A operação, batizada de "Dunas", está centrada na alegada
prática de factos suscetíveis de integrarem crimes de participação económica em
negócio, falsificação, corrupção e branqueamento de capitais. Segundo um
comunicado da PJ, os factos estão relacionados com um contrato de concessão
para a utilização privada, por 40 anos, de uma área do domínio público hídrico.
A área em causa está localizada na zona portuária do Porto de Abrigo da
Nazaré e compreende a "reabilitação e conservação de nove moradias que ali
se encontram implantadas para fins turísticos", adianta a PJ.
Na manhã de hoje foram executados "15 mandados de busca
domiciliária e não domiciliária, numa sociedade anónima de capitais públicos,
numa Câmara Municipal, em cinco instalações de organismos do Estado, nas sedes
de três sociedades comerciais e num empreendimento turístico", nas regiões
de Lisboa, Caldas da Rainha e Nazaré.
Participaram na operação "Duna" 40 investigadores criminais e
especialistas de polícia científica da PJ e três magistrados do Ministério
Público. A ação contou, ainda, com o apoio da Diretoria do Centro, da Unidade
de Perícia Tecnológica Informática e da Unidade de Perícia Financeira e
Contabilística.
A PJ adianta que "prosseguirá a investigação com a análise à prova
agora recolhida, de natureza documental e digital, visando o apuramento
integral de todas as condutas criminosas, o seu cabal alcance e, bem assim, a
sua célere conclusão".
Tiago Rodrigues Alves – Jornal de Notícias -10 de novembro, 2025
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Foto – Arquivo JN
