26.9.14

OPINIÃO: Ainda as homenagens prestadas a João Francisco Lopes e Fernando Carita

Completar a homenagem: da indispensabilidade da inclusão dos seus nomes na toponímica nisense, perpetuar os seus nomes.
(“Ergue-se e enobrece-se a cidade quando os cidadãos se levantam em esforço, dignidade, inteligência, sentimentos fraterno.” in Portalegre, Imagens, Alberto Moreira
 Apesar das justíssimas homenagens a duas figuras, a dois filhos de Nisa que souberam pelo seu exemplo e obra colher os aplausos gerais dos seus conterrâneos, impõe-se a inclusão e registo dos seus nomes na toponímica nisense (um o homem bom, a quem não se conhecem extremismos, antes ponderação, bom senso, desde atleta exemplar com a camisola do nosso sempre grande Sport Nisa e Benfica até ao atleta do serviço e dinamismo cívicos e social em várias sedes, e ainda o escritor, e o autor auto-didacta brilhante na escatologia e no aprofundamento e análise históricas, o investigador sensível pelas coisas da sua terra, da actividade social do homem.
E o outro homenageado tendo partido para o lado de lá da vida logo os seus amigos, colegas e alunos o agraciaram com honra, tal o gosto reconhecendo o testemunho da Vida pessoal do nosso conterrâneo, o seu valor moral e intelectual.
Os seus alunos, os seus colegas jamais esquecem o homem, o poeta, o intelectual brilhante, o homem profundo e bom que soube ser.
Se lembram da sua figura e nome, para celebrar a glória que foi a sua existência não prescindindo do seu nome enquanto patrono num concurso prestigiado de literatura, ficando o seu nome a ombrear com outros que pelo seu valor, vida e obra ficam para sempre na História e ainda ao lado de outros nomes prestigiados da intelectualidade portuguesa.
Parte um jovem mas a sua poesia e a sua vida revelam um exemplo superior de intelectual, do amigo, de poeta, do professor em quem repousa o carinho expresso dos seus alunos, do colega Professor que os seus colegas não esquecem nunca…
“Eu por Ti dava a minha vida por Ti dava a minha vida
Meu anjo por Ti  dava toda a minha vida.
Meu Anjo que vens do Altíssimo meu anjo que me beijas
Meu Anjo que vens do Altíssimo e me beijas e me beijas
Vens do Altíssimo.
Meu Anjo
Eu quero estar contigo no Céu
Meu Anjo
Quero estar contigo na terra e no Céu
Na Terra e no Céu “
São versos dum lindíssimo poema que lhe dedica uma amiga.
Os amigos não encontram palavras para o definir, tal a beleza do ser do nosso conterrâneo.
E a Exm.ª Câmara acompanhou, soube perceber a honra do momento, aguardando-se a compilação dos textos poéticos e provavelmente de alguns inéditos.
Este homem transfigurado pelo sofrimento, que terá sobrevindo logo no fim do curso e que em vez da revolta escolheu a beleza do Amor, e persuadido pela indispensável necessidade de linguagem não descurou o aspecto intelectual que o eleva a um nível como poucos.
É pois indispensável perpetuar os seus exemplos incluindo-os na toponímica nisense o que parece ser competência actual da Junta de Freguesia (Art.º 16.º,1 alínea w da Lei 75/2013, de12 Setembro (NRJAL). 
Vosso, sempre  
João Castanho