Os trabalhadores do Grupo Águas de Portugal estão hoje em greve por todo o país porque não aceitam ficar mais um ano sem verdadeiros aumentos, e que a administração insista em ignorar as suas exigências e em adiar uma resposta positiva às propostas apresentadas pelo STAL e FIEQUIMETAL. Os trabalhadores consideram ainda inaceitável o recuo da Comissão Negociadora da empresa na última reunião (em 9 de Junho), que retirou a proposta que estava a ser negociada, atitude reveladora de má-fé negocial e da pouca consideração que tem para com os trabalhadores.
Os trabalhadores precisam e exigem que o Acordo Colectivo de Trabalho seja cumprido e que o Conselho de Administração se disponibilize para uma verdadeira negociação, com vista à revisão da Tabela Salarial, entre outras matérias.
De forma a dar expressão a uma luta que cada vez mais se assume como absolutamente central a todos os trabalhadores portugueses, os trabalhadores em greve concentraram-se me vários pontos do país em protesto, aprovando resoluções que enumeram as suas reivindicações e onde garantem que a luta é para continuar até que tenha lugar um verdadeiro processo negocial. Foi o que fizeram os trabalhadores da EPAL/VT, empresa do Grupo Águas de Portugal em Portalegre, pelas 10h, junto ao Palácio Póvoa no Rossio. Nesta empresa registou-se uma adesão à greve superior a 90% no sector da manutenção, estando as estações de tratamento, ETA’s, a funcionar praticamente em serviços mínimos para que a água não falte às populações.
Revelando um profundo sentido de responsabilidade nos tempos mais difíceis, os trabalhadores que asseguram um serviço central à vida, estão cansados de esperar pelo reconhecimento de uma empresa que só em 2020 registou um resultado líquido superior a 78 milhões de Euros e estão disponíveis para continuar a desenvolver acções como a de hoje.
O Depº de Informação da USNA/cgtp-in