5.11.24

PORTALEGRE E ÉVORA acolhem o Black Bass Fest

15 NOV. SEX. 21.30H HETTA + El Señor + Dead Club + Agressive Girls + DJ Set JIMECAKE Quina das Beatas Fest Especial Black Bass Electro / Pop / Rock | CC | 5€ | M/6 anos O Black Bass Fest está de volta! A 9ª edição do festival Black Bass Fest irá decorrer num novo formato, super ESPECIAL, que promete mexer com o panorama musical do Alentejo. O festival mais rock do Alentejo, nascido na cidade de Évora, com selo da produtora Pointlist, irá agora abraçar a bonita cidade de Portalegre. Numa jornada dupla, com uma data em cada cidade, esta edição do Festival promete trazer alguns dos projetos que mais se têm destacado ao longo destes últimos anos, dentro da cena garage/punk/rock nacional. Os concertos terão lugar no CAE Portalegre, inserido no projecto Quina das Beatas, no Bar Pátio da Casa em Portalegre e no já mítico salão da SOIR-Joaquim António d'Aguiar, em Évora. Conjurado no Montijo, Hetta é um quarteto constituído por Alex Domingos, João Pires, João Portalegre e Simão Simões. Tocam música rápida, caótica, navegando os universos do mathcore, do screamo e do noise, embrulhando-os num pós-hardcore que tanto pisca o olho aos idos anos 90 e 2000, como procura dar a mão aos ventos do futuro. No seu EP de estreia, “Headlights”, de 2022, estão presentes os suspeitos do costume: gritos opressivos e saturados, bateria hiperativa e guitarras incisivas. A parede sonora nas apresentações da banda ao vivo, é a breve explosão de energia em que a ânsia por fôlego é promessa cumprida, e em que a vontade é de cada vez fazer mais. "Affection to Belong", lançado em 2023, marca uma transição para uma sonoridade mais crua e visceral do power trio de Fafe, os El Señor. De lado ficaram os vestígios de um garage mais clássico, que encontrava no pós-punk e no fuzz a brecha necessária para explodir. Deu-se lugar a uma série de canções que, sem hesitações, se deixam levar pela inquietude de um rock que vive como quer e, talvez, para o que nasceu. "Affection to Belong" é uma romaria minhota à qual não estamos habituados, uma exaltação ao rock n' roll e ao punk que nos transporta para uma suspensão esquizofrénica e bizarra. Pelo caminho, os El Señor não abdicam de momentos que homenageiam a melodia, despedaçando-a com uma dissonância e subversão que sublinha a singularidade de que são feitos. Os Dead Club são um ritual, que envolve desde vozes sussurradas a gritos de desespero, contrastados com uma guitarra suja, drum machines e sintetizadores. Rock enquanto sobrevivência, com os Dead Club o género é reavivado a electro-choques do synth punk e assume aquele brilho refratado, quase glam, no balanço e poder antémico, eletricidade a conduzir as palavras de Violeta num esgar de raiva e desespero, sempre bem acompanhados pelas guitarras de Pedro Treno. Em 2022, lançaram o seu primeiro EP, “Adios Amigos”, seguido em 2023 do LP “Never To Heaven”. No início de 2024, lançaram o single “Ticking Bomb” e a promessa de um novo álbum, no final do ano. Agressive Girls, a nova banda punk eletrónica de Dakoi e Diana XL, lançou em 2024 o seu EP homónimo, um pacto de sangue entre beats sujos e barulhentos e a voz crua e sentimental, encontrando-se num cruzamento entre vivências emocionais e a música feita por computadores. Focam as suas emoções vividas a 200% no presente e trazem uma sonoridade de raiva queer lésbica, sem barreiras, sem medos e sem espaço para meio termo. Gritam sobre as frustrações com o mundo e com quem as enfrenta, o namoro entre a vida e a morte, que as deixa esfomeadas de viver. Com base nas sonoridades ouvidas em teenagers, imortalizam os seus ideais e crescimento. Inspiradas em subgéneros do metal, dubstep e trap, misturam todas as referências numa desconstrução rasgante. Pedro Jimmy Feio, é um late bloomer do mundo da seleção e mistura de faixas sonoras. O portuense, músico dos Fugly, técnico de som e auto-intitulado “o melhor amigo dos músicos” , virou-se para os controladores de DJ recentemente, após ter descoberto que um controlador não é assim tão diferente de uma mesa de mistura para uma banda ao vivo. É uma questão de volumes e timbres, com alguns efeitos engraçados ao barulho. JIMECAKE, tal como é desconhecido na internet, inspira-se no programa “Os Segredos da Tia Cátia”, para trazer no fundo o melhor que as guloseimas poderiam trazer: o doce de frutos silvestres com o salgado do queijo. E por isso, muita sobremesa boa e bem ritmada sairá das suas misturas “éclairticas”, com alguns twists, para também desenjoar.