“A
contradança traz tempo de mudança”
Esta é uma manifestação etnográfica que bem merece outra divulgação e figurar como cartaz norte-alentejano nas Bolsas de Turismo, sejam de Lisboa, de Bruxelas ou Copenhaga.
Sem apoios, pagando os trajes do seu próprio bolso - e não ficam tão baratos, quanto isso - os alpalhoeiros e as alpalhoeiras que todos os anos dão colorido e animação às ruas do burgo, não só no Carnaval, mas em todas as manifestações recreativas e culturais que são organizadas na vila, são um exemplo, cada vez mais raro, do que pode o dinamismo, a força de vontade, o bairrismo e, porque não dizê-lo, o amor à terra. Uma manifestação espontânea que nasce do coração, alicerçada na memória de um passado em que predominava a vida campesina e os dias de festa eram "sagrados": tempo de folga, de festa e folia.
O que será preciso mais para que as entidades ditas "oficiais" apoiem - como deve ser - esta grande manifestação artística e etnográfica?