29.2.16

José Santana Pereira lança ensaio “Política e Entretenimento”

«Até que ponto tem havido, nas sociedades democráticas, uma apropriação dos temas e conteúdos políticos pelos programas televisivos e pela imprensa de entretenimento, e com que consequências? Como e porque é que os líderes partidários se tornaram, cada vez mais, personalidades com características de celebridades do mundo do espectáculo, e quais as consequências deste fenómeno? Até que ponto é que estes dois fenómenos têm vindo a transformar os cidadãos em meros espetadores?»
José Santana Pereira lançou, no passado dia 18 de fevereiro, na FNAC Colombo, o livro com o seu ensaio “Política e Entretenimento”.
Sabia que as entrevistas aos políticos em programas televisivos de entretenimento têm mais audiência do que as entrevistas aos mesmos políticos nos programas de informação?
Como acontece em relação a outras modas, Portugal já aderiu ao chamado infotainment, que tem grandes pergaminhos em países como os Estados Unidos da América, o que faz com que, cada vez mais, a Política pise os terrenos do Entretenimento.
Ou será ao contrário?

No ensaio Política e Entretenimento o investigador José Santana Pereira aborda uma realidade com que os potenciais (e)leitores têm convivido nos últimos tempos, enquadrando o fenómeno académica e socialmente.
Dando exemplos muito concretos relacionados com as últimas eleições legislativas em Portugal ou com o estudo de caso que é a política-espectáculo em Itália, o autor mostra a forma como os políticos estão a transformar-se em celebridades, mas não só.
Também o mundo do entretenimento tende a exportar actores políticos, numa dinâmica sem recuo.
José Santana Pereira (Nisa, 1982) é investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e professor auxiliar convidado no Departamento de Ciência Política e Políticas Públicas do ISCTE-IUL.
É doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença (2012).
Os seus principais interesses de investigação são o comportamento eleitoral e as atitudes políticas dos portugueses, os sistemas mediáticos europeus e os efeitos dos media nas atitudes e comportamentos políticos das suas audiências.
José Lagiosa in BeiraNews.pt - 21/2/2016

28.2.16

DUARTE DE SEQUEIRA: Poeta e prosador natural de Nisa

A crendice do sobrenatural penetrou sempre, através dos tempos, nas mitologias populares no nosso país, estando sujeita a visões exacerbadas, tenebrosas, envolvida num mundo tradicionalmente fantástico, oferecendo elementos fortes e altamente decisivos na criação literária de muitos autores portugueses com acentuada predisposição para este tipo de feitura.
O Povo Alentejano, contemplativo, sonhador, com um fundo inesgotável de emoções quiméricas que lhe ficou enraizado nas velhas tradições populares lendárias, impregnado de visões míticas, de histórias tétricas, de bruxas e lobisomens, é notavelmente propenso para criar dentro de si engenhos excêntricos onde a imaginação poética dá largas para produzir imagens terríficas, sugestionáveis e deveras misteriosas.
Com efeito, foi precisamente inserido na atmosfera dessas narrativas do inverosímil e do insólito que surgiu o poeta e prosador alentejano Duarte de Sequeira, autor do século XIX, natural de Nisa, que será objecto deste artigo, o qual está completamente esquecido.
Se o contista transmontano, Álvaro do Carvalhal (1844-1868), é hoje considerado o expoente máximo da literatura fantástica ou de terror criada em Portugal, o escritor Duarte de Sequeira, também não é superado nos domínios dessa feitura, já que a sua linguagem literária se compraz em quadros, ou situações análogas, revelando uma sentida adequação para transmitir o consumo de um mundo espectral onde figuram imagens tenebrosas, que aliás, poeticamente, sabia descrever. Enfim, um universo onde pairam elementos de genuína expressão macabra, fantasmática, tantas vezes focada nos autores de preferências ultra-românticas.
O que é certo, é que em algumas das suas narrativas, se agitam impulsos duma psicologia estranhamente conturbada pela nostalgia sepulcral; reconhece-se um estado mórbido, desordenado, lutando por uma resignação fatalista que o leva à satisfação do seu próprio masoquismo. Assim o atesta o texto inserido numa das suas histórias publicadas num “Almanaque de Lembranças” dos meados do século XIX:
“Naquela noite fatídica de trevas tenebrosas, a sineta da capela do cemitério de Niza, sacudida por ventos ancestrais ecoava nas lúgubres penedias um som abafado, revelando o oráculo de infernais projecções .
Um turbilhão fantástico de terrível caos, invadia o espaço deixando transparecer as últimas badaladas de um sinistro dia de finados.
Uma ave sombria, estranha, negra, como os madeiros de um XXXX mortuário pousou sobre uma caveira de mármore esculpida num mausoléu despedindo um grasnar estrépido, agoureiro”
Terminando: na erradiação prestigiosa dos poetas e prosadores portugueses de tendência para o elemento fantástico, poucos se lembrarão de Duarte de Sequeira, mas a sua personalidade criadora jamais poderá ser legitimamente esquecida.
 P.S.- Estudo sobre Autores Alentejanos do Século XIX a editar em breve pelo nosso colaborador Mário Elias - in Noticias da Amadora2/2/2006

27.2.16

ALPALHÃO: XIX Feira dos Enchidos

Prova e venda de produtos tradicionais, com destaque para os enchidos, muita música e animação, integram o programa da décima nona edição da Feira dos Enchidos de Alpalhão que se realiza no próximo dia 12 de Março (sábado).
Marque já na sua Agenda e aproveite para uma visita a Alpalhão onde poderá apreciar a gastronomia tradicional, provar os deliciosos enchidos e outros produtos da terra, para além de participar numa verdadeira festa popular onde não falta a animação musical.

NISA: Meia centena de caminheiros percorreram "Trilhos da Fertilidade"


Realizou-se no dia 20 de Fevereiro a 1ª caminhada do calendário 2016 da Secção de Caminheiros da INIJOVEM. Designada de “Pelos Trilhos da Fertilidade”, falamos de um passeio pedestre com cerca de 16 km, que ocorreu por uma zona ligada aos primórdios deste nicho de território. Os cerca de 50 caminheiros presentes tiveram a oportunidade de percorrer locais como a D. Mariana, Cadete, Patalou e Pelada, entre outros, onde se encontram identificados imensos vestígios ligados ao início das civilizações, tais como, antas, sepulturas, cistas, furdões e o inevitável Menhir do Patalou., ex-libris deste percurso, sito na Tapada da “Bajanca”, é um dos mais volumosos menhires da Península Ibérica, data de meados do V milénio antes de Cristo, tem um comprimento de 4 metros e pesa cerca de 7 toneladas, foi talhado, transportado e erguido pelas primeiras comunidades neolíticas, no contexto de ancestrais práticas religiosas associadas à fecundidade, fertilidade e cultos astrais. Outro ícone deste percurso é a Pedra da “Menacha”, designada assim pelos populares nisenses, por a sua forma se assemelhar ao sexo da mulher. A associação ao culto da fertilidade está também implícita e é incontornável no imaginário de quem percorre esta rota que visitou ainda o pontão da Fonte da Cal, as fontes da Cal e o Furdão da Pelada. A caminhada culminou com um almoço convívio na Adega Terras de Nisa.

Fotos de Jorge Nunes

26.2.16

NISA - CEDILLO: Que é feito da cooperação transfronteiriça?





Realiza-se amanhã, sábado, em Cedillo mais uma Matanza Internacional do Porco, agora menos Matança e menos Internacional, quase exclusiva para os da casa e pueblos vizinhos.
Mas não era assim há vinte e mais anos, quando tais iniciativas eram verdadeiramente manifestações de festa e convívio entre os povos de um e do outro lado da fronteira, irmanados por uma história quase comum e identificados por uma língua que não permitia o estabelecimento de barreiras ou obstáculos.
A Matanza-Matança era uma festa luso-espanhola que unia os povos de um interior ibérico afastados dos grandes centros de decisões. Os três municípios (Nisa e Vila Velha de Ródão e Cedillo) coordenavam esforços e acções para fazer desta iniciativa uma festa fraterna e uma abraço entre as gentes dos dois territórios, separados pelas incompreensões de um poder regional que olha para os interesses das populações em função da contabilidade eleitoral.
Há mais de trinta, quarenta anos, que ouvimos falar da construção da ponte sobre o Sever. Era já um "projecto" no tempo dos dois fascismos (o português e o espanhol). Depois veio a democracia e o sonho da construção da ponte ganhou uma nova força e esperança. Quantas e quantas notícias, em jornais portugueses e espanhóis,  a anunciar o "projecto" e as obras da ponte. Projectos que nunca passaram  de meras intenções, mau grado as avultadas verbas gastas em gabinetes de engenharia, desenhos, planos e sei lá que mais...
A Matanza, tal como a ponte, também foi perdendo fulgor e a sua característica principal: a de uma festa dos povos da raia, de uma raia cada vez mais despovoada e envelhecida, carente de laços de solidariedade como de pão para a boca.
Laços que só não se extinguiram graças à realização, anual, da Rota do Contrabando. Tem sido esta iniciativa, nos últimos anos, que tem mantido de pé, as relações de amizade e a esperança da construção do sonho que une os dois povos: a implantação da ponte e o estabelecimento, diário e contínuo das comunicações entre os dois municípios e os dois países.
Chega de indefinições. O futuro destes povos e destas regiões não pode esperar mais tempo.
Mário Mendes  

25.2.16

NISA: Rastreio do cancro da mama no concelho

Terá lugar no concelho de Nisa, entre 26 de fevereiro e 18 de março um rastreio do cancro da mama, promovido pela Liga Portuguesa contra o Cancro – Núcleo Regional Sul, acção que conta com o apoio da Câmara Municipal de Nisa.
O Programa de Rastreio do Cancro da Mama, integrado no Plano Oncológico Nacional e no Programa Europeu Contra o Cancro tem por objectivos a deteção do cancro da mama num estádio o mais precocemente possível, aumentando as possibilidades de cura.
O concelho de Nisa integra o plano em causa através de uma unidade móvel que estará localizada em Alpalhão (26 fevereiro a 2 de março) e em Nisa (3 a 18 de março) pretendendo-se com esta iniciativa efectuar os exames às mulheres com idade compreendida entre os 45 e os 69 anos.
O Município de Nisa associa-se a esta iniciativa assegurando transporte a todas as mulheres convocadas para o rastreio, entre as localidades do concelho e os locais onde está situada a unidade móvel bem como apoio logístico para o seu funcionamento.

24.2.16

GENTE DE NISA: Ti José Cebola

 Ti José Cebola: Um “nisorro” centenário
Passou anos a fio a conduzir carretas, trabalhando de sol a sol, servindo a casa de vários “amos”, como Jacob.
Tem ainda, apesar da idade avançada, uma memória extraordinária, de onde, em conversa fluente e animada, saem milhentas histórias, episódios campesinos, recordações de uma infância que meteu “reis e republicanos”.
Aqui vos deixamos um pouco da vida de Ti José Cebola: Um "nisorro” centenário.
 José Dinis Caldeira Cebola nasceu a 7 de Outubro de 1890. O seu centésimo aniversário serviu de pretexto para uma visita a este ancião, nisorro dos quatro costados, que nos recebeu com simpatia e se dispôs a falar um pouco sobre a sua vida.
O seu desfiar de recordações traz à baila assuntos e acontecimentos tão díspares como a Implantação da República ou a “pneumónica”, episódios da sua passagem pela tropa ou da vida dura nos campos.
Íamos por breves minutos, ficámos por mais de duas horas e, como Fernando Pessoa, diríamos: valeu a pena!
Um atirador muito especial
Sr. José, lembra-se da República?
“Foi no ano em que eu fui para a tropa, mas não sei bem o que isso foi, pois andava a trabalhar no campo, em casa do senhor Inchado e foram-me dizer: “andas práqui e com tantas festas lá em Nisa, foguetes, música na rua e toda a gente a dar vivas?

Lembro-me que as pessoas cantavam uma moda que dizia assim:
“Lá vem a Maria da Fonte
Com a sua saia curta
Rebaixando a Monarquia
Dando vivas à República”
Nesse ano (1910) em Novembro, assentei praça em Portalegre (era “Caçador”, depois saiu um decreto e passou a Infantaria) e ao cabo de oito meses íamos à escola de tiro de Castelo Barnco, para atirador-especial.
Estive em Lisboa por três vezes, a fazer serviço às “cortes” e na Cova da Moura. Dormíamos em Belém, muito mal, em cima de sacas velhas.
Voltámos para Portalegre onde chegámos no 1º de Maio. Lembro-me porque havia grandes festas nas ruas. Nessa altura o comandante disse-nos que os que quisessem passar á reserva podiam sair. Nem olhei para trás, voltei para Nisa e para o trabalho da lavôra (lavoura).
Uma vida de carreteiro
“Estive em casa da srª Joaquina à Bicha e no senhor José Carujeiro, por duas vezes. Na primeira vez saí ao fim de três anos. Pedi mais jorna e por 20 escudos por mês deixaram-me abalar.
Andei semanas inteiras a acarretar pão. Cheguei a apanhar seis moios de pão num dia. De madrugada já estava no termo de Castelo de Vide a carregar. Descarregava no Alto de Palhais e carregava o pão já debulhado. Naquele tempo não havia máquinas como há hoje, a debulha era feita toda à “unha de vaca”. Andavam os “ratinhos” a malhar.
Carregava em Palhais e chegava aqui pela hora do calor, subia dois andares de escadas, vezes sem conta com sacas de pão, as camisas podiam torcer-se com o suor.

Era uma vida dura, a desse tempo?
Em casa de lavradores não havia sábados nem domingos, era trabalhar e quem queria, queria, senão... Ganhava-se muito mal, 5 alqueires de centeio e dez escudos e era para quem queria. Os campos pareciam jardins. Havia searas de centeio, de trigo, grandes milharadas, tudo feito a braço do homem.
Bailes à luz da candeia
Com um a vida assim como é que se divertiam?
JC (risada) – Divertir? “Olhá lé ou” (expressão popular de Nisa). Eu tinha a “pensão” com o gado. Tinha que ir ceifar para dar comida aos animais. Os criados vinham à vila e só depois deles voltarem é que eu podia ir. Ia à vila para arranjar a fatada?
E para ver as cachopas, não?
JC (risadas) – Eu namorei praí um ano. Casei com 23 anos. Nos domingos, ao fim de tarde, havia bailes nas ruas. No Canto do Poço, no Largo da Devesa, no Largo do Mártir. As moças cantavam e apareciam tocadores de harmónio, gaitas de beiços e cigarrinhas. Pelo Carnaval os bailes eram dentro de casa à luz da candeia, mas eu gostava pouco de bailes...
Casei e o quintal de festa foi no Ti Manel da Martinha. Apanhei 40 cabeças de gado (badanas). Nessa altura uma badana valia 5 escudos e um alqueire de trigo, 6 escudos.
Lembranças da pneumónica
Senhor José, lembra-se da entrada para a escola?
- “À escola? Vá lá que fosse aí uma semana. Depois saí. Quem é que ia à escola naquele tempo? Só se fosse gente abastada!...
Quando tinha dez anos já andava em cima de uma burra, a apanhar leite gordo de uma queijeira. Foi sempre a trabalhar e sem regalias. A vida era muito dura. Éramos sete irmãos e todos faziam falta ao sustento da casa. Houve a guerra de 14 e a “pneumónica”...
Foi uma grande epidemia?
“Nem queira saber. Morreu muita força de gente. Famílias inteiras, casas que fecharam. Queimava-se rama de eucalipto nas ruas para alevantar a peste.

O "segredo" da vitalidade
Senhor José, como é que chegou a esta idade? Alimentava-se bem?
Pró campo levava uma talega com feijões pretos para toda a semana. Era feijões de manhã e à noite. Não sabíamos o que era um bocadinho de carne. Mesmo assim nunca tive nenhuma doença. Só no último patrão onde estive, o Dr. Jaime, tive o mal da tensão. Dizia que me ia embora... e agora é como me vê.
Ti José Cebola, uma vida a trabalhar no campo. Uma lucidez espantosa, uma memória notável que se faz notar em pormenores. 100 anos. Uma vida. Quantas lições?
NOTA: José Dinis Caldeira Cebola faleceu em Nisa com 104 anos
Mário Mendes in "Fonte Nova" - 11/10/1990

19.2.16

NISA: Procissão dos Passos no dia 28



CRÓNICAS DA TABANCA: Manhã no Mercado





Visitei pela primeira vez no passado domingo, o Mercado Municipal, após as obras de remodelação de que foi alvo.
Numa manhã fria e com um tempo agreste, não foram muitas as pessoas que se deslocaram àquele espaço de comércio e de convívio.
Observei o novo aspecto do Mercado Municipal, inaugurado há mais de 50 anos. Fechei por momentos, os olhos, e viajei no tempo, procurando as lembranças de tantos e tantos momentos felizes ali passados, nas visitas a meu pai, funcionário da Câmara e do Mercado, a tempo inteiro e sem dias de descanso em troca de um salário de miséria.
Ainda me lembro dos bailes no Mercado. A orquestra a tocar no centro do recinto num palco improvisado, em cima do poço que as obras de remodelação extinguiram. O senhor Bugalho, rosto avermelhado, a tocar o saxofone, rapazes e raparigas, a dançarem, animadamente, em volta do palanque.
O Mercado Municipal há muito que merecia e justificava as obras de restauro e modernização a que agora foi sujeito. Pela sua idade e, principalmente, pelo conforto e comodidade, tanto de quem ali vende – estes, em primeiro lugar – como de quem se desloca não só para fazer compras, mercar, como para aproveitar as manhãs de quintas-feiras e domingos para conviver, confraternizar à volta de um cafezinho e de um pedaço de brunhol do Ti Serralhinha.
O Mercado Municipal – este e os outros por esse país fora – são ainda uma réstea do mundo rural que a chamada modernidade foi, aos poucos, aniquilando e permanecem como espaços de excelência de trocas comerciais, de convívio e de afectos.
Devo dizer que gostei do que vi. As obras não estão ainda terminadas. Há ainda muitas correcções a fazer e, talvez por me apresentar com a máquina fotográfica, logo se me apresentaram alguma pessoas chamando a atenção para este e aquele problema.
São questões simples e pouco onerosas de resolver, não tendo a pretensão de fazer aqui uma listagem de todas as situações.
Algumas saltam à vista. A conclusão das rampas de acesso, em toda a sua extensão e garantindo uma zona de salvaguarda para a entrada de pessoas e veículos é uma delas. A outra, respeita à instalação de algerozes em todo perímetro do telhado do edifício, nomeadamente, nas entradas. Num dia de chuva como foi o de domingo, a intempérie fustigada pelo vento entrava pelo Mercado, atingindo, em primeira instância, os vendedores mais próximos da entrada.
À parte, estas questões, as pessoas que ouvi mostraram-se satisfeitas e elogiaram as obras de remodelação, lamentando, apenas, as condições atmosféricas do dia, que impediram que mais pessoas se deslocassem ao Mercado.
Uma palavra para os painéis de azulejos. Há por aí quem se mostre preocupada com o seu custo, esquecendo ou julgando que perdemos a memória em relação a outros custos, sem justificação e cabimentação, feitos no tempo da outra senhora.
Eu não estou preocupado com os azulejos. Estão ali, à vista de toda a gente, para serem apreciados ou criticados. São património colectivo, de toda a comunidade. Gosto. Tanto, que em minha casa, aquando da sua construção, fiz um esforço suplementar para instalar um painel à entrada. Motivos de Nisa, tais como os do mercado. Património histórico, afectivo, elogiado por quem me visita. Como, julgo, serão os do Mercado Municipal. Um deles, junto à venda de brunhol do Ti Serralhinha (há-de ser sempre o Ti Serralhinha, que Deus haja) fez-me viajar à minha infância e adolescência. Está ali o Mercado do Rossio, tradicional, pobrezinho, sem condições, mas alegre, cheio de cheiros e aromas com sabor a vida.
O painel, magnífico, retrata, de certa forma, as modificações que a vila foi sofrendo e as que ocorreram no conceito de espaço comercial.
Cinquenta anos depois, o Mercado Municipal de Nisa atinge, finalmente, as condições mínimas, de higiene, salubridade e conforto, podendo tornar-se – e deve ser aproveitado nesse sentido – como um espaço cultural, artístico e de convívio.
O pessoal da tabanca tem, desta vez, razões para estar contente!
Mário Mendes

17.2.16

Médica do Hospital de Portalegre condenada por homicídio por negligência grosseira

Uma médica do Hospital Doutor José Maria Grande, em Portalegre, foi condenada pela prática de um crime de homicídio por negligência grosseira, por omissão, a 2 anos e 6 meses de prisão. A pena foi suspensa na condição da arguida pagar uma indemnização às familiares do falecido.
O caso remonta a 2012 e resultou na morte de um homem de 53 anos que, de acordo com uma nota publicada no site da Procuradoria-geral da Comarca de Portalegre, se deslocou por três vezes às urgências do Hospital, durante um espaço de 4 dias, queixando-se de dores no peito, costas e estômago que se agravavam de dia para dia. O senhor viria a falecer no dia 1 de Janeiro de 2012 devido a uma dissecação da aorta.
Perante os factos, o tribunal considerou que a médica “manifestou indiferença em relação ao quadro clínico apresentado» pelo doente, uma vez que «não quis ouvir os familiares que o acompanhavam e não determinou a realização de qualquer exame complementar de diagnóstico, nem sequer lhe mediu a tensão arterial”.

O tribunal considerou que a morte do doente «poderia ter sido evitada», caso o mesmo tivesse sido «sujeito a um tratamento médico adequado», o que acontecia se tivessem sido «valorados» os sintomas relatados, bem como a realização de exames de diagnóstico complementares.
* Notícia do semanário "Alto Alentejo"

16.2.16

Nisa presente Feira Internacional de Turismo - BTL 2016

Após vários anos sem se fazer representar na BTL, tal como aconteceu em 2015, Nisa vai participar na edição da Bolsa de Turismo de Lisboa que decorrerá de 2 a 6 de Março. na FIL- Parque das Nações.
A presença do município de Nisa na BTL 2106 estará integrada na representação da Entidade Regional de  Turismo do Alentejo e Ribatejo e será concretizada com a mostra de produtos tradicionais e apresentação de materiais promocionais das potencialidades do concelho. A participação de Nisa na BTL culmina no domingo, 6 de março, com a actuação ao vivo de grupos de música tradicional do concelho ( Fora d´Horas e Coro Sénior de Nisa),  a exibição de imagens do Rio Tejo e do Conhal do Arneiro e com a degustação de pratos da gastronomia tradicional, vinho, queijo, mel e enchidos.
A representação do Município de Nisa insere-se na estratégia de promoção turística do concelho como um destino a visitar pela sua riqueza em termos de património histórico, desporto de natureza, preservação dos saberes e sabores tradicionais, de bem-estar e qualidade de vida.

15.2.16

NISA: Exposição de pintura de José Maria Reisinho Serra

De 18 de Fevereiro a 31 de Março, vai estar patente na Biblioteca Municipal de Nisa uma exposição de pintura de José Maria Reisinho Serra.
Natural de Nisa, José Maria Reisinho Serra dedica-se à pintura como autodidata. Com
formação em Desenho de Construção Civil e Desenho Técnico, sentiu-se, desde muito cedo, atraído pela pintura e pelo desenho, procurando adquirir conhecimentos artísticos através delivros e filmes. Participou em exposições coletivas no Núcleo do Museu do Mar e na  Galeria da Magenta na Figueira da Foz e promoveu exposições individuais na Biblioteca Municipal de Nisa, no Centro Cultural de Alpalhão, na Casa da Cultura da Sertã e no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz.

III Trail Running "Vila de Nisa" realiza-se no dia 6 de Novembro

A Inijovem - Associação para Iniciativas para a Juventude de Nisa marcou para 6 de Novembro de 2016,  a data de realização da 3ª edição do Trail Running " Vila de Nisa".
A associação promete para breve mais informações sobre esta iniciativa de desporto e natureza, tendo já acertado a realização das seguinte provas:
Trail Longo 30KM | Trail Curto 15KM | Caminhada 12KM

RESERVA JÁ NA TUA AGENDA e para mais informações contacta a Inijovem através do site
http://inijovem.blogspot.pt

14.2.16

MEMÓRIA: Edilidade, Escola e Cultura

 Tal como o diz, simplesmente, o mais vulgar dicionário em qualquer língua do Mundo, a Cultura integra em si mesma e a nível do indivíduo, a educação, a instrução, o desenvolvimento do espírito e a conservação ética e estética do sedimento conceptual adquirido ao Conhecimento.
Claro que, cultura é sempre um plano superior do mero conhecimento de qualquer matéria. Por isso, e partindo desta realidade a que não se tem atendido pedagogicamente nas mais diversas latitudes da Educação, sempre defendemos que toda a disciplina devia ser ministrada numa perspectiva cultural, sem excepção.
Se assim fosse, a velha tese de Margall (“Não há nada que mais una os homens que a Cultura”) teria já produzido frutos seguros, que são nos dias correntes tão necessários (ou mais!) do que o vegetativo pão para a boca.
1998 aí está! Dois anos mais, e apenas, para o 3º Milénio!
Daqui vai o nosso grito e o nosso apelo: comecemos pela Cultura, apostemos nela como seguro investimento e como persistente e progressivo remédio dos males sociais que ensombram o itinerário de vida da juventude de hoje.
Nisa tem os meios mínimos, mas capazes, para a promoção, a sério, duma política cultural juvenil. Temos uma Casa da Cultura e o Cine Teatro e... temos a Escola. Porque não fomentar, aliciantemente, esquemas ou definições de actividades culturais voltadas para a Música (pedagogia através de concertos e palestras sobre grandes autores nacionais e estrangeiros), colóquios sobre Literatura, Pintura e Escultura, aulas de Dança, preparação de um Grupo Municipal de Teatro (porque não?!), indo à descoberta de novos valores e integrando agrupamentos já notáveis como os do nosso Folclore?
Porque não chamar até nós a colaboração pedagógica do Grupo de Teatro de Portalegre, tendo já adquiridos talentos de criação e recriação cenográfica como António Maria Charrinho?
Agora, o que nos parece, é que terá que haver entre o pelouro da Cultura da Câmara e a Escola Secundária Mendes dos Remédios um estreito entendimento de pontos de vista, para o possível planeamento conjugado e realização de programas desta ou outra melhor égide.
Porém, bom seria que não continuássemos a adormecer “sine die”...
Um tempo que se quer Novo, clama por nós!

Carlos Franco Figueiredo – in “Notícias de Nisa”  

13.2.16

MP abre inquérito a morte de homem em Portalegre

Cadáver foi encontrado esta quinta-feira nas traseiras do Centro de Saúde de Portalegre. 
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito para investigar as circunstâncias da morte de um homem, cujo cadáver foi encontrado nas traseiras do Centro de Saúde de Portalegre, disse esta sexta-feira à agência Lusa fonte judicial. O processo está em investigação no MP da Comarca de Portalegre, indicou a mesma fonte. O cadáver do homem, de 76 anos, foi encontrado na quinta-feira à tarde nas traseiras do Centro de Saúde de Portalegre, dois dias depois de ter sido assistido nas urgências do hospital da cidade, de onde saiu sozinho, relatou à Lusa fonte policial. O desaparecimento do homem, residente em Nisa, no distrito de Portalegre, foi participado por familiares à PSP, tendo o corpo sido encontrado por um popular na quinta-feira, cerca das 15h00. O cadáver foi encaminhado para o serviço de Medicina Legal do hospital de Portalegre para autópsia, a qual poderá ser "essencial" para o esclarecimento das causas da morte, acrescentou a mesma fonte.  
http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/mp_abre_inquerito_a_morte_de_homem_em_portalegre.html

DO ALTO DO TALEFE (6): A Juliena

As rodas chiavam no eixo, a pedir massa consistente. O tic-toc das ferraduras da minha burra Juliena embalava-me os sentidos, enquanto o corpo bamboleava ao sabor das covas da azinhaga.
A carroça antiga, herança do meu avô Luís, passara junto ao Bacelo do Ti Zé da Filhó, e já rolava perto da Pedra da Menacha quando a Juliena parou e na sua teimosia asinina, nem apara trás nem para diante.
Desci, olhei-a de frente, afaguei-a, falei-lhe mansamente e perscrutei o horizonte.
Castelos de nuvens negras corriam apressadas e uma aragem húmida prenunciava uma violenta tempestade.
Mal tive tempo para soltar a Juliena e correr para me refugiar num palheiro semi abandonado quando, empurrada pelo vento, a chuva desabou. Quilos e quilos de água sob a forma de grossas gotas rodopiavam, chocavam entre si e desabavam descontroladas sobre o chão.
Era bonita a Juliena e, arreada a preceito, fazia perder o tino ao burro do Ti “Adrieno” Cartaxo.
Então não é que, enquanto para me distrair enrolava um pedaço de tabaco no papel de mortalha e lutava contra o vento para acender um humedecido fósforo, a Juliena largou disparada.
- Burra maluca, não vai longe!, pensei para com os botões da jaqueta.
Enquanto a água caía torrencialmente, para delícia dos que em Lisboa e no Porto faziam contas à produção das centrais hidroeléctricas, eu continuava debaixo do frágil abrigo que a providência me colocara ao alcance.
Uma longa meia hora passou, até que o arco-íris se iluminasse sobre a serra de Castelo de Vide e eu me atrevesse a procurar a Juliena.
De capote a adejar ao vento, chapéu enterrado até às orelhas, avancei pelas tapadas, enquanto o negrume da tempestade se alongava sobre Montalvão.
Já desesperava de encontrar o meu transporte, quando o zurrar da Juliena me colocou no caminho certo. Apresso o passo e, quando ultrapasso o morro por trás do qual soara o som familiar, eis que dou de caras com o burro do Ti Adrieno Cartaxo a afastar-se com olhar malandro e a Juliena em posse comprometida, com os arreios desalinhados.
Enquanto em Lisboa, em gabinetes alcatifados se discutiam as mais valias financeiras da época das chuvas, enquanto nos céus, modernos aviões sobrevoavam o planalto da meseta ibérica, a Juliena e o burro do Ti Cartaxo alheios aos interesses económico-financeiros, zurravam e davam largas aos instintos da Natureza. Mal sabiam eles que alguns anos depois a sua raça estaria à beira da extinção.
Era simpática a Juliena como valente era o burro do Ti Cartaxo, hoje substituídos pelas máquinas movidas a gasóleo verde que facilitam a faina agrícola, mas que não zurram e não nos acordam de madrugada, com os sons alegres dos seus arreios de guizos.
Que querem os leitores. Deu-me para aqui! Tenho saudades das idas ao S. Silvestre, à Srª da “Arridonda”, ao Santo Isidro, à Senhora dos Prazeres e à Comenda, na velha carroça decorada e, puxada com a força da pachorrenta Juliena.

Zé de Nisa - "Jornal de Nisa nº 29 (17 Mar. 1999)

12.2.16

NISA: GNR detém indivíduo em flagrante delito


Militares do Posto Territorial da GNR de Nisa detiveram em flagrante delito, no dia 09 de fevereiro, na Quinta da Bruceira em Nisa, um homem de 41 anos, por furto de metais não preciosos.
O indivíduo foi detetado a tentar furtar materiais, num anexo de uma residência e ao ser avistado colocou-se em fuga numa viatura, tendo sido intercetado de seguida pelos militares do Posto Territorial de Nisa.
Foi apreendido diverso material, nomeadamente material de canalização, fio de comunicações e algumas ferramentas, entre outros, perfazendo cerca de 60 quilogramas de material, maioritariamente fio de cobre.
Cumpridas as formalidades legais no posto policial, foi notificado para comparecer no dia seguinte nos serviços do Ministério Público junto do Tribunal de Instância Local de Portalegre.

Após ser ouvido em primeiro interrogatório judicial foi restituído à liberdade, sujeito a termo de identidade e residência, a aguardar julgamento.

Cadáver de homem encontrado em Portalegre

Corpo estava nas traseiras do Centro de Saúde.
O cadáver de um homem, com idade na casa dos 70 anos, foi encontrado esta quinta-feira à tarde nas traseiras do Centro de Saúde de Portalegre, disse à agência Lusa fonte da Direção Nacional da PSP. Segundo a mesma fonte, o homem, que residia em Nisa, no distrito de Portalegre, estava desaparecido há dois dias, tendo o corpo sido encontrado cerca das 15h00. O corpo do homem, de acordo com a polícia, foi encaminhado para o serviço de Medicina Legal do hospital de Portalegre.
http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/cadaver_de_homem_encontrado_em_portalegre.html

11.2.16

1034 Orientistas de 240 clubes, vindos de 21 Países marcam Presença em Castelo de Vide na X edição do Norte Alentejano O' Meeting.

Tove Alexandersson da Suécia  e O Francês Thierry  Gueorgiou, ambos nº 2 do Mundo são as principais figuras de um lote onde constam 10 do Top 20 e 27 do Top 100 Mundial.
Orientação – Fomenta o turismo desportivo
Mais de 1700 Orientistas Internacionais de 30 Países estagiam e competem em Portugal nos primeiros três meses de 2016.
Portugal recebe com a chancela da Federação Internacional de Orientação, 3 eventos pontuáveis para a Liga Mundial de Orientação Pedestre (Lisbon Internacional Orienteering Meeting – 30 e 31 de janeiro; Portugal O’ Meeting – Penamacor 06-09 de Fevereiro; Norte Alentejano O’ Meeting – Castelo de Vide -13 e 14 de Fevereiro) que trazem a Portugal os dez melhores do Mundo na classe Masculina e 07 do Top 20 na Elite Feminina.
Norte Alentejano O’ Meeting atrai a Castelo de Vide Orientistas de top mundial.
Evento pontuável para o ranking Mundial de Orientação pedestre da Federação Internacional de Orientação, está a exceder as expectativas da organização e poderá atrair a Castelo de Vide mais de 550 atletas Internacionais.
6 atletas do TOP 11 do Ranking Mundial em Masculinos já estão inscritos.
O Francês Thierry  Gueorgiou, o Suiço Fabian Hertner, o Norueguês Olav Lundanes, o Francês Frederic Tranchand  o Norueguês Magne Daehil e o Frânces Lucas Basset, atuais nº 2, 3, 5, 9, 10 e 11 do ranking Mundial são até ao momento as figuras maiores dos inscritos na X edição do Norte Alentejano O’ Meeting.
Thierry  Gueorgiou e Olav Lundanes foram nos dois últimos anos os que ocuparam o lugar mais alto do ranking Mundial, lugar que pertence agora a Daniel Hubmann da Suiça que conquistou o 2º lugar do NAOM 2014. Mas a concorrência será enorme porque além destes Orientistas serão vários aqueles que ocupam o Top 50 e que marcam lugar em Castelo de Vide nos dias 13 e 14 de Fevereiro.
Tove Alexandersson da Suécia a Rainha do NAOM 2016
Em femininos a figura de cartaz da X edição do evento é a Sueca nº 2 do Mundo, Tove Alexandersson.
Mas, muitas mais se afiguram para a conquista dos lugares mais altos do pódio.
 Mari  Fasting, atual 16ª do ranking Mundial e que conquistou a medalha de prata nos Mundiais 2015 em Distância longa, seguida das Suiças Júlia Gross, 18ª e Rahel Friederich (19ª) e que fez parte da equipa campeã do Mundo de estafeta mista de sprint na Escócia em 2015, a Francesa Amelie Chataing 26ª, a Checa Eva Jurenikova 28ª, a Neozelandesa Lizzie Ingham 33ª, e a Sueca Maria Magnusson 34ª.
De regresso a Castelo de Vide
Pela quarta vez em dez edições, Castelo de Vide volta a ser o epicentro da Orientação Nacional, acolhendo o Norte Alentejano O' Meeting 2016. Desta feita, o evento será pontuável para o ranking Mundial sem ser na vertente de Sprint como nas duas edições anteriores. O evento organizado pelo Grupo Desportivo dos Quatro Caminhos, numa parceria com o município de Castelo de Vide, Federação Portuguesa de Orientação e Federação Internacional de Orientação, terá lugar no fim-de-semana de 13 e 14 de Fevereiro de 2016, atraindo uma vez mais as atenções de atletas portugueses e estrangeiros.
Campos de treinos do Alto Alentejo consolidam-se de ano para ano.
O sucesso do Norte Alentejano O’ Meeting passa muito pela criação do campo de Treinos do Alto Alentejo no final de 2011. São várias as equipas que vão estagiar na região antes e depois do evento. A organização tem conseguido a autorização de parte dos proprietários para viabilizar esta atividade impar, que consegue promover a economia regional em época baixa.
Todos podem participar no NAOM 2016
A caminhar ou a correr todos podem participar!
A organização poderá fazer acompanhamento e ensino durante o evento e as associações e clubes do Concelho de Castelo de Vide terão a inscrição gratuita.
Programa:
12 Fevereiro 2016
10:00 - Provas de treino – Vale D’ornas  e Póvoa e Meadas
13 Fevereiro 2016
11:00 – Distância Média – .Amieira / Barregão (WRE)
19:00 – Sprint noturno “Salgueiro Maia”– Castelo de Vide.
14 Fevereiro 2016
10:00 – Distância Média – Amieira / Barregão.
Vinte um Países Inscritos
Com início em 2007, o Norte Alentejano O' Meeting teve no romeno Ionut Zinca e na finlandesa Riina Kuuselo os seus primeiros vencedores. Os Ucranianos Oleksandr Kratov e Nadya Volinska são os mais recentes vencedores duma lista que inclui ainda nomes como os da suiça Simone Niggli, da checa Eva Jurenikova, do norueguês Olav Lundanes, da sueca Helena Jansson e dos portugueses Tiago Romão, Maria Sá, entre outros. A cerca de 6 semanas do evento o número de Países inscritos é de 19 (Portugal, Noruega, Suécia, Finlândia, Bélgica, Brasil, Áustria, França, Grã-Bretanha, Rússia, Espanha, Alemanha, Dinamarca, Roménia, Letónia, Lituânia, Bulgária, Holanda, Polónia e Estados-Unidos e Itália).
Salgueiro Maia homenageado
A organização do Norte Alentejano O' Meeting e a Câmara Municipal de Castelo de Vide, realizam no dia 13 de Fevereiro, uma singela homenagem ao capitão de Abril, natural de Castelo de Vide. As cerimónias constam de:
- Deposição de coroa de flores no busto de Salgueiro Maia no Parque 25 de Abril;
- Evocação e Porto de honra no salão nobre da Câmara Municipal de Castelo de Vide;
- Sprint noturno (2º etapa do Norte Alentejano O' Meeting) que terá o nome "Salgueiro Maia".
Site Oficial – www.naom.pt
Facebook: https://www.facebook.com/NorteAlentejanoOMeeting

9.2.16

CANTINHO DO EMIGRANTE: A crise veio para ficar?

O meu tema de hoje é triste..., e muito doloroso para todos os nisenses que emigraram, e que trabalharam, nestas duas fàbricas, que nas décadas de 60 e 70 foram mais que nossas mães: "Michelin" implantada em Joué les Tours, e a "Cibem" em Azay le Rideau.
Na "Michelin" fabricavam-se pneus de todos os tipos, e nela trabalharam ao efectivo, mais de duzentos nisenses, fazendo parte do quadro com cerca de 5 mil trabalhadores, e que hoje, apenas trabalham 176 operários e só até ao ano de 2019, data final da sua actividade, havendo vários "atelieres" que já foram vendidos ou demolidos. Ao contrário da "Cibem", desactivada já há 13 anos, onde se fabricavam embalagens de madeira e cartão. Nesta fábrica, que deu trabalho a várias dezenas de nisenses, chegaram a trabalhar 1.300 pessoas ao efectivo desde o ano 1916 ao ano 2003, mudando de nome três vêzes: "Leroy"-"Isoroy"-"Cibem"...
A câmara local comprou a fábrica por 850.000 euros, demolindo-a e projectando a edificação de um novo colégio, em que a decisão do "Conselho Distrital" resolveu de outra forma, fixando um calendário até 2018, para no local ser construído um novo bairro de habitação, para cerca de 150 pessoas, um parking público, uma escola, 50 casas de duas divisões, para pessoas idosas, comércios, e um gabinete médico.
Na realidade, este projecto pode trazer evolução para a vila, mas para aqueles, que fizeram parte do enriquecimento industrial, será sempre uma enorme perda, porque o desemprego não pára de se alastrar, levando-nos a pensar, que a crise  veio mesmo para ficar...
António Conicha (França)


ACR Falagueira discute Orçamento e Plano de Actividades em Assembleia Geral


8.2.16

NISA: GNR resgata Lontra Europeia

A GNR anunciou ter resgatado, esta segunda feira, uma Lontra Europeia (Lutra-Lutra), no Monte do Duque, em Nisa, que se encontrava além de debilitada, com problemas na visão.
A operação de resgate foi desenvolvida pelo elementos do Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Nisa da GNR.
A lontra foi depois recolhida por um funcionário do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), para ser encaminhada para o Centro de Reabilitação de Animais Selvagens (CERAS), em Castelo Branco. 
* Rádio Portalegre -Gabriel Nunes