no filme Les Enfants du Paradis (1944), no qual revelou o seu talento. Dentro desse estilo, representou em várias peças de teatro, como Le Partage de Midi (1948), Le Bossu (1949), Le Diable et le Bon Dieu (1951), Kean (1953) e Le Retour (1966). No cinema, participou em numerosos filmes, como Quai des Brumes (1938), Lumière d'Été (1943), Les Portes de la Nuit (1946), Les Amants de Vérone (1948), Porte des Lilas (1957), La Tête Contre les Murs (1958), Le Grain de Sable (O Triângulo Circular, 1964), La Vie de Château (1965), Le Roi de Coeur (1966), Goto, L'île d'Amour (1968) e La Plus Belle Soirée de Ma Vie (1972). É pai do ator Claude Brasseur.