26.7.25

Sessões de divulgação dos Condomínios de Aldeia arrancam no concelho de Abrantes


Sensibilizar e divulgar os Condomínios de Aldeia junto das comunidades das freguesias de Aldeia do Mato, Martinchel e Rio de Moinhos, são os objetivos da TAGUS e da Gestiverde com um conjunto de sessões locais. A primeira reunião, destes projetos de criação de áreas agrícolas ao redor das aldeias, vai ser já no dia 30 de julho, na sede da freguesia de Aldeia do Mato.

A TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior e a GestiVerde – Gestão Rural, com o apoio da Zona de Intervenção Florestal (ZIF) de Aldeia do Mato e o apoio das juntas de freguesia, vão realizar sessões descentralizadas de sensibilização e divulgação dos projetos de Condomínios de Aldeia, cofinanciados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e pela União Europeia, junto das comunidades. Estas sessões destinam-se, especialmente, aos proprietários de terrenos florestais ou de matos propensos a incêndios junto às habitações de Aldeia do Mato, Aldeinha, Almoinha Velha, Amoreira, Arco, Bairro Cimeiro e Fundeiro, Cabeça Gorda, Carreira do Mato, Casal da Serra, Giesteira, Martinchel, Pucariça e Rio de Moinhos.

As sessões de divulgação estão agendadas para os dias 30 de julho, na sede da União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, 20 de agosto, na antiga escola primária de Carreira do Mato, 23 de agosto, na sede da Junta de Freguesia de Martinchel, 29 de agosto, na Comissão de Melhoramentos da Pucariça, e 5 de setembro, na Associação de Moradores da Amoreira. Todas as sessões têm início às 19h00.

O objetivo é envolver os proprietários para a criação de faixas de proteção com culturas agrícolas (como medronheiro, olival e entre outras), reduzindo o risco de incêndio e aumentando a segurança de pessoas, animais e bens. “Limpar os 100 metros à volta dos aglomerados já é legal exigido, com a adesão aos Condomínios de Aldeia os proprietários podem contar com essa limpeza e plantação inicial sem quaisquer custos”, explica a Técnica Coordenadora da TAGUS. Conceição Pereira ressalva que “com estas sessões informa-se a comunidade local, principalmente aos proprietários, quais são as vantagens em aderir ao programa (assinando as cartas de compromisso), e decidirem em conjunto que culturas agrícolas são mais adequadas. Pretendemos ajudar a cultivar uma solução sustentável, que permita aumentar a segurança das aldeias vulneráveis, envolvendo a comunidade. Não queremos mandar nos terrenos de ninguém!”

A adesão aos projetos, além de garantir a limpeza e a plantação inicial dos terrenos gratuitas, promove uma gestão mais eficiente, segura e menos trabalhosa dos terrenos; formação gratuita em operação de tratores e alfaias, aplicação de fitofármacos, técnicas de poda e manutenção nas culturas escolhidas; redução da probabilidade de ocorrência de incêndios nas propriedades; novas oportunidades de rendimento através da produção agrícola; valorização das propriedades com uso produtivo sustentável; aumento da biodiversidade local e acesso a apoios anuais no âmbito do Pedido Único (PU). Para além destes benefícios, os proprietários terão, ainda, acesso a incentivos complementares promovidos pela TAGUS, como a majoração nas candidaturas a apoios do PEPAC 2023-2027, possibilidade de escoar a produção em mercados locais, dinamizados pela Associação de Desenvolvimento Local, e através do projeto PROVE – Promover e Vender.

No Ribatejo Interior, já foram intervencionadas, em Sardoal, 8 aldeias nas freguesias de Alcaravela e Santiago de Montalegre. O Município está a implementar nos 7 novos aglomerados habitacionais nas freguesias de Sardoal, Alcaravela e Santigo de Montalegre, mas ainda tem uma candidatura aprovada para intervir em 17 aldeias. A Associação dos Agricultores dos Concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação tem prevista a intervenção em Codes, Portela da Selada, Tojeira e Casal Velho, no concelho de Sardoal, e em Matagosa, Matagosinha, Água das Casas e Maxial, em Abrantes. Já a Gestiverde vai criar proteções agrícolas em várias localidades nas freguesias de Rio-de-Moinhos, Martinchel, Aldeia do Mato e Souto. E a TAGUS pretende criar mosaicos agrícolas produtivos nas 10 aldeias estratégicas de Abrantes, Lercas, Sentieiras, Bairro Cimeiro e Fundeiro, Almoinha Velha, Casal da Serra, Amoreira, Abrançalha de Cima e de Baixo e Paúl.