Continuação da divulgação do original
“Retratos Pequenos e Breves do Património Cultural e Natural do Concelho de Nisa” – 5/17
José Dinis Murta, in Nisa Viva – Revista de Cultura e Desenvolvimento Local, n.º 17, Dezembro 2009, págs. 3/14.
Mas quais são concretamente os bens que fazem parte do património cultural do concelho de Nisa?
“Retratos Pequenos e Breves do Património Cultural e Natural do Concelho de Nisa” – 5/17
José Dinis Murta, in Nisa Viva – Revista de Cultura e Desenvolvimento Local, n.º 17, Dezembro 2009, págs. 3/14.
Mas quais são concretamente os bens que fazem parte do património cultural do concelho de Nisa?
Pormenor do Jardim Municipal de Nisa - (Setembro, 1993)
Hoje está completamente adulterado, a exuberância desapareceu.
Em 1.º plano, à esquerda, uma das oito floreiras das quais se desconhece o paradeiro
(Fotografia não incluída no texto original de “Retratos …”)
Hoje está completamente adulterado, a exuberância desapareceu.
Em 1.º plano, à esquerda, uma das oito floreiras das quais se desconhece o paradeiro
(Fotografia não incluída no texto original de “Retratos …”)
Quais são os bens do concelho com interesse histórico, paleontológico, arqueológico, arquitectónico, linguístico, documental, artístico, etnográfico, científico, social, industrial ou técnico que reflectem valores de memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade ou exemplaridade que devem ser salvaguardados e valorizados?
É tudo o que é antigo? E adentro do que é contemporâneo e actual nada tem interesse como valor patrimonial cultural?
Quem é que define quais os bens do concelho que têm interesse histórico, paleontológico, arqueológico, arquitectónico, linguístico, documental, artístico, etnográfico, científico, social, industrial ou técnico que reflectem valores de memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade ou exemplaridade e que devem ser salvaguardados e valorizados?
São as elites intelectuais? Os técnicos autárquicos ou os que estão ao serviço da autarquia? Os políticos que, com diferentes sensibilidades, se vão revezando na cadeira do poder e que, frequentemente, desfazem para fazerem? O povo anónimo, que no concelho nasce e vive, que é o maior produtor e utilizador da cultura local, que mais valoriza a memória, a sua memória, aquilo que o rodeia e que com ele vive e convive, não tem nada a dizer? As associações de defesa do património cultural não têm direito a ser ouvidas?
Deixemos o dever do Estado protector que está lá longe e pensemos no que nos está próximo. O que é que tem feito a autarquia nisense, o que temos feito nós, nós no colectivo, ou cada um per si para o conhecimento, estudo, protecção, valorização e divulgação do nosso património cultural?
O leitor tem sido ouvido, atendido nas suas sugestões, reclamações? Tem o calado por resposta?
Poder-se-á proteger, valorizar e divulgar aquilo que não se conhece e que não se estudou?
O que é que o leitor conhece do património do concelho de Nisa? O que é que tem sido feito para o informar do nosso património cultural? O que é que já visitou, por exemplo, e aí recebeu as devidas informações acerca desse bem?
A cultura é realmente o parente esquecido e pobre que não dá votos?
Assentes em pressupostos normativos, nas questões levantadas, e não só, vejamos alguns retratos pequenos e breves do nosso património concelhio. São retratos que retratam alguma da realidade que existe para que se conheça o bom e o mau; são alertas e pistas no sentido de mostrar algo que poderia ser feito e, muitas vezes, apenas com boa vontade, algum dinheiro e a participação de cidadãos interessados. Deixamos perguntas. Questionamos actuações. Questionamos levantamentos e inventários realizados, mas também o conhecimento, estudo, protecção, recuperação, valorização e divulgação do nosso património cultural. Deixamos algumas sugestões breves e curtas. Levantamos, intencionalmente, polémicas. Seremos longos quanto baste, mas não seremos exaustivos, nem o poderíamos ser, muito ficará por dizer. Como se compreenderá não fazemos o levantamento do nosso património cultural, cultural imaterial e natural.
(continua em 6/17)
É tudo o que é antigo? E adentro do que é contemporâneo e actual nada tem interesse como valor patrimonial cultural?
Quem é que define quais os bens do concelho que têm interesse histórico, paleontológico, arqueológico, arquitectónico, linguístico, documental, artístico, etnográfico, científico, social, industrial ou técnico que reflectem valores de memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade ou exemplaridade e que devem ser salvaguardados e valorizados?
São as elites intelectuais? Os técnicos autárquicos ou os que estão ao serviço da autarquia? Os políticos que, com diferentes sensibilidades, se vão revezando na cadeira do poder e que, frequentemente, desfazem para fazerem? O povo anónimo, que no concelho nasce e vive, que é o maior produtor e utilizador da cultura local, que mais valoriza a memória, a sua memória, aquilo que o rodeia e que com ele vive e convive, não tem nada a dizer? As associações de defesa do património cultural não têm direito a ser ouvidas?
Deixemos o dever do Estado protector que está lá longe e pensemos no que nos está próximo. O que é que tem feito a autarquia nisense, o que temos feito nós, nós no colectivo, ou cada um per si para o conhecimento, estudo, protecção, valorização e divulgação do nosso património cultural?
O leitor tem sido ouvido, atendido nas suas sugestões, reclamações? Tem o calado por resposta?
Poder-se-á proteger, valorizar e divulgar aquilo que não se conhece e que não se estudou?
O que é que o leitor conhece do património do concelho de Nisa? O que é que tem sido feito para o informar do nosso património cultural? O que é que já visitou, por exemplo, e aí recebeu as devidas informações acerca desse bem?
A cultura é realmente o parente esquecido e pobre que não dá votos?
Assentes em pressupostos normativos, nas questões levantadas, e não só, vejamos alguns retratos pequenos e breves do nosso património concelhio. São retratos que retratam alguma da realidade que existe para que se conheça o bom e o mau; são alertas e pistas no sentido de mostrar algo que poderia ser feito e, muitas vezes, apenas com boa vontade, algum dinheiro e a participação de cidadãos interessados. Deixamos perguntas. Questionamos actuações. Questionamos levantamentos e inventários realizados, mas também o conhecimento, estudo, protecção, recuperação, valorização e divulgação do nosso património cultural. Deixamos algumas sugestões breves e curtas. Levantamos, intencionalmente, polémicas. Seremos longos quanto baste, mas não seremos exaustivos, nem o poderíamos ser, muito ficará por dizer. Como se compreenderá não fazemos o levantamento do nosso património cultural, cultural imaterial e natural.
(continua em 6/17)
José Dinis Murta