Estamos em meados de Abril. Por esta altura do ano (e até muito antes) não havia sítio onde não se publicitasse a abertura da época termal, os preços, as condições, etc. Neste Abril de 2011, o que se lê são “ofertas da Páscoa” para a frequência do SPA das Termas. Nada se sabe sobre o início da época termal, mas conhecem-se (alguns) dos problemas estruturais em que as Termas de Nisa têm (sobre)vivido. A entrevista, por encomenda, do administrador das Termas ao jornal local suportado pela Câmara deixa adivinhar muitos “gatos escondidos com o rabo de fora”. São problemas graves, de anos, dívidas e erros de gestão acumulados e sobre os quais os eleitos no executivo e na Assembleia Municipal não são devidamente informados e muito menos esclarecidos. Na próxima reunião da Câmara, agendada para a próxima quarta-feira, o Conselho de Administração das Termas volta, novamente, a discussão. Não se sabe porquê nem para quê, tendo o actual CA tão pouco tempo de vigência. Por responder, permanecem muitas das questões colocadas pelos vereadores do PS (principalmente) sobre o pagamento dos terrenos onde está implantado o complexo termal e a área envolvente. É uma novela que se arrasta há anos e de que nem os munícipes (nem os eleitos, num e noutro órgão) conhecem os contornos.
O “exemplo” do Complexo Turístico da Barragem do Fratel está ainda bem presente e com a degradação à mostra, na memória dos nisenses. Será que, um “projecto âncora” e “salvador” do concelho, como foi anunciado, está a tomar, irremediavelmente, o mesmo caminho? Os munícipes, os eleitores e contribuintes têm o direito de saber, em toda a plenitude, o que se passa sobre as Termas de Nisa. Aguarda-se, da parte da Câmara, principal accionista da Ternisa, uma informação clara e cabal sobre o assunto.
Sob pena de continuarmos a navegar em “águas inquinadas”.
Mário Mendes