2.7.11

OPINIÃO: Nisa em números – Censos 2011

O Instituto Nacional de Estatística acaba de apresentar os primeiros dados referentes aos últimos censos (2011), ainda em forma de resumo preliminar, mas de onde já se podem abordar algumas informações valiosas, para nos ajudarem a compreender a realidade desta região, em especial do nosso Concelho (Nisa), que para o caso é o que nos interessa tratar.
E neste primeiros resultados, o que verificamos não é mais do que a confirmação, infelizmente, da lenta e longa agonia da desertificação humana, e estes dados não se mostram nada animadores, mas estou em crer que a não se verificar uma intervenção politica, no sentido de estancar esta sangria, mais uns anos e este será um território fantasma, com casas e sem gente, e é isso para que estes números apontam, um caminho para o precipício.
Dos quatro grupos (População, Famílias, Alojamento e Edifícios), os dois primeiros são os que nos preocupam mais, o concelho de Nisa, vê nestes últimos dez anos a sua população reduzir uns significativos 14,3% (menos 1.235 habitantes), eram em 2001 8.585 Habitantes, e agora em 2011 apenas 7.350 Habitantes.
No que concerne ao grupo Famílias, o sentido vai no mesmo do anterior, com uma queda de 11,5% , com menos 425 famílias, no período destes dez anos. Em 2001 eram 3.674 famílias e em 2011 são 3.250 famílias.
Nos outros dois quadros (Alojamentos e Edifícios), os dados parecem ser mais animadores, e até mesmo de um contra censo, já que apesar de haver cada vez menos habitantes existe um maior número de infra-estruturas. Portanto temos um aumento de 7,3% tanto no Alojamento (mais 500 unidades), como nos Edifícios (mais 471 unidades). E daqui ainda podemos analisar a importância vital do sector da construção civil, face á realidade da economia local, nestes dez anos (2001-2011).
E nesta primeira análise com base neste dados preliminares, podemos continuar a afirmar de forma clara, que o futuro da nossa terra (Concelho de Nisa), está cada vez mais sombrio, por isso é urgente voltar a repovoar estas regiões, este sim devia ser um desígnio Nacional e Patriótico de quem nos governa.
José Leandro Lopes Semedo