De 12 a 14 de setembro, a cidade de Sines, no litoral alentejano, é palco da sétima edição da M.A.R. Mostra de
Artes de Rua. Como sempre, este festival
internacional reúne naquela cidade costeira artistas portugueses e estrangeiros
que partilham as suas artes performativas um pouco por toda a cidade: ruas, praças,
jardins, castelo, zona marítima, e outros locais ao ar livre. Ao longo de três dias, o público pode
assistir a demonstrações de circo, teatro, dança, música, instalações
artísticas e jogos interativos. Com efeito, o evento dirige-se a todas as faixas
etárias, e convida miúdos e graúdos a interagirem com os artistas. Ao todo, são
20 projetos de 9 países: Portugal, Espanha, França, Itália, Países Baixos,
Bélgica, Finlândia, Reino Unido e Japão.
Num cartaz recheado de talentos, Julieta Aurora Santos, Diretora
Artística do evento, destaca «os portugueses Margarida Monteny ou PIA, bem como
os holandeses Knot on Hands, os franceses Le Grand Jeté ou o espetáculo
Flotados, dos catalães David Moreno & Cristina Calleja, que suspende um
piano no ar, com video mapping e acrobacia aérea.»
A Rua: ponto de encontro e de partilha das artes performativas
Conforme refere Julieta Aurora Santos, «a M.A.R. – Mostra de Artes de
Rua é um evento cultural dedicado à valorização, promoção e celebração das
artes realizadas em espaço público, especialmente na rua. »A par disso, a
Diretora Artística salienta ainda que o evento «acontece fora dos grandes
centros, promovendo o acesso às artes performativas numa região periférica e
com menor oferta cultural.»
Nesta sétima edição, a M.A.R. Mostra de Artes de Rua mantém as
apresentações gratuitas e acessíveis. Afinal, o principal objetivo do evento é
«criar um ambiente de partilha, expressão artística e democratização da
cultura.»
Em suma, o espetáculo vai ao encontro das pessoas nos espaços onde
habitualmente circulam. Deste modo, chega também aos mais distraídos, e a quem
tem dificuldades de mobilidade.
Ao longo dos anos, a MAR Mostra de Artes de Rua tem vindo a ganhar
projeção. No entanto, conforme refere a Julieta Aurora Santos, procura manter
«uma escala de proximidade». Desde logo, «como uma escolha estratégica, mas
também para marcar um posicionamento político e cultural que valorize o
território, promova a sustentabilidade e fortaleça o vínculo entre arte,
comunidade e cidade.»
omo já é habitual, a programação deste ano oferece uma grande variedade
de espetáculos e atividades que evidenciam a criatividade e a inovação nas
artes performativas.
Desde que teve início, em 2016, a organização do festival é do Teatro
do Mar, em parceria com a autarquia de Sines.
Além disso, conta com o apoio de entidades governamentais e culturais,
de âmbito nacional e também local. Designadamente, financiamento da República
Portuguesa e da Direção Geral das Artes, e apoios do Instituto Ramon Llull,
Wallonie-Bruxelles International, Repsol e Marina de Sines. Ao mesmo tempo, o
evento mobiliza a comunidade local, com apoios da Escola de Artes do Alentejo
Litoral, Sociedade Musical União Recreio e Sport Sineense, Kalorias, Pastelaria
Vela D’Ouro, Bar Nº6, Ponto de Encontro, Bom Remédio Café e Rádio Sines.