16.4.24

ORA BOLAS! Já não vai assumir funções: adjunta do ministro das Finanças foi acusada de fraude

Patrícia Dantas envolvida num processo judicial: terá emitido faturas falsas. Tinha sido contratada por Miranda Sarmento mas não vai assumir funções.
Joaquim Miranda Sarmento convidou para a sua equipa uma antiga deputada que está a ser acusada de fraude.
O seu nome é Patrícia Dantas, ex-deputada do PSD, que em 2022 foi eleita pela Madeira.
A antiga deputada é suspeita de ter emitido faturas falsas para obter fundos europeus. Envolveu-se no megaprocesso da (entretanto extinta) Associação Industrial do Minho.
A acusação do Ministério Público remonta a 2018. Segundo o Correio da Manhã, o processo judicial ainda está a decorrer e já entrou na fase de julgamento.
Patrícia Dantas, que foi presidente executiva da Startup Madeira, já estava a ser julgada quando em 2023 integrou a comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP. Já nessa altura a indicação do PSD criou “ruído”.
Na legislatura anterior chegou a suspender o mandato de deputada uma vez por semana – para ir a tribunal por causa do processo mencionado.
Este caso envolve 120 arguidos. Há suspeitas de diversos crimes: associação criminosa, fraude na obtenção de subsídios, burla qualificada, branqueamento de capitais, falsificação e fraude fiscal qualificada.
Recuo
Na mesma manhã, foi anunciado que afinal Patrícia Dantas nem vai começar a ser adjunta de Miranda Sarmento.
O Ministério das Finanças comunicou: “Na sequência de notícias veiculadas pela comunicação social, sobre um processo que teve início em 2017 e que está ainda a decorrer nos locais próprios, sem que sobre o mesmo tenha sido proferida qualquer decisão judicial, Patrícia Dantas, mantendo a presunção da inocência que se impõe e após ponderação, comunicou ao Sr. Ministro de Estado e das Finanças que decidiu não assumir as funções de adjunta do Ministério das Finanças“.
Nas novas funções, iria “ligar” o ministério ao Parlamento, mas agora o ministro das Finanças procura outra pessoa.