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25.7.24

GAZA: Israel usa a água como arma de guerra contra civis

 
O Estado sionista cortou o acesso a água em 94% desde o início da ofensiva em Gaza. Os civis tentam sobreviver com menos de um terço da quantidade de água diária recomendada.
Desde 7 de outubro, Israel cortou o acesso a água na Faixa de Gaza em 94%. Estão agora disponíveis 4,74 litros de água por dia por pessoa, o que corresponde a menos de um terço da quantidade diária recomendada em tempo de emergência e a menos do que uma descarga de autoclismo.
Um estudo feito pela Oxfam Internacional, intitulado Water War Crimes, publicado esta quinta-feira, denuncia que o Governo sionista usa “sistematicamente” a água como “arma de guerra” contra os civis.
Já era conhecida a escassez de água, assim como a de alimentos e outros bens básicos, os bloqueios à chegada de ajuda humanitária e os ataques a pessoas que dela estavam à espera, com este relatório passam-se conhecer detalhadamente os números da escassez de água que passam pelos cortes de abastecimento a partir do exterior (a empresa nacional de águas de Israel, Mekorot, cortou em 78% a água que chega a Gaza) e pela destruição sistemática de instalações de abastecimento de água.
Assinala-se a destruição ou danificação de cinco instalações de abastecimento de água ou de infraestrutura de saneamento a cada três dias desde o início da ofensiva, a destruição da infraestrutura elétrica e restrições severas à entrada de peças sobresselentes e combustíveis que limitam a disponibilidade de água potável na zona.
Destruição em Gaza.
Israel destruiu 70% de todas as bombas de esgotos e 100% de todas as estações de tratamento de águas residuais, assim como os principais laboratórios de testes de qualidade da água em Gaza, e restringiu a entrada de equipamento de teste de água.
A Cidade de Gaza perdeu quase toda a sua capacidade de produção de água, com 88% dos seus poços e 100% das suas centrais de dessalinização danificadas ou destruídas.
Não é de estranhar que a falta, que nestas condições, mais de um quarto da população esteja a sofrer com doenças graves que poderiam ser facilmente prevenidas em condições normais.
A especialista em Água e Saneamento da Oxfam, Lama Abdul Samad, diz que “assistimos à utilização por parte de Israel do castigo coletivo e da fome como arma de guerra. Agora estamos a assistir à utilização da água como arma, o que já está a ter consequências mortais”. A situação agravou-se muito agora mas já vinha de trás porque “a restrição deliberada do acesso à água não é uma tática nova: o Governo israelita tem vindo a privar os palestinianos em toda a Cisjordânia e em Gaza de água potável e suficiente há muitos anos”.
Ela apela à comunidade internacional para que tome urgentemente “medidas decisivas para evitar mais sofrimento, defendendo a justiça e os direitos humanos, incluindo os consagrados nas Convenções de Genebra e Genocídio.”
In www.esquerda.net - 18 de julho 2024


8.4.24

Nicarágua denuncia Alemanha a Tribunal da ONU para travar envio de armas a Israel

 

A Nicarágua apresentou esta segunda-feira um pedido ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), o principal órgão judicial das Nações Unidas, solicitando que este exija à Alemanha o “cessar do apoio” político, financeiro e militar a Israel “perante a sua campanha de destruição” do povo palestiniano, uma ação que, segundo a Nicarágua, viola a Convenção sobre o Genocídio. Além disso, Manágua instou Berlim a distinguir entre o seu compromisso com o “povo judeu” e o “Governo israelita”.
O embaixador nicaraguano em Haia, Carlos José Arguello Gómez, denunciou perante os juízes do TIJ que a Alemanha facilita a prática de genocídio em Gaza ao retirar o seu financiamento à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), conforme reportado pela Efe.
“O que chama a atenção em relação a esta reação da Alemanha é que, ao cortar o financiamento à UNRWA, ignorou declarações e acusações de importantes autoridades internacionais de que Israel estava a levar a cabo um genocídio e outras violações do direito internacional humanitário na Palestina”, lamentou o advogado.
A UNRWA procura fornecer apoio, proteção e atender às necessidades mais básicas de cerca de 5,6 milhões de refugiados palestinianos registados em países como Jordânia, Líbano, Síria, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Em janeiro, Israel acusou combatentes do grupo Hamas de usarem escritórios da UNRWA no norte de Gaza para suas operações e exibiu armamento supostamente encontrado no interior das instalações.
O caso levou vários países, incluindo principais doadores como os EUA, Reino Unido e Alemanha, a retirar o financiamento da agência da ONU. “O povo palestiniano está a ser submetido a uma das ações militares mais destrutivas da história moderna”, denunciou Arguello Gómez.
Na mesma linha, Arguello Gómez critica a Alemanha por justificar o seu apoio a Israel com base no tratamento histórico do povo judeu durante o regime nazi. No entanto, segundo o embaixador nicaraguano, “embora essa seja uma política compreensível e louvável se dirigida ao povo judeu, o Estado de Israel, e particularmente o seu Governo atual, não deveriam ser confundidos e equiparados ao povo judeu”, destaca.
“Os verdadeiros amigos do povo judeu deveriam enfatizar a diferença: as vítimas judias nos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial sentiriam simpatia estariam solidárias com os mais de 30.000 civis, incluindo 25.000 mães e filhos, massacrados até agora na Palestina, e os 20.000 órfãos, com duas mães assassinadas por hora”, afirmou.
O TIJ também realizará na terça-feira audiências sobre a necessidade de emitir medidas cautelares contra a Alemanha num processo iniciado em março pela Nicarágua, que acusou Berlim de não tentar “prevenir um genocídio” plausível contra os palestinianos de Gaza, ao fornecer “apoio político, financeiro e militar” a Israel e ao retirar o financiamento à UNRWA.
Este procedimento é tratado separadamente do iniciado pela África do Sul no final de dezembro para acusar Israel de violar a Convenção sobre o Genocídio (1948) com suas operações na Faixa. O TIJ emitiu medidas cautelares em janeiro e exigiu de Israel passos “imediatos e eficazes” para impedir um genocídio contra os palestinianos em Gaza.
* Pedro Zagacho Goncalves in executivedigest.sapo.pt - 8 Abr 2024

14.10.23

ISRAEL: Genocídio, limpeza étnica e outra Nakba

Esta edição do Wire chega até você com mais urgência do que jamais sentimos. O governo israelita declarou uma guerra genocida contra os palestinianos em Gaza, um novo nível de crise.
As autoridades israelitas planeiam abertamente abrir “as portas do inferno” em Gaza, referindo-se aos 2 milhões de palestinianos presos lá dentro como “animais humanos”. Os militares israelitas lançaram ataques aéreos e bombardeamentos contínuos sobre Gaza. Os nossos parceiros contam-nos que bairros inteiros foram arrasados, escolas e hospitais foram bombardeados, edifícios de apartamentos foram derrubados.
O governo israelense desligou toda a eletricidade para Gaza. Os hospitais não podem salvar vidas, a Internet entrará em colapso, as pessoas não terão telefones para comunicar com o mundo exterior. Gaza será mergulhada na escuridão enquanto Israel transforma os seus bairros em escombros. Pior ainda, Israel declarou abertamente a intenção de cometer atrocidades em massa e até genocídio, com o primeiro-ministro Netanyahu a dizer que a resposta israelita “repercutirá durante gerações”. Tudo isso com o total apoio dos EUA
Na sexta-feira, os militares israelitas apelaram a todos os civis do Norte de Gaza – mais de um milhão de pessoas, incluindo meio milhão de crianças – para se deslocarem para o sul dentro de 24 horas, enquanto acumulavam tanques para uma esperada invasão terrestre. De acordo com a ONU, é impossível evacuar toda a gente com o fornecimento de energia cortado e a comida e a água no enclave palestiniano a escassear depois de Israel ter colocado Gaza sob cerco total. A ONU disse que esta invasão teria “consequências humanitárias devastadoras”.
Durante 16 anos, os palestinianos bloqueados em Gaza viveram no local mais densamente povoado do mundo. Essa densidade deverá duplicar, se um milhão de palestinianos forem empurrados do Norte para o Sul. Estremecemos ao pensar no que acontecerá se o norte for desocupado: Israel poderá anexar o território. Outra Nakba poderá ser iminente.
Isso é urgente: largue tudo
Enquanto os políticos israelitas transmitem a sua intenção de cometer crimes de guerra e massacres de palestinianos, precisamos de abandonar tudo e levantar as nossas vozes o mais alto que pudermos. Tome todas as três medidas abaixo para dizer ao Congresso e ao New York Times: para evitar um genocídio em Gaza, precisamos de um cessar-fogo agora.
* Ligue para o Congresso
* Congresso por e-mail
* Escreva para o NYT
Power Hours: ação coletiva todos os dias
Neste momento urgente, estamos a canalizar a nossa dor e raiva para a acção, a fim de travar a marcha para a guerra. Junte-se a nós diariamente nas Meias Horas de Energia para Gaza do JVP às 15h ET/12h PT enquanto nos reunimos em solidariedade e tomamos medidas coletivas.
Power Hours: ação coletiva todos os dias
Neste momento urgente, estamos a canalizar a nossa dor e raiva para a acção, a fim de travar a marcha para a guerra. Junte-se a nós diariamente nas Meias Horas de Energia para Gaza do JVP às 15h ET/12h PT enquanto nos reunimos em solidariedade e tomamos medidas coletivas.
* Cartoon de Vasco Gargalo

11.5.20

ONU denuncia "detenção continuada de crianças palestinianas" por Israel

A ONU denunciou hoje "a detenção continuada de crianças palestinianas" por Israel e exigiu que os seus direitos sejam protegidos através da sua libertação imediata para não serem contagiados com a covid-19.
“A melhor maneira de defender os direitos das crianças detidas no meio de uma pandemia perigosa é libertá-las”, afirmaram, em comunicado conjunto, o coordenador humanitário da ONU para os territórios palestinianos ocupados, Jamie McGoldrick, o chefe da Unidade de Direitos Humanos da ONU na região, James Heenan, e a representante especial da Unicef para Palestina, Geneviève Boutin.
Segundo a ONU, no final de março foram colocados 194 menores palestinianos em prisões e centros de detenção israelitas, um número “ainda maior do que o número médio mensal de crianças detidas em 2019″.
As Nações Unidas garantiram ainda que a maioria das crianças foi detida sem acusação por qualquer crime.
A organização chamou a atenção para o risco de estes menores detidos “contraírem covid-19″, já que nos centros prisionais é mais difícil manter distância física e cumprir outras medidas preventivas.
Além disso, “os procedimentos legais estão suspensos” pelo que quase todas as visitas às prisões foram canceladas e “as crianças não têm acesso às suas famílias e advogados”, adianta o mesmo comunicado.
Esta situação causa-lhes “sofrimento psicológico”, não lhes permite receber “o apoio jurídico a que têm direito” e causa “maior pressão”, podendo levá-los a “declararem-se culpados para serem libertados” mais rapidamente.
“Os direitos das crianças à proteção, segurança e bem-estar devem ser sempre respeitados”, sobretudo em momentos como este, afirmam os três representantes da ONU.
A detenção e prisão de menores palestinianos tem sido denunciada várias vezes por organizações internacionais, organizações não-governamentais e entidades de defesa dos direitos humanos.
Tanto Israel como os territórios palestinianos superaram a pior fase da pandemia, que afetou moderadamente a região.
Durante semanas, o confinamento e as restrições para impedir a propagação das infeções praticamente suspenderam o conflito, tendo sido registados poucos incidentes.
Hoje de manhã, o exército israelita demoliu a casa da família de um palestiniano acusado de matar uma jovem israelita no verão passado, durante um ataque na Cisjordânia.
A demolição da casa, situada na cidade de Kobar, na Cisjordânia, provocou um confronto entre moradores e militares.
Desde que foi detetada na China, em dezembro passado, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 280 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP.
Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (79.522) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,3 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (31.855 mortos, mais de 219 mil casos), Itália (30.560 mortos, mais de 219 mil casos), Espanha (26.621 mortos, mais de 224 mil casos) e França (26.380 mortos, mais de 176 mil casos).
Por regiões, a Europa soma mais de 156 mil mortos (mais de 1,7 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 83 mil mortos (mais de 1,3 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 20 mil mortos (mais de 361 mil casos), Ásia mais de 10 mil mortos (mais de 292 mil casos), Médio Oriente mais de 7.500 mortos (mais de 225 mil casos), África mais de 2.200 mortos (mais de 63 mil casos) e Oceânia com 125 mortos (mais de 8.200 casos).
in 24.sapo.pt