Sensibilizar e divulgar os Condomínios de Aldeia junto das comunidades das freguesias de Aldeia do Mato, Martinchel e Rio de Moinhos, são os objetivos da TAGUS e da Gestiverde com um conjunto de sessões locais. A primeira reunião, destes projetos de criação de áreas agrícolas ao redor das aldeias, vai ser já no dia 30 de julho, na sede da freguesia de Aldeia do Mato.
A TAGUS – Associação para o Desenvolvimento
Integrado do Ribatejo Interior e a GestiVerde – Gestão Rural, com o apoio da
Zona de Intervenção Florestal (ZIF) de Aldeia do Mato e o apoio das juntas de
freguesia, vão realizar sessões descentralizadas de sensibilização e divulgação
dos projetos de Condomínios de Aldeia, cofinanciados pelo Plano de Recuperação
e Resiliência (PRR) e pela União Europeia, junto das comunidades. Estas sessões
destinam-se, especialmente, aos proprietários de terrenos florestais ou de
matos propensos a incêndios junto às habitações de Aldeia do Mato, Aldeinha,
Almoinha Velha, Amoreira, Arco, Bairro Cimeiro e Fundeiro, Cabeça Gorda,
Carreira do Mato, Casal da Serra, Giesteira, Martinchel, Pucariça e Rio de
Moinhos.
As sessões de divulgação estão agendadas para os
dias 30 de julho, na sede da União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, 20
de agosto, na antiga escola primária de Carreira do Mato, 23 de agosto, na sede
da Junta de Freguesia de Martinchel, 29 de agosto, na Comissão de Melhoramentos
da Pucariça, e 5 de setembro, na Associação de Moradores da Amoreira. Todas as
sessões têm início às 19h00.
O objetivo é envolver os proprietários para a criação de faixas de proteção com culturas agrícolas (como medronheiro, olival e entre outras), reduzindo o risco de incêndio e aumentando a segurança de pessoas, animais e bens. “Limpar os 100 metros à volta dos aglomerados já é legal exigido, com a adesão aos Condomínios de Aldeia os proprietários podem contar com essa limpeza e plantação inicial sem quaisquer custos”, explica a Técnica Coordenadora da TAGUS. Conceição Pereira ressalva que “com estas sessões informa-se a comunidade local, principalmente aos proprietários, quais são as vantagens em aderir ao programa (assinando as cartas de compromisso), e decidirem em conjunto que culturas agrícolas são mais adequadas. Pretendemos ajudar a cultivar uma solução sustentável, que permita aumentar a segurança das aldeias vulneráveis, envolvendo a comunidade. Não queremos mandar nos terrenos de ninguém!”
A adesão aos projetos, além de garantir a limpeza e
a plantação inicial dos terrenos gratuitas, promove uma gestão mais eficiente,
segura e menos trabalhosa dos terrenos; formação gratuita em operação de
tratores e alfaias, aplicação de fitofármacos, técnicas de poda e manutenção
nas culturas escolhidas; redução da probabilidade de ocorrência de incêndios
nas propriedades; novas oportunidades de rendimento através da produção
agrícola; valorização das propriedades com uso produtivo sustentável; aumento
da biodiversidade local e acesso a apoios anuais no âmbito do Pedido Único
(PU). Para além destes benefícios, os proprietários terão, ainda, acesso a
incentivos complementares promovidos pela TAGUS, como a majoração nas
candidaturas a apoios do PEPAC 2023-2027, possibilidade de escoar a produção em
mercados locais, dinamizados pela Associação de Desenvolvimento Local, e através
do projeto PROVE – Promover e Vender.
No Ribatejo Interior, já foram intervencionadas, em
Sardoal, 8 aldeias nas freguesias de Alcaravela e Santiago de Montalegre. O
Município está a implementar nos 7 novos aglomerados habitacionais nas
freguesias de Sardoal, Alcaravela e Santigo de Montalegre, mas ainda tem uma
candidatura aprovada para intervir em 17 aldeias. A Associação dos Agricultores
dos Concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação tem prevista a
intervenção em Codes, Portela da Selada, Tojeira e Casal Velho, no concelho de
Sardoal, e em Matagosa, Matagosinha, Água das Casas e Maxial, em Abrantes. Já a
Gestiverde vai criar proteções agrícolas em várias localidades nas freguesias
de Rio-de-Moinhos, Martinchel, Aldeia do Mato e Souto. E a TAGUS pretende criar
mosaicos agrícolas produtivos nas 10 aldeias estratégicas de Abrantes, Lercas,
Sentieiras, Bairro Cimeiro e Fundeiro, Almoinha Velha, Casal da Serra,
Amoreira, Abrançalha de Cima e de Baixo e Paúl.