30.8.13
Empresa de Nisa desenvolve app Android para o Festival do Crato 2013
Como novidade no Festival do Crato 2013, este
ano, foi lançada uma aplicação para dispositivos android, gratuita, com toda a
informação necessária sobre o “Festival do Crato 2013” .
Use e abuse!
Clique para Instalar »»» https://play.google.com/store/apps/details?id=com.vrscope.festivaldocrato&hl
App Oficial do Festival do Crato 2013
Descrição da app:
- Cartaz do Festival (geral e por dia),
- Cartaz dos destaques do dia,
- Espetáculos a ocorrerem no momento
(durante o período do festival),
- Informação sobre gastronomia e artesanato
expostos no recinto,
- Informação sobre atividades/eventos
paralelos a decorrer durante o período do festival,
- Informação sobre o parque aquático e
parque de campismo,
- Informação sobre os transportes para o
festival,
- Informações gerais (Bombeiros, Centro
Saúde, GNR e Câmara Municipal Crato),
- Opção de criar lembrete para os
espetáculos e atividades paralelas,
- Opção de localização no recinto do
festival através de GPS (a precisão da posição do utilizador pode variar
consoante a qualidade do sinal de GPS e de smartphone para smartphone, pois
alguns contem módulos de GPS mais modernos e de melhor qualidade).
- App desenvolvida por VRSCOPE www.vrscope.pt
28.8.13
AMIEIRA DO TEJO: Festas em honra da Senhora da Sanguinheira
Organizadas pelo Grupo Desportivo e Cultural
de Amieira do Tejo e com o apoio da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de
Nisa, realizam-se de 6 a
9 de Setembro nesta localidade, as tradicionais festas em honra da Senhora da
Sanguinheira.
PROGRAMA
Sexta-feira,
dia 6
18h –
Abertura das Festas
21h –
Abertura da quermesse
22h – Baile
animado pelo músico Marco Paulino
Sábado, dia
7
11h – 2ª
Prova de Motorizadas Clássicas de 50 CC
17h –
Tourada à vara larga, com gado cedido por um ganadeiro da região
18h –
Abertura do bar
21h –
Abertura da quermesse
21, 30h
Procissão em honra da Senhora da Sanguinheira
23h – Baile
animado pelo Big Show Duo Musical
Domingo,
dia 8
10h –
Recepção à Banda Filarmónica Montalvense (Montalvo – Constância), seguida de
Arruada e Peditório
16h – Missa
solene seguida de procissão em honra da Senhora da Sanguinheira
18h –
Abertura do bar
21h –
Abertura da quermesse
22h – Baile
animado pelo músico Luís Simões
Segunda-feira,
dia 9
13h – Pic-Nic
no Tejo (Traz do teu e come de todos)
27.8.13
26.8.13
ARNEIRO (Nisa): Santa Ana foi a rainha das festas
A freguesia de Santana, constituída pelas aldeias de
Arneiro, Duque e Pardo voltou a vestir-se com as cores da alegria e da festa
para celebrar a sua padroeira, Santa Ana.
Foram quatro dias de grande animação, onde não faltaram a
música, os petiscos, o convívio e as solenidades religiosas, com a celebração
da missa e da tradicional procissão em honra de Santa Ana, como sempre, o acto
mais participado destes festejos.
Terra de pescadores e ferroviários, a freguesia de Santana
honrou uma vez mais as suas raízes e tradições, festejando e recebendo os
forasteiros com a sua singular hospitalidade.
* Fotos de Jorge Nunes
AUTÁRQUICAS 2013: Limitação ou transfiguração de mandatos?
O que se está a passar com a Lei de
Limitação de Mandatos é mais uma peça trágica e burlesca que envergonha a
justiça portuguesa, o estado democrático e não contribui, antes pelo contrário,
para a desejada transparência das instituições em geral e do poder local, em
particular.
Se a ideia-chave era impedir a entronização
nos cargos dos presidentes de Câmara e de Juntas de Freguesia, designados por
“dinossauros” das autarquias locais e combater alguns fenómenos, bem visíveis,
de caciquismo e de abusos, reiterados, de poder, os legisladores deveriam ter
começado pelo próprio Palácio de S. Bento, restringindo, como fizeram para as
autarquias, o número de mandatos dos deputados da nação.
Concordo com a limitação de mandatos como
forma de precaver os vícios e abusos de poder (que podem começar, logo, quando
se obtém uma maioria absoluta) o culto da personalidade, a criação de
clientelas, numa palavra a desvirtuação do dever e do carácter de prestação
de serviço público que deve estar subjacente à acção do eleito local.
Fez-se uma lei, singela e genérica, aprovada
a contra-relógio e não se teve em conta as consequências. E as que aí temos,
provocam o riso, a desconfiança e o sarcasmo contra as instituições
democráticas.
Do Minho ao Algarve, cada juiz decide, por
si, se este ou aquele candidato pode ou não, ser admitido às eleições
autárquicas. Em Beja deu-se, até, o caso de dois candidatos à Câmara, pela CDU
e pelo PS numa primeira fase serem admitidos e mais tarde serem considerados
inelegíveis.
No entanto, alguns pesos-pesados da política
portuguesa, nomeadamente, do universo laranja, apesar do limite de mandatos,
mudam, alegremente, de um município para outro, sem que a justiça lhes crie
qualquer entrave.
Enquanto isso, na Golegã, o anterior
presidente da Câmara, que atingiu o limite de mandatos, viu ser-lhe negada pelo
Tribunal a candidatura à Assembleia Municipal.
Não é uma decisão tão ilógica quanto possa
parecer. Se a lei tem como objectivo combater os vícios da utilização do poder
e promover a transparência, não faz sentido que um presidente de Câmara com o
limite de mandatos, possa concorrer a um órgão do mesmo município onde exerceu
o cargo, órgão esse, a Assembleia Municipal, que tem como principal incumbência
a missão de fiscalizar a acção da Câmara.
Por outras palavras, ao ser eleita, a actual
presidente da Câmara de Nisa (que concorre à Assembleia Municipal e não a
presidente da AM como faz questão de, erroneamente, referir) iria “fiscalizar”
muitos dos actos por si praticados, não sendo poucos, aqueles que continuam a
suscitar dúvidas quanto à sua legalidade.
Há, aqui, uma clara incoerência. Como há
outras, em relação a outros candidatos, em freguesias do concelho, que pela
letra e espírito da lei são inelegíveis. No país, são mais de 140, os que estão
nestas condições. Irão concorrer porque ninguém contestou, em tempo próprio, as
suas candidaturas.
E, sendo a lei vulnerável a tantas e
díspares interpretações, nem sequer me admirava que também nestes casos ficasse
tudo “em águas de bacalhau” e que, em Nisa, a 29 de Setembro, tivéssemos a
disputar presidências de Junta, candidatos que, legalmente, não o poderiam
fazer.
As “conveniências políticas e de serviço”
servem não só para as promoções de circunstância, mas também para a utilização
na disputa eleitoral. Talvez, por isso, as palavras de ordem das diversas candidaturas
aos órgãos de poder local, falem em “entusiasmo”, “lealdade”, “ser amigo” e “construir”,
mas nenhuma refira, como imperativo de acção, a honestidade e a transparência.
Sendo que, uma e outra, são inseparáveis.
Mário Mendes
NR: A Assembleia Municipal reúne em sessão
extraordinária no dia 30 de Agosto, a menos de um mês da realização do acto
eleitoral para as autarquias locais.
Acreditando, piamente, que haverá urgência
na discussão e aprovação de alguns assuntos, pergunto se será esta a melhor
altura para “aprovar” a “Alteração do Regulamento e Organização dos Serviços
Municipais” de modo a dar cabimentação à “Alteração do Mapa de Pessoal para 2013” , outro dos pontos
agendados.
O que pretende a presidente da Câmara com
estas propostas em cima das eleições? Promover um “bodo” a alguns “pobres”? Acicatar,
ainda mais o clima de “guerrilha institucional” presente neste mandato?
A edilidade não teve, em quatro anos, tempo
e oportunidade, de resolver estas situações? Por que quer, agora, in extremis,
no fim da linha, deixar para os futuros eleitos os encargos destas situações?
Com festas e bolos (nem sempre) se enganam
os tolos!
25.8.13
AUTÁRQUICAS 2013: Chegou a hora de prestar contas?
Estamos a um mês do acto eleitoral para as Autarquias Locais (29 de Setembro) e algumas Câmaras e Juntas de Freguesia do país elaboraram e distribuíram pelos seus munícipes e fregueses, documentação onde fazem o Balanço do Mandato. São documentos, na sua maioria, que primam pelo auto-elogio, pela glorificação da obra feita e pela falta de humildade democrática no reconhecimento de insuficiências ou erros. Estes, quando mencionados, têm como "culpa " o governo ou a oposição. Quem governa/ou, fez-o, sempre, com o sentido altruísta de "servir o povo" e promover o bem comum. Os "maus da fita" foram os outros, que, ou não disponibilizaram verbas (poder central) ou, como oposição colocaram todos os entraves e mais alguns, para que as obras não avançassem e as autarquias (câmaras e juntas) paralisassem.
No caso de Nisa e sem me adiantar muito - não vão alguns acusar-me de estar a fazer propaganda - gostaria de saber o que fizeram as inúmeras Comissões criadas no âmbito da Assembleia Municipal.
Quantas reuniões, quantas iniciativas, que diligências promoveram e quais os resultados da sua (in)acção.
Para que serviram, ao fim e ao cabo, a criação dessas Comissões e qual os resultados, palpáveis, da sua (in)existência. Por último e como munícipe, peço às forças políticas cujos eleitos integraram essas Comissões (uma vez que estas não o fizeram) que cumpram o dever moral e ético de informar a população do concelho, com um balanço da sua (in)actividade.
Ser informado, é um direito, que, como munícipe e eleitor me assiste.
Sob pena de a campanha eleitoral não ser mais do que uma alegoria folclórica.
Mário Mendes
REPRESENTAÇÃO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Foram eleitos representantes da Assembleia
Municipal juntos comissões municipais e instituições:
- COMISSÃO MUNICIPAL DE SAÚDE –
Teresa Carrilho de Almeida
José Júlio Oliveira
- COMISSÃO MUNICIPAL DA JUVENTUDE –
Carlos Ribeirinho
Marco Moura
- COMISSÃO MUNICIPAL DE SEGURANÇA –
António Belo
Francisco São Pedro
- COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL –
José Pedro Polido
Gilberto Manteiga
- COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA REVISÃO DO
PDM DE NISA –
Luís Cebolais
José Pedro Polido, Francisco Toco e Teresa
Carrilho de Almeida
José Basso, Joaquim Marques e Teresa Botelho
(constituída em reunião ordinária da
Assembleia Municipal de 28 de Dezembro de 2009).
Jorge Graça e Carlos Ribeirinho
REPRESENTAÇÃO DAS JUNTAS DE FREGUESIA
Foram eleitos representantes das Juntas de
Freguesia juntos comissões municipais e instituições:
Efectivo – Fernando Marquês;
Suplente – João Moisés
- COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA
CONTRA INCÊNDIOS:
Rogério Dias
- CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO:
João Moisés
- CONSELHO CINEGÉTICO MUNICIPAL:
António Belo
23.8.13
NISA: Convívios de “Artilheiros” e “Artilheiras” para todos os gostos e idades
Já se tornou um lugar
comum, a referência aos encontros e convívios de Artilheiros e de “Artilheiras”
que todos os anos têm lugar em Nisa e de modo especial no mês de Agosto.
As “artilharias” de várias idades juntam-se, não para
qualquer confronto bélico, mas para retomarem o contacto, a amizade,
fortalecerem os laços entre os que a vida obrigou a partir e os que ficaram.
À volta das iguarias tradicionais, divinamente
confeccionadas pelos e pelas artistas da cozinha da nha terra, passam e
repassam mil recordações de infância, a brinca no terreiro, o tempo da escola,
da mestra ou da oficina, a juventude, a ida ao Ultramar, enfim, o percurso de
vidas passadas e que ganham, ali, nestes convívios de “Artiheiros”, nova vida e
dimensão, a da nostalgia e saudade.
Bebe-se mais um copo, desfiam-se algumas anedotas, provam-se
as especialidades da casa e a restauração local ganha também algum fôlego para
contrabalançar os meses de casa vazia e penúria de clientela.
Em Agosto houve diversos convívios de “Artilheiros” e de
alguns, os mais “emblemáticos” presenteamos os nossos leitores com as fotos do
estilo. Imagens de animação, alegria, convívio, o abraço fraterno, só possível
na terra-mãe.
A nossa.
Mário Mendes
Pára-quedistas do concelho confraternizaram em Nisa
A Praça da República em Nisa, vestiu-se de verde no passado
dia 3 de Agosto, acolhendo a meia centena de participantes no 3º Encontro de
Ex-Pára-Quedistas do Concelho de Nisa, uma iniciativa idealizada e posta em
prática por António Pimpão e outros companheiros, que puseram de pé, os dois
primeiros eventos.
O almoço convívio realizou-se num restaurante local e nele
os ex-militares de diversas incorporações, recordaram as mil e umas histórias,
factos e aventuras, passadas num tempo que guardam quase religiosamente na
memória.
Vindos de todas as freguesias do concelho, os ex-boinas
verdes deram largas à alegria de se reencontrarem e poderem confraternizar num
verdadeiro ambiente de camaradagem, onde não faltou, sequer, a lembrança e
homenagem aos companheiros já falecidos.
Fernando Leirinha, de Montalvão e Luís Vinagre, natural de Tolosa e no activo, eram, respectivamente, o mais idoso e o mais jovem, ilustrando que o Encontro é, também, uma confraternização inter-geracional.
Fernando Leirinha, de Montalvão e Luís Vinagre, natural de Tolosa e no activo, eram, respectivamente, o mais idoso e o mais jovem, ilustrando que o Encontro é, também, uma confraternização inter-geracional.
22.8.13
NISA: Noite de Fados a favor das obras da Paróquia
As paróquias de Nisa promoveram no dia 10 de Agosto, no Cine
Teatro, um espectáculo de fado, cuja receita se destinava a apoiar a
recuperação e pintura da Igreja do Espírito Santo.
O espectáculo musical levou ao Cine Teatro de Nisa cerca de
quatro centenas de espectadores que esgotaram a lotação da sala, pessoas que
além de contribuírem para a reabilitação do património religioso, puderam
deliciar-se com um espectáculo musical de fino recorte e de excelentes
interpretações vocais, a cargo dos artistas Luís Capão, Dina Valério, Valéria
Carvalho e João Pedro Patrocínio, superiormente acompanhados pelos
instrumentistas António Sereno, José Roberto e Samuel Garção.
As entradas no espectáculo, ao preço de cinco cânticos, irão
contribuir para a reabilitação da Casa Paroquial e a pintura exterior da Igreja
do Espírito Santo, já concluída.
Mário Mendes - in "Alto Alentejo - 21 /8/2013
AREZ: Quase quatro anos depois, a Câmara reconhece a heráldica da Freguesia
A Freguesia de Arez já viu, finalmente, reconhecido os seus símbolos heráldicos por parte da Câmara Municipal de Nisa. Quase quatro anos após a alteração oficial, publicada no Diário da República em 12 de Novembro de 2009 , a edilidade nisense resolveu colocar o "novo" brasão de Arez e a descrição justificativa do mesmo no site do município.
Fez bem e fez, apenas, o que devia ter feito há muito. Mas a tarefa ainda não está terminada. A Freguesia de Arez (como as outras em falta e que não são da "cor política" da maioria camarária) merece que os restantes símbolos sejam dados a conhecer a todos os munícipes, fregueses e visitantes do site. Falta ainda, para o trabalho ser completo e fiável, a colocação e descrição da bandeira e do selo. Símbolos que não faltam - para além de outras performances tecnológicas - nas freguesias "emblemáticas" que a senhora presidente da Câmara tanto acarinha.
Portanto, mãos à obra. As freguesias do concelho merecem ser tratadas, todas, da mesma maneira e uma forma de não ser conivente com esta "discriminação disfarçada" é promover, no site do município o acesso a informação completa e com rigor, referente a cada uma das freguesias.
Para que uns não sejam filhos e outros, enteados...
Mário Mendes
21.8.13
MEMÓRIA: O Terramoto de 1909 em Benavente e a ajuda da população do concelho de Nisa
O sismo de Abril de 1909, em Benavente, de magnitude 6.7,
foi um dos sismos instrumentais com maior impacto, resultante da actividade
intraplacas.
O sismo teve origem na Falha do Vale Inferior do Tejo, uma
falha intra-placa activa e terá atingido uma magnitude Ms = 6.3 na escala de
Richter. Foi o mais importante sismo gerado sob o território continental
português em todo o século XX, uma vez que o sismo de 1969 (de magnitude
superior a 7.0) teve o seu epicentro a SW da costa algarvia.
De acordo com relatos da época, o sismo teve uma duração de
22 segundos. Os mesmos relatos referem que o terramoto se terá desenrolado em
duas fases, iniciando com um movimento vertical seguido por vários abalos
horizontais mais violentos e de maior duração. Ao longo das semanas que se
seguiram, sentiram-se várias réplicas com menor intensidade.
O sismo provocou 42 mortos e 75 feridos, distribuindo-se as vítimas mortais do seguinte
modo: 30 na freguesia de Benavente, 7 na freguesia de Samora Correia, 3 na
freguesia de Santo Estêvão e 2 na freguesia de Salvaterra de Magos.
In www.wikipedia.org
Em relação ao grau de destruição, a vila de Benavente foi
sem dúvida a mais afectada tendo quarenta por cento das suas habitações ficado
totalmente destruídas, outras tantas sem condições para voltarem a ser
habitadas e apenas vinte por cento recuperáveis, após obras de reparação.
O património religioso foi sem sombra de dúvida o mais
afectado, tendo ficado destruídas a Igreja Matriz, a Igreja de Santiago, e a
Capela de Nª. Sra. da Paz (Benavente) e bastante danificada a Igreja Matriz de
Samora Correia. Dos edifícios públicos, apenas os edifícios da Câmara Municipal
e do actual Museu Municipal (em Benavente) e o Palácio da Companhia das
Lezírias (em Samora
Correia ) resistiram, mesmo assim com danos relevantes.
No dia seguinte, o rei D. Manuel visita a zona sinistrada e
as forças militares começam a instalar tendas de campanha trazendo consigo
mantas, camas, roupas. O Hospital Militar da Estrela envia para o local médicos
e enfermeiras.
Por todo o país e no estrangeiro foram feitas subscrições,
bandos precatórios e récitas de caridade, com a finalidade de angariar meios
para acudir aos mais necessitados. Destacam-se as iniciativas levadas a cabo
pelos jornais: “Diário de Notícias”, “O Século” e ainda pela Associação
Comercial de Lisboa e pelo Clube de Fenianos do Porto, contribuindo assim para
a reconstrução e recuperação de habitações e escolas.
in www.cm-benavente.pt
Câmara de Nisa não ficou indiferente à tragédia do Ribatejo
A Câmara Municipal de Nisa, presidida por Mário Augusto de Miranda Monteiro não ficou indiferente à tragédia que ocorreu no Ribatejo e por iniciativa do seu presidente promoveu, a nível de todo o concelho, diversas acções de recolha de fundos, não se eximindo a fazer participar os "notáveis" do município.
Numa dessas iniciativas, a Filarmónica Nizense percorreu as ruas da vila, apelando ao auxílio dos nisenses, uma contribuição que deveria ser modesta, quase irrisória, dadas as grandes dificuldades sentidas na época.
Os documentos que publicamos (1) dão conta das principais diligências promovidas pela Câmara de Nisa (com um z, na altura) bem como do montante apurado.
* Donativos para as
vítimas do terramoto (I)
25 Maio 1909 – Carta ao presidente da Junta de Parochia da
freguezia de Alpalhão
Exmo Sr. – Accuso a recepção do seu officio de 21 do
corrente da quantia de 102$440 reis, que deu entrada na thesouraria municipal
para depois de recebidas as subscripções do restante do concelho, ser enviada
conjuntamente com as outras quantias, já recebidas e a receber, à Sociedade
Cruz Vermelha, para lhe dar o devido destino. = Foi generoso e patriótico o
procedimento de Vª Exª, da Junta da Parochia, Confraria do Santíssimo
Sacramento, Irmandade da Misericórdia e povo d´essa freguezia e, por isso, em
nome da Câmara Municipal d´este concelho e dos infelizes a quem vamos socorrer,
a todos louvo e agradeço o auxilio que prestaram.
Deus guarde Vª Exª -
O presidente da Câmara Municipal: Mário Monteiro
26 Maio 1909 – Carta ao presidente da Junta de Parochia da
freguezia de Tolosa
Exmo Sr. – Accuso a recepção do seu officio de 21 do
corrente da quantia de 23$665 reis, que deu entrada na thesouraria municipal
para depois de recebidas as subscripções do restante do concelho, ser enviada
conjuntamente com as outras quantias, já recebidas e a receber, à Sociedade
Cruz Vermelha, para lhe dar o devido destino. = Foi generoso e patriótico o
procedimento de Vª Exª, da Junta da Parochia e povo d´essa freguezia e, por
isso, em nome da Câmara Municipal d´este concelho e dos infelizes a quem vamos
socorrer, a todos louvo e agradeço o auxilio que prestaram.
Deus guarde Vª Exª -
O presidente da Câmara Municipal: Mário Monteiro
27 Maio 1909 – Carta ao presidente da Junta de Parochia da
freguezia de Amieira
Exmo Sr. – Accuso a recepção do seu officio de 21 do
corrente da quantia de 24$705 reis, que deu entrada na thesouraria municipal
para depois de recebidas as subscripções do restante do concelho, ser enviada
conjuntamente com as outras quantias, já recebidas e a receber, à Sociedade
Cruz Vermelha, para lhe dar o devido destino. = Foi generoso e patriótico o
procedimento de Vª Exª, da Junta da Parochia e povo d´essa freguezia e, por
isso, em nome da Câmara Municipal d´este concelho e dos infelizes a quem vamos
socorrer, a todos louvo e agradeço o auxilio que prestaram.
Deus guarde Vª Exª -
O presidente da Câmara Municipal: Mário Monteiro
* Auxílio às vítimas
do terramoto do Ribatejo
4 Maio 1909 – Carta aos presidentes das J. Parochia do concelho
(excepção às 2 da villa)
Exmo Sr. – Deliberou a Câmara Municipal a que presido,
promover em todo o concelho a realização de uma subscripção pública para a
obtenção de donativos destinados às vítimas do terramoto do Ribatejo,
parecendo-lhe conveniente que todos os donativos lhe sejam enviados para lhes
dar o devido destino. =
Assim haverá maior unidade e cohesão nos socorros dados por
este município e mais prestante será a quantia enviada, por ser mais avultada.
= Deliberou também officiar a todas as juntas de parochia do concelho,
convidando-as as promoverem, com a maior brevidade possível, nas suas freguezias
as referidas subscripções. = Nestes termos venho não só communicar a Vª Exª
estas resoluções, mas, em cumprimento d´ellas solicitar-lhe o apoio da
corporação a que preside, para a execução d´este pensamento pela maneira que
mais conveniente se lhe affigure, conforme as condições locaes. = É mais que um
dever de humanidade; é um dever de solidariedade nacional e patriótica da
prestação dos socorros possíveis aos nossos infelizes irmãos, tão duramente
feridos pela catastrophe.
Deus guarde Vª Exª – Mário Monteiro
* Auxílio às vítimas
do terramoto do Ribatejo (II)
11 Maio 1909 – Carta ao Provedor da Misericórdia de Niza
Exmo e Ilº Sr. – Deliberou a Câmara Municipal deste concelho
promover no dia 16 do corrente, a realização de um laudo precatório nesta
villa, a fim de obter donativos destinados a socorrer as victimas do terramoto
do Ribatejo, pedindo para tal effeito a cooperação das diversas auctoridades e
empregados públicos que, em virtude da sua categoria official e como detentores
que são e representantes do principio de auctoridade e dos poderes do Estado,
nas suas múltiplas e complexas manifestações, devem todo o apoio e protecção a
qualquer emprehendimento de interesse nacional e ainda a das parochias das
freguezias da villa, Misericórdia e antigos presdentes da Câmara Municipal do
concelho, residentes na capital do mesmo. = É um alto dever de solidariedade
nacional e patriotismo o que actualmente impende sobre nós de procurarmos,
tanto quanto possível, alliviar a dolorosa situação em que se encontram os nossos
infelizes irmãos do Ribatejo, tão gravemente attingidos pela desgraça e, por
isso, confiado no bom resultado do apello que dirijo ao generoso coração e
sentimentos de civismo de Vª Exª, venho pedir-lhe que, para encorporar-se no
laudo precatório se digne comparecer nesta Camara no referido dia 16, pelo meio
dia, com os dignos membros da meza da Misericórdia.
Deus guarde Vª Exª – Mário Monteiro
Mário Augusto de Miranda Monteiro, nasceu em Sobral (Carregal do Sal) a 10.02.1870 e faleceu em Lisboa, freguesia das Mercês, em 01.10.1955
Era filho de Jerónimo da Costa Monteiro e de Emília Augusta de Miranda tendo casado em Nisa, na Igreja Matriz em 01.07.1897 com Maria Antónia Diniz Vieira.Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi Advogado e teve um lugar distinto no Parlamento como representante do
Distrito de Portalegre no antigo regime (monarquia), onde apresentou diversas propostas, algumas de grande mérito, visando o desenvolvimento não só do concelho de Nisa , mas de todo o distrito de Portalegre e do Alentejo.
Foi grande proprietário no Concelho de Nisa e Presidente da Câmara Municipal de Nisa, para além de Conservador do Registo Predial na Comarca de Nisa (1897) e de Presidente do Conselho de Administração do Banco da
Agricultura.
Notas
(1) - Câmara Municipal de Nisa - Correspondência Expedida 1909-1913
(2) - Mário Monteiro, homenageado pelo município de Nisa, tem uma rua com o seu nome ( o antigo Canto do Adrião), no centro histórico de Nisa.
A breve trecho será publicado artigo mais desenvolvido sobre este ilustre cidadão, advogado e político.
Mário Mendes
(1) - Câmara Municipal de Nisa - Correspondência Expedida 1909-1913
(2) - Mário Monteiro, homenageado pelo município de Nisa, tem uma rua com o seu nome ( o antigo Canto do Adrião), no centro histórico de Nisa.
A breve trecho será publicado artigo mais desenvolvido sobre este ilustre cidadão, advogado e político.
Mário Mendes
AJITA vence 1º torneio do Nisa Futsal Clube
A equipa da Associação de Jovens de Tolosa – AJITA venceu o
primeiro torneio de futsal entre empresas e associações do concelho de Nisa,
organizado pelo Nisa Futsal Clube e que teve a participação de 12 equipas.
Ente 18 de Julho e 11 de Agosto, o recinto polidesportivo da
Cevadeira vibrou com o entusiasmo e o apoio do imenso público que animou as
várias jornadas deste torneio desportivo e que teve a seguinte:
Classificação
1º AJITA (Tolosa)
2º Restaurante Colmeia
3º Ocopus Bar
4º Zaba Bar
António Pedro Pequito, dirigente do Nisa Futsal Clube
mostrou-se satisfeito com a realização deste 1º torneio quer pelo número de
equipas participantes e atletas em competição, cerca de 130, quer pela adesão
entusiástica do público, aproveitando para agradecer, em nome do clube, a
participação de todos os atletas e de todos os espectadores presentes ao longo
do evento.
Mário Mendes in "Alto Alentejo" - 21/8/2013
20.8.13
Sporting de Nisa elege primeiros órgãos directivos
O Sporting Clube de Nisa, nóvel associação que se propõe
dinamizar actividades de natureza desportiva, recreativa e social, realizou no
domingo, dia 11 de Agosto, um almoço-convívio de refundação do Sporting Clube de
Nisa e a comemoração dos 75 anos como filial n.º 96 do Sporting Clube de
Portugal.
O almoço contou com a participação de uma centena de
sportinguistas e teve a presença do vice-presidente do Sporting Clube de
Portugal, Dr. Torres Pereira, do vogal do Conselho Directivo, Dr. Bruno Mascarenhas, e a “velha glória” do Sporting, Manuel Pedro Gomes.
Este convívio representou também o culminar do processo de
refundação e legalização do Sporting Clube de Nisa que decorreu durante alguns
meses, tendo os promotores aproveitado a iniciativa para realizarem, durante a
manhã, nas instalações da Sociedade Artística Nisense, as eleições para os
órgãos sociais, que ficam assim constituídos:
Assembleia Geral:
Arménio
Morais de Almeida, presidente; Alfredo Dias, vice-presidente; Maria do Carmo
Ribeirinho, secretária
Conselho Fiscal
José Manuel
Fonseca, presidente; José Maria Martins, relator; Cátia Silva, secretária
Direcção
Marco
Oliveira, presidente; Gonçalo Louro, vice-presidente; Rui Balonas, secretário; Isabel
Marquês, tesoureira; Francisco Mendes, Hugo Reizinho, João Miguéns, Joaquim
Samarra, José Luís Vieira, Leonel Gomes e Lucimar Avancini, vogais.
19.8.13
NISA: Meio século de VIDA
Olha que lindos que eles e elas estão. Sorridentes e bem apresentados que é que diria que já têm 50 aninhos e aninhas? Pois é. O ano de 1963 há muito que ficou para trás, mas desses anos de ouro e fantásticos da década de 60 que "deram corda ao mundo" e puseram "o despertador a tocar" sobram, para toda a vida, canções e ritmos inigualáveis. Como esta que aqui deixo, como presente, do saudoso Sérgio Borges e do Conjunto Académico João Paulo. Regalem-se! Abanem o capacete e marquem já, para a próxima semana, outro convívio de "Artilheiros"...
18.8.13
POSTAIS DO CONCELHO: Tempo de Afectos
Em Nisa ou em Azay le Rideau, Montbazon, Cheillé, Joué les Tours, Toulouse e noutros locais por onde passam os caminhos da diáspora nisense, o sol, inclemente, de Agosto, convida ao repouso e ao acolhimento de uma sombra. São sítios de eleição, alentejanos, com todo o tempo do mundo para se contar e recordar mil e uma histórias, de vidas passadas e futuras, por vezes partilhadas no falar bilingue que estreitam e aprofundam os laços entre gerações.
Em Nisa, o mês de Agosto, tem mais gosto e encanto. É assim todos os anos e na hora da partida e da separação, surge aquele "nózinho" na garganta que sufoca a dor e a saudade que já se anuncia.
Fernando Vidal e Inês Clematis juntos na exposição "In-Pai-Sagem"
Galeria Espaço ARTEVER
Rua Padre António Vieira, loja 22-B, Venda
Nova, Amadora
Inauguração: Sábado, 7 de Setembro pelas
18:30 horas
A exposição estará patente até 30 de
Setembro de 2013
Depois de à dois anos ter feito, neste mesmo
espaço, uma exposição com o meu filho José, cabe agora esta próxima seja mais
uma exposição de afetos.
Porque vai ser mais uma exposição de pai
desta vez com a filha Inês.
Tão ou mais importante de partilhar o espaço
de arte com obras nossas, vai ser uma oportunidade para receber familiares,
amigos e companheiros em ambiente de tertúlia onde se possa conversar sobre
tudo e partilhar memórias, entre um copo de refresco ou de vinho branco.
Com a idade (a minha) mais de que nos
expormos o importante é com quem estamos.
Espero que esta próxima exposição possa
decorrer em idêntico ambiente alegre e saudável da que decorreu à dois anos.
Apareçam. A vida sem os amigos - é nada.
TOPONÍMIA: Porquê Ródão?
Quem era, quem foi, o que era, coisa ou
pessoa, que mandava nestas portas ditas do Ródão? Quem era ou o que era o Ródão?
Era pessoa, rio, montanha, feito histórico, lenda? Perguntámos, perguntámos e
surpresa... ninguém sabia dizer-nos porquê Ródão.
Finalmente, lembrámo-nos de perguntar a quem
estuda estas coisas e, finalmente, talvez tenhamos chegado à descoberta do
famoso desconhecido Ródão. Como sempre, a realidade é muito mais simples do que
o imaginado! Afinal o tal Ródão parece ser afilhado adotivo de “pais incógnitos”
provenientes de terras longínquas banhadas pelas águas de um seu semelhante
europeu de renome, que ainda hoje dá pelo nome de Rhone (Ródano).
Para compreenderem tal apadrinhamento ou
batismo, aconselho-vos a fazer o mesmo que eu... ler atentamente um texto,
editado pela Associação de Estudos do Alto Tejo, intitulado “Occitejano, sobre
a origem occitana do subdialecto do alto Tejo português” ou “ occitejano, about
the occitan origin of the portuguese subdialect of upper Tagus (www.altotejo.org/acafa/acafa_n5.html).
Lá se diz que o batismo da Velha Vila data
de 1296, ano em que recebeu foral; antes disso parece ter-se chamado Açafa. 83
anos antes, a Vila Franca das Cardosas tinha passado a chamar-se Castelo
Branco. Já nessa época, eram os desentendimentos e conflitos ente os Senhores,
que obrigavam os servos a refugiar-se longe das suas terras de nascença para
poderem sobreviver.
Como neste caso, ao trazer gente de
Montauban, Albi, Toulouse, Nice, etc., para as nossas actuais Montalvão,
Tolosa, Nisa e terras albicastrenses.
Mais de 700 anos depois, embora de outra
maneira, também os de Ródão andarão a dar outros nomes às margens do Zambeze ou
do Limpopo, do Amazonas ou do Orinoco.
C.M. – in VIVER – Vidas e Veredas da Raia –
Agosto 2013OPINIÃO - Arez: As incongruências de um símbolo
Símbolo heráldico (Brasão) oficial de Arez
Durante anos, o símbolo heráldico da
freguesia de Arez (brasão) apresentou a Cruz da Ordem de Avis como um dos
elementos históricos da antiga sede de concelho. Era um elemento “estranho”
para muita gente e especialmente para alguns historiadores, cujos estudos e
documentos apontavam, sempre, para Arez como povoação de origem templária e,
mais tarde, sob o domínio da Ordem de Cristo. Era esta Cruz e não a de Avis que
deveria ter figurado, desde o início, no símbolo heráldico da povoação e sede
de freguesia.
O recente livro (estudo) de Ana dos Santos Leitão,
apresentado no dia 27 de Julho na Biblioteca Municipal com a presença da
presidente da Câmara e vereação, desfez todas as dúvidas que, eventualmente,
ainda persistissem sobre esta importante questão.
Esta é a "informação" que está "plantada" no site do Município de Nisa
Seria de esperar que, legalizado por parte
da Junta de Freguesia o novo símbolo, com a alteração feita, passasse o novo
brasão a figurar como o oficial (legitimamente) da autarquia arenense.
Vamos ao site do Município de Nisa (estava assim
há poucos minutos!) e o que vemos?
O brasão, a bandeira e a descrição dos símbolos
heráldicos antigos, como sendo estes os “verdadeiros”. A Câmara de Nisa, apoiou
a edição da obra “Arez – Da Idade Média à Idade Moderna”, a sua presidente
teceu elogios à mesma e à autora, mas não tratou, como lhe competia, de
fazer-lhe a justiça devida, alterando nos seus documentos oficiais,
principalmente, no seu site, a nova imagem e descrição da heráldica arezense.
Sugiro que, a primeira tarefa do responsável
pela manutenção do site, seja a de corrigir esta informação sobre a nova
tipologia da heráldica de Arez, tornando-a verdadeira e credível e colocando um
ponto final nesta história quase absurda.
Manter o erro, não me parece que seja a
melhor forma de esclarecer e informar os munícipes...
Mário Mendes
16.8.13
AUTÁRQUICAS 2013: O “ano zero” do poder dos fregueses?
Os
habitantes ou eleitores das freguesias são “fregueses”. A designação, não é, no
nosso concelho, de uso corrente e ainda não há muito, havia autarcas de
freguesia que olhavam de soslaio para quem pronunciasse este nome. Tudo por que
achavam que as freguesias (Juntas) não podiam ser “vistas” como uma qualquer
loja comercial, quando o contrário é que teria mais lógica.
As
Assembleias de Freguesia (tal como as Assembleias Municipais) são os órgãos
deliberativos e fiscalizadores dos executivos de freguesia (Junta) e do Município
(Câmara). Com algumas diferenças substanciais, a ver:
1 – O
presidente da Junta é eleito directamente, sendo o cidadão que encabeça a lista
mais votada, enquanto os restantes membros da Junta (secretário, tesoureiro e
vogais, quando os houver) são eleitos na primeira sessão da Assembleia de
Freguesia, que elege, também, a mesa da Assembleia.
Aqui, das duas, uma: ou todos os elementos do executivo eram eleitos, directamente, pelo método de Hondt, como acontece, aliás, com a eleição do executivo municipal, ou, então, seriam, todos eleitos na 1ª sessão da Assembleia de Freguesia. A lei diferencia, no mesmo órgão, o método de eleição, quer se trate do presidente ou do secretário e tesoureiro, situação que dá origens a "manobras de bastidores", a negócios - sem comas - de lugares, em suma, à subversão do sentido de voto e da vontade dos eleitores.
Não raras vezes, a força menos votada e com reduzida expressão eleitoral, faz "valer" a situação de um eleito, como "fiel da balança", para retirar dividendos de representação no executivo a que, ética e moralmente, não teria direito. Por essas e por outras é que se ouve dizer, com frequência, que "a política é porca". Não é, se exercida com sentido nobre e altruísta. Vergonhosos são, isso, sim os "jogos subterrâneos" e de baixa política.
Aqui, das duas, uma: ou todos os elementos do executivo eram eleitos, directamente, pelo método de Hondt, como acontece, aliás, com a eleição do executivo municipal, ou, então, seriam, todos eleitos na 1ª sessão da Assembleia de Freguesia. A lei diferencia, no mesmo órgão, o método de eleição, quer se trate do presidente ou do secretário e tesoureiro, situação que dá origens a "manobras de bastidores", a negócios - sem comas - de lugares, em suma, à subversão do sentido de voto e da vontade dos eleitores.
Não raras vezes, a força menos votada e com reduzida expressão eleitoral, faz "valer" a situação de um eleito, como "fiel da balança", para retirar dividendos de representação no executivo a que, ética e moralmente, não teria direito. Por essas e por outras é que se ouve dizer, com frequência, que "a política é porca". Não é, se exercida com sentido nobre e altruísta. Vergonhosos são, isso, sim os "jogos subterrâneos" e de baixa política.
2 – A Assembleia
de Freguesia tem uma composição homogénea, isto é, os cidadãos que a integram são
eleitos pelo método de Hondt e têm, exclusivamente, atribuições e competências de âmbito deliberativo.
3 – A composição
da Assembleia Municipal é, como se disse, mista, ou seja, é composta por cidadãos
eleitos directamente, 15 no caso de Nisa, e por cidadãos (presidentes de Juntas) que integram
o órgão deliberativo, por inerência do cargo.
4 – Daqui resulta
uma dupla incoerência, já que os presidentes de Junta desempenham, simultaneamente,
dois papéis: são membros de um órgão executivo, a Junta (que não pode eximir-se
às competências fiscalizadoras da própria Assembleia Municipal) e são membros
de um órgão deliberativo com poder fiscalizador sobre o órgão executivo para
que foram eleitos. Dito de outro modo: são árbitros e jogadores.
5 – Nas
eleições dos órgãos do poder local há três boletins de voto (Câmara, Assembleia
Municipal e Assembleia de Freguesia) e não quatro. Na prática, o que acontece é
que a lista mais votada para a Assembleia Municipal não elege, directamente,
como defendo devia acontecer, o presidente do órgão.
De modo
diferente se processa, na eleição da Assembleia de Freguesia cuja lista mais
votada elege, automaticamente, o presidente da Junta.
Mas as
eleições não eram para eleger a composição do órgão deliberativo Assembleia de
Freguesia? Em que ficamos?
Por último
e ligando o texto com o contexto, referir que estas eleições autárquicas se
realizam num quadro politico e administrativo diferente das que foram
efectuadas em 2009. O Governo PSD/CDS impôs aos municípios e freguesias
portuguesas, legislativamente e a mando da troika, aquilo a que chamou de “Reforma
Administrativa” e que mais não foi do que um pretexto para liquidar centenas e
centenas de freguesias, sem qualquer critério e à revelia do sentimento das
populações e dos órgãos de poder local que as representam.
Enquanto
uma cidade “pequenina e desabitada” como todos sabem que é, Castelo Branco,
tiver apenas uma única freguesia, e uma vila “super-populosa” como
Castelo de Vide tiver três e a funcionarem no mesmo espaço físico, não deixarei
de questionar:
É isto a “Reforma
Administrativa”? Vão pentear macacos!
ASSEMBLEIAS
DE FREGUESIA- CONCELHO DE NISA
PCP/PEV –
CDU – CABEÇAS DE LISTA
Assembleia
de Freguesia de Alpalhão: Ana Cecília Manteiga Carrilho
Assembleia
de Freguesia de Montalvão: Francisco Miguéns de Almeida
Assembleia
de Freguesia de Santana: Patrícia Isabel Pires Carmona
Assembleia
de Freguesia de S. Matias: José Francisco Patrício da Conceição
Assembleia
de Freguesia de Tolosa: Manuel Rodrigues Mourato
Assembleia
da União das Freguesias de Arez e Amieira do Tejo : Hélder Rogério Cardoso Dias
Assembleia
da União das Freguesias do Espirito Santo, Nossa Senhora da Graça e S. Simão : João
José Cabim Malpique Rufino
PS –
CABEÇAS DE LISTA
Assembleia
de Freguesia de Alpalhão – António Correia Rovisco
Assembleia
de Freguesia de Montalvão – António da Cruz Belo
Assembleia
de Freguesia de Tolosa – João Manuel Constâncio
Assembleia
de Freguesia de Santana – José Júlio Rodrigues Mendes
Assembleia
de Freguesia de S. Matias – Nuno Louro Semedo
Assembleia
da União das Freguesias de Arez e Amieira do Tejo – Artur da Rosa Dias
Assembleia
da União das Freguesias do Espirito Santo, Nossa Senhora da Graça e S. Simão – Fernando
Carita Marquês
PPD/PSD –
CDS/PP – “Novo Destino” – CABEÇAS DE LISTA
Assembleia
de Freguesia de Alpalhão – Joaquim
Tomé Canilhas Manteiga
Assembleia
de Freguesia de Montalvão – António José Morujo Belo
Assembleia
de Freguesia de Tolosa – Paulo Fernando Barriguinha Marcelino
Assembleia
de Freguesia de Santana – Filipe Gonçalo Grácio Salgueiro
Assembleia
de Freguesia de S. Matias – José António Semedo Miguéns
Assembleia
da União das Freguesias de Arez e Amieira do Tejo – Miguel Dias de Sousa
Pestana Bastos
Assembleia
da União das Freguesias do Espirito Santo, Nossa Senhora da Graça e S. Simão –
Fernando José Sena da Silva
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