António Pedro Passaporte (1901-1983), filho do fotógrafo José Pedro Braga Passaporte, era natural de Évora. Aqui permaneceu até 1911, altura da partida com seu pai para África, onde se terá iniciado na arte da fotografia.
Apaixonado pelo teatro, quando regressa a Portugal participa em várias peças e mais tarde, em 1923, em filmes produzidos para cinema. Nesse mesmo ano parte para Madrid, onde inicia a sua carreira de fotógrafo. Como vendedor de papeis fotográficos viaja por toda a Espanha e Argentina, registando paisagens e monumentos que vêm a ser adquiridos pelo Ministério da Cultura e Turismo Espanhol para propaganda turística. Face ao sucesso obtido edita postais, assinando como Loty, nome pelo que ficaria conhecido.
Durante a Guerra Civil de Espanha ingressa nas Brigadas Internacionais como repórter fotográfico. Terminada a guerra, regressa a Portugal e inicia a sua actividade de fotógrafo com trabalhos de publicidade e arquitectura, retratos de artistas, etc. Em 1940 inicia a produção de postais ilustrados a preto e branco, destacando-se a edição dedicada à Exposição do Mundo Português. Retira-se da fotografia em 1965, dedicando-se, a partir daí, a escrever as suas memórias e a investigar a história da sua família.